"Senti"

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Senti.
Senti necessidade de escrever. De exprimir o que sinto, e nada melhor do que as palavras para o fazer.
Isto é a minha paixão. Mas... paixão não é amor, e existem coisas superiores à minha paixão. Existe o amor. O amor faz-me estabelecer prioridades.
Amor próprio. Amor ao próximo.
Mas... há sempre um "mas" não é verdade? Que muda o rumo da nossa vida e, neste caso, disto que estou a escrever. São os "mas" que nos levam a descobrir outros caminhos, caminhos sem volta talvez, caminhos que nos levam a encontrar outras pessoas, outras situações, outros "eu's". Um "mas" muda tudo, e é inevitável sermos levados no meio desta conjunção adversativa (obrigada professora de português, foi um anjo na minha vida!), é inevitável vivermos segundo os "mas", segundo as incertezas.
Mas (repararam? Voltei a repeti-lo, e voltarei sempre que necessário) o que quero eu dizer com isto?
Nada.
Nada mesmo, acreditem. Foi só uma força de vontade incontrolável, o bichinho da escrita acordou, e isto não quer dizer que volte a escrever. É apenas outra forma de mim mesma, sou eu, em palavras, sou eu em sentimentos e emoções, sou eu de forma a que consigam ver-me ao contrário, de dentro para fora.
E agora que já me exprimi, vou retirar-me, porque para além da paixão, existe o amor, e esse, se verdadeiro, não tem "mas".

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