Continuação

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Caleb entra um pouco ansioso dentro do nosso pequeno apartamento.

- Bom dia. - eu o cumprimento.

- Você quer dizer boa tarde, Beatrice?

Eu rio com seu incomodo completamente desnecessário. Eu perdoei toda a sua traição expor uma razão. Por mais que eu queira negar, eu preciso de Caleb assim como preciso de Tobias, porém de um jeito muito diferente. Ele é como minha única ligação aos meus pais, e se importa comigo. E eu me importo com ele.

- Você disse que tinha algo para me contar. - eu digo, incentivando-o a me contar.

- Certo. - ele suspira e abre a porta novamente - Entre. - em seguida, Jeanine, sim, Jeanine Matthews entra na minha sala de estar.

- Ca- começo.

- Não. Deixe-a explicar.

Bufo, mas faço um sinal para Jeanine.

- Eu sobrevivi a tudo aquilo e presenciei todas as mudanças. Nunca pensei que pudesse ficar tão feliz com alguma coisa. - ela iniciou, e bem, devo admitir - Mas tudo que fiz contra você... Eu- me desculpe, foram tão erradas que eu não posso expressar em palavras o quanto me sinto culpada.

- Por que eu a perdoaria?

- Porque ela me trouxe de volta. - Uriah entra na sala.

Meu primeiro instinto é correr e me pendurar em seu pescoço. Na verdade, essa é minha primeira ação.

- Uri... - sussurro, lágrimas teimosas escorrendo por minhas bochechas.

Tobias encarava a situação com calma e firmeza, porém com incredulidade. E isso só se agrava quando Uriah aparece. Eu o solto e volto para minha posição inicial.

- Uriah, me desculpe por tudo aquilo. - Tobias soa cansado, mas realmente arrependido.

- Já ouviu falar de águas passadas? Tipo quando um maricote psicopata tentou matar a Tris, mas depois a salvou?

Tobias ri, e eu também.

- Feliz aniversário de dezoito anos, Uri. Um ano mais velho, mas não um ano mais sábio.

- Muito obrigada. E quanto a você? 18, se eu não me engano? - ele brinca.

- Está certíssimo! 

Acho tão desnecessário fazê-lo parar para termos uma conversa séria, afinal teremos todo o resto de nossas vidas para tal coisa, que somente continuo como se o tempo não tivesse passado.

- E aquele ali chegou aos vinte já, né?

- Pois é. Estamos envelhecendo. - Tobias decide ter um pouco de senso de humor para variar.

- E as crianças? Quando vem?

Tobias e eu trocamos um olhar suspeito, mas rimos.

- Beatrice. - Caleb chama.

- Sim?

- Jeanine ainda está aqui, e -

- Relaxe. - dublo discretamente - Jeanine, muito obrigada. Tenha uma boa vida.

E com isso, ela se retira e meu irmão a segue.

- E então? Vocês dois vão me contar o que significou todo aquele olhar suspeito ou não?

- Se você me prometer que não vai mais pensar em bebida, eu conto. - Tobias fica sério.

- Você conta. Eu não abro a minha boca!

---------- Fim ------------

Convergente - Final AlternativoOnde histórias criam vida. Descubra agora