Infatuation

EU NÃO TENHO NADA COM A CARINA!

Calliope lhe causava coisas e a fazia experimentar sentimentos que simplesmente adorava, e aquele amor gritava fundo na sua alma. Tudo que mais queria é que a latina simplesmente ficasse, e a segurasse em seus braços, a fazendo perder o controle, ou até mesmo um simplesmente gesto, como um beijinho na ponta do nariz que Callie lhe dava por dizer que ela era muito fofa quando ficava vermelha. Aquela sensação de estar apaixonada e todas as vezes que a mulher lhe olhava nos olhos com a intensidade que só ela mantinha sobre Arizona. A fazia sentir milhares de borboletas no estômago.
Sabia que de nada adiantava negar a si mesma a profundidade de seu amor, que havia esperado por toda sua vida encontrar aquele amor que achou em sua Callie. Mas, ela tentava não transparecer o quanto ainda a amava, e falhava miseravelmente.

Uma semana havia se passado desde que Callie voltou e estavam ajeitando o apartamento de Mark para que a mesma morasse lá. Passaram uma semana repleta de felicidade ao lado de sua pequena Sofia e Callie havia voltado para o hospital (o que surpreendeu a muitos). Combinaram de jantar no sábado e Arizona estava um tanto ansiosa e nervosa para essa conversa. Carina havia conversado novamente e a fez olhar os prós e  contra da situação.
Chegou a conclusão de que nada deveria ser tão fácil assim, afinal ela passou por maus bocados depois que Callie foi embora. Ela nem mesmo se importou em saber como ela realmente se sentia em relação a situação, e agora volta como se simplesmente nada tivesse acontecido. Por mais que seu coração a traísse e quisesse que ela se jogasse nos braços de sua amada, não faria isso.

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Sim, nós vamos conversar no sábado. – respondi Carina pela milésima vez. – Quantas vezes ainda vai me perguntar isso em?!

Estou feliz que finalmente tenha tomado coragem, apenas. – sorriu de lado e me abraçou.

Estou vendo, espero que dê tudo certo. – encosto a cabeça em seu ombro e a deito ali. – Tenho medo de não estar fazendo a coisa certa e acabar sofrendo novamente.

Vai por mim aquela mulher te ama e acho que não faria a mesma coisa novamente e ainda mais sabendo que tem uma concorrente gostosona. – concluiu me arrancando um sorriso.

O que seria de mim sem você?! – me separei do abraço apenas para deixar um beijo em sua bochecha e no mesmo momento a pessoa que eu menos queria que presenciasse essa cena aparece a nossa frente. – Aí merda! – sussurro ao pé do ouvido de Carina e vejo Callie sair rapidamente dali. – Callie espera! – deixo Carina sem entender nada e saio correndo atrás de Callie e a vejo entrando em um dos quartos de descanso.

Nossa! Você corre em. – respirei profundamente buscando o ar que havia escapado pela corrida que acabava de fazer.

Não quero conversar agora Arizona. – ao menos se deu o trabalho de me olhar.

Mas, me deixa te expli... – ela me interrompe.

Explicar o que?! Que não quer nós dar uma chance porque já tem outra? Por que me deu esperanças? – meu coração se partiu ao vê-la daquele jeito. - Entendo você e sei que tem o direito de buscar sua felicidade, assim como eu achei que encontraria alguma sem você ao meu lado, mas eu estava enganada eu demorei a enxergar isso Arizona, mas eu preciso de você. Por que você não vê? Porque não me vê? – chorava com ainda mais intensidade.

EU NÃO TENHO NADA COM A CARINA! – acabei me alterando. – Você me abandonou Calliope, você me deixou – cai de joelhos e me entreguei a dor e ao choro que estavam presos a tanto tempo. – Eu só conseguia me perguntar você um anjo pôde quebrar meu coração daquela forma e comecei a enxergar que eu estava lutando por algo que não existia mais, eu passei por muita coisa. Como você pôde? Eu sei que errei tanto com você, mas... Como você pôde? Eu desejei por noites nunca ter te desejado tanto, eu desejei nunca ter te amado e eu não consegui. Eu só conseguia imaginar se ela te fazia sorrir como eu, ou te dava o amor que eu tanto te dei e até mesmo se você sorria para ela da mesma forma que sorria pra mim. Minha alma foi morrendo pouco a pouco e eu não sabia o que fazer. Como você pôde quebrar meu coração? As coisas que deixou todos dizerem sobre mim naquele tribunal, aquilo doeu e eu jamais faria tal coisa a você. Tu simplesmente pegou meus sentimentos e os jogou fora como algo sem importância. – eu soluçava juntamente a Callie. – O pior disso tudo é que eu ao menos consigo deixar de amar você. – ela olhou em meus olhos e levou suas mãos ao meu rosto fazendo um carinho.