Youth - JJPROJECT/Bnior

E se começarmos a dirigir?

Por ser o mais novo, eu sempre seguia Jaebeom em muitas coisas: ir à escola, aprender a dirigir, deixar nossa cidade para a faculdade. Ele sempre quis muitas coisas da vida, e eu sempre quis querer um pouco mais do que ele.

Esta é a história do verão onde muitas coisas chegaram ao fim, mas eu não poderia saber disso no momento. Foi também o mesmo verão que Jaebeom foi embora para a universidade, em uma cidade algumas horas de distância(ou quase isso). Um lugar muito perto de casa para Jaebeom, e muito longe de Jaebeom para mim.

E Jaebeom para mim, ele era... para mim ele era o meu tudo.

Há tanta coisa que eu teria que dizer para ser capaz de sequer começar a explicá-lo. O engraçado sobre os seres humanos é que todo mundo é uma coleção de lados diferentes, eu acho, e existe tantos desses lados que nós nunca teremos a permissão para ver todos eles. Portanto, não importa o que eu diga, sempre haverá mais lados dele que eu nunca irei ver.

E, para alguém começar a compreender o que Jaebeom era para mim, eu teria que contar a história de como ele salvou um gato de uma árvore quando tínhamos oito. E eu teria que falar sobre quando ele tingiu o cabelo de loiro, mesmo quando nossos pais tinham dito que ele estaria morto e seria forçado a tingi-lo de volta ao natural. Ou como ele um dia se enfureceu e ficou por um fio de dar uma surra em um cara que tinha falado mal de um amigo nosso. (Eu tive que literalmente segurá-lo, e ele quase me deixou inconsciente, tentando se libertar. Nós brincamos sobre isso depois, mas, honestamente, foi terrível, mesmo ele não sendo muito forte.) Talvez eu tivesse que lhe contar sobre quando ele torceu o tornozelo não podendo participar de uma competição de dança, porém mesmo assim ele fez o diretor da escola deixá-lo participar, ele ficou meses sem poder colocar o pé no chão, mas teve seu solo, foi uma questão de orgulho.

Tantas histórias, e não há tempo ou espaço suficiente para contar todas elas. É por isso que eu estou dizendo apenas essa. Para mim, é a mais importante.

Você tem que acreditar na minha palavra quando digo que Jaebeom vale à pena todas essas histórias, ele vale muito mais.

...

Se tinha uma coisa que Park Jinyoung tinha certeza, era que havia nascido para amar Lim Jaebeom. Você pode o chamar de louco, dizer que é jovem demais pra isso, mas em seus 17 anos, essa era a única certeza que tinha.

Jaebeom queria ir á praia e Jinyoung para a capital, no fim sabiam quem iria ganhar a disputa. Ao som de uma playlist repleta de RnB, folk e hip hop underground, eles se lançam no mundo em uma viagem para o litoral distante. Jaebeom dirige olhos atentos na rodovia e cantarolando junto com as músicas do rádio. Jinyoung se limitava a observar a paisagem e as vezes se juntar ao mais velho a cantoria quando conhecia a música.

― Eu espero que as aulas de direção com o papai estejam dando proveito.― Jaebeom quebra o silêncio e o pânico refletido no rosto do mais novo o faz gargalhar.

― Você não pode me fazer dirigir! E se a polícia nos parar? ― A polícia era o de menos realmente, Jinyoung não era das pessoas mais confiáveis a se deixar na posse de um carro, ele se distraia fácil.

― Não vai amor.― Jaebeom diz lhe lançando um beijo com toda a sua irritante sensualidade.

― Tá' bom.

Jinyoung cruza os braços emburrado, nem a pau que iria tocar no volante do carro, a Jiae iria matá-lo se o arranhasse.

― O que você tem em mente, para essa nossa aventura?