VII - ATÉ QUANDO?

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Até quando?

Será que já paramos para pensar em quantas vezes fizemos essa pergunta, ou pelo menos iniciamos uma indagação com estas duas pequenas palavras?

Usamos o "Até quando" na tristeza, na alegria, na certeza, na dúvida, na saúde, na doença, na pobreza e acredite; na riqueza também!

Somos capazes de combinar esta minúscula interrogativa com tantas frases e situações que é difícil mensurar.

No entanto há perguntas que não querem calar:

Por que usamos tanto o "até quando" quando "já temos"?

Por que mesmo já tendo a direção para solucionar algo, nos perguntamos até quando vamos continuar vivendo determinada situação?

Em Salmos 6: 1,2 vemos o salmista desesperado com sua própria situação, implorando a Deus que não o castigue quando estiver irado. Ele também confessa suas fraquezas como homem, carnal e espiritual.

No verso 3 temos o nosso "até quando" concluindo a pergunta desesperada por parte daquela alma aflita.

Apenas no livro dos Salmos esta pequena dupla é vista mais de dez vezes, algumas delas ditas com grande autoridade ( Sl. 82), enquanto outras pedem justiça ao Senhor, numa época de perseguições implacáveis, de dores na alma diante de mazelas ( Sl. 89:46, Sl. 90:13) e injustiças humanas ( Sl. 94:3, Sl. 119:84).

No entanto, o próprio Deus nos traz sua própria versão do "até quando" muito tempo antes.

Em Êxodo 10:3 O Eu Sou já avisava ao faraó do que iria acontecer caso não se humilhasse. Bom, graças ao seu coração endurecido ( Êx. 7:3) nem mesmos os próprios conselheiros ouviu ( Êx. 10:7) e nós já sabemos como a história se desenrolou, não é?

Alguns capítulos depois do mesmo livro já vemos o povo ingrato, embora liberto, já descumprindo ordenanças de Deus quanto ao maná no deserto ( Êx. 16:28).

No capítulo 14 de Números, a situação se agrava ainda mais, pois encontramos o Senhor revoltado com o povo e disposto a aniquilá-lo, ( Nm. 14:11,12), porém Moisés intercede para que isto não ocorra, e Ele perdoa Israel ( Nm. 14:17-20).

Temos um exemplo de falta de visão espiritual por parte do sacerdote Eli, numa situação complexa bem na casa de Deus quando nossa irmã Ana orava num nível em que as palavras já eram inúteis para derramar sua angústia aos pés do Senhor, e o próprio vai até ela, perguntar "até quando" continuaria se embriagando.

Ana porém, não respondeu com revolta ( como muitos de nós atualmente fazemos diante do erro de um líder), e por isto mesmo foi abençoada com a resposta do que tanto pedia ( 1 Sm. 1:14-19).

Facilmente encontramos Bildade repreendendo Jó, enquanto dores terríveis, além da própria lepra física o despedaçavam por dentro ( Jó 8:2), #amigodaonça.

Incrível nossa capacidade de chutar quem está quase morto, não é mesmo?

É por esta e outras razões que o rei Salomão já inicia o livro dos Provérbios com repreensões da parte do próprio Deus ( Pv. 1:22) falando acerca da Sabedoria. Esta última, ao contrário do Conhecimento que pode ser adquirido pelo homem, provém unicamente Dele.

Nosso ainda familiar e atualíssimo "Até quando?" ainda é encontrado abundantemente tanto no Velho, quanto no Novo Testamento, porém vamos nos ater a uma mensagem colocada pelo Senhor em meu coração, assim que Ele me fez meditar numa passagem registrada logo após o Pentateuco, no livro do valoroso Josué, o sucessor de Moisés.

Curiosamente tive que avançar até Provérbios, onde séculos depois; dos versos 6 a 11 do capítulo 6, o sábio alerta sobre os malefícios que a preguiça pode nos trazer.

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