Textos & Reflexões

"Estradas"

Nem sei como começar. Normalmente, começa-se pelo início.
Mas que início?! Eu não sei! Eu não sei quando começou, mas gostava de saber quando vai acabar.
O que existe entre nós é tóxico e só quero que termine. Mas, por outro lado, não quero que acabe.
É, pode dizer-se que sou masoquista.
Masoquista do amor.
Sei que, se continuar assim, irei entrar numa depressão profunda, mas o amor que sinto por ti é tanto que quero mergulhar nessa depressão, para não te perder, para não deixares de ser meu.
Doentio, dirão os que passam os olhos por estas palavras sofridas.
Mas, quem passa pelo mesmo vai identificar-se, e não considerar-me demente.
Para as pessoas que sofrem por amor (todos sofremos, somos humanos, afinal) só posso dizer-vos que vão continuar a sofrer. Porque o amor é assim, uma estrada com altos e baixos, com precalços, que só quem consegue manipular as suas atitudes é que irá ultrapassar com distinção esses obstáculos.
E sabes? Sim, tu que estás a ler e a achar que sou apenas uma rapariga ('moça', para os brasileiros que consideram 'rapariga' um insulto) que ainda não viveu o suficiente para falar sobre este tema. Mas como eu estava a escrever, "E sabes?", todos temos essa capacidade de nos moldarmos para vencermos os obstáculos do amor e da vida. Todos nós, seres humanos, conseguimos chegar à reta final desta estrada velha e danificada que é o amor. E sabes o que existe no fim dessa estrada? A felicidade total, vulgo, o amor da nossa, vossa vida.
Eu não sei quando o vão encontrar, talvez ele esteja à vossa espera no fim da estrada, ou então ele vos ajude a ultrapassar os obstáculos, para chegarem ao final juntos.
Eu não sei, aliás eu não sei nada.
Para quem ainda não chegou ao fim, não desistam, em breve (e a brevidade é relativa) chegarão, e verão que valeu a pena todo o esforço dispensado, todas as lágrimas derramadas e todas as cicatrizes que se formaram, mas que não são visíveis aos olhos.
Valeu a pena e isso é o mais importante.