Olá, povo, tudo bom? Primeiro, eu gostaria de dizer que o plot dessa história é da pcylogist , mas a história aqui desenvolvida é minha. Ela tem outros plots muito bons para serem explorados num livrinho chamado Popa Plots Point, recomendo.
Segundo: essa é minha primeira fic de Stray Kids meu deus que medo. Mas enfim, aproveitem! Boa leitura para todos!
{}{}{}{}{}{}{}{}{}{}{}{}{}{}Encharcado e quase sem fôlego, Changbin nadou para longe das acolhedoras águas escuras, visto que o salva-vidas local havia lhe dito que nadar de noite por ali era perigoso e um ato de extrema imprudência. Seo, porém, quis mandá-lo para o Tártaro — a dimensão mais profunda e cruel que seu pai comandava —, sem paciência alguma para aquelas baboseiras.
Ele sentou-se na madeira velha do pier e observou a extensão do oceano que seguia até a linha do horizonte, quase imperceptível e envolta na escuridão da noite. De fato, aquele ambiente era o que mais lhe agradava, e o ecossistema marítimo sempre o instigou. A tranquilidade que as águas salgadas e geladas traziam para Changbin era impossível de ser medida, como se a praia fosse seu lar.
Lar, que palavra idiota, pensava o rapaz. Afinal de contas, ele nunca realmente tivera um.
Fora largado pela sua mãe num orfanato qualquer logo que veio ao mundo, e sua adoção demorou um pouco para ocorrer. A sra. Park, sua mãe adotiva, não conseguira engravidar até então, embora estivessem, ela e o marido, tentando há anos. Surpreendentemente, quando o jovem Changbin completou seis anos, a mulher engravidou. E, ainda por cima, de gêmeos.
Tal fato não teria sido um problema real na vida do garoto; toda criança sonha em ter um irmãozinho, correto? O que aconteceu, entretanto, foi uma total negligência dos seus pais adotivos perante a sua presença, já que agora eles tinham dois filhos frutos do seu amor, e não um menino qualquer abandonado pela família.
Changbin começou a passar mais tempo fora de casa. Andava pelas ruas e se perdia por elas, mas inevitavelmente acabava parando naquele velho píer. Sua paixão pelo mar era evidente, tanto que os pescadores locais o reconheciam de longe e sempre o cumprimentavam.
Apesar de tudo, o destino se mostrou um agente humorado, ao declarar para o jovem que ele, diferentemente do que muitos por aí pensavam, era filho de Hades. Quando descobriu aquilo — difícil explicar como se deu; geralmente, o semideus sente seu lado divino sendo despertado, mas sempre existem exceções —, a primeira coisa que Changbin tentou fazer foi estabelecer um contato com seu progenitor, em virtude do fato de que sua presença dentro de casa não era exatamente relevante.
Ele tentou, de todas as maneiras que achou possíveis, contatar o deus. No entanto, não obtinha nada senão grandes e dolorosos fracassos. Numa noite, dentro do cemitério, Seo deu seu máximo; Hades pode até não ter lhe respondido, mas o jovem conseguiu trazer para a superfície meia dúzia de esqueletos, que andavam por aí como se estivessem vivos. Colocá-los de volta em seus caixões foi um trabalho demorado, e Changbin, exausto, decidiu ir até a praia, o lugar ideal para lamentar-se.
Seus pais adotivos não lhe davam atenção, exceto, é claro, quando o moreno fazia alguma besteira, como se meter em brigas e pegar recuperação. Nesses momentos, sua invisibilidade sumia e todos podiam observar a sua humilhação. Changbin não era corajoso o suficiente para confrontar os mais velhos e tampouco maior de idade, para que pudesse sair do teto dos mesmos. Um beco sem saída e repleto de espinhos nas paredes, na sua opinião.
Sua mãe biológica desistira de si como se o rapaz fosse um nada, algo a ser descartado e que não era bem-vindo. O sentimento do abandono ainda estava presente no âmago de Seo, embora ele tentasse ao máximo afogar essa vozinha com seus desafios de ir o mais fundo possível prendendo a respiração.
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[breathe under]
Fanfiction[escrita em 2018] Seo Changbin é um filho de Hades revoltado com a vida - o que é de se esperar, dado o seu difícil passado com a família adotiva. Seu único amor maior é algo completamente oposto àquilo que seu progenitor divino regra: o oceano e o...