Um Dia De Cada Vez

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POV KARA DANVERS

Eu não entendo o tamanho ódio que as pessoas sentem por mim. Tá certo que minha família é uma merda, minha mãe e irmão são dois psicopatas que não  deviam estar fora da prisão. Mas, o que eu tenho haver com isso? Quando foi que fiz algo que colaborasse com algum plano deles? Quando foi que me mostrei estar do lado daqueles loucos? Eu não entendo.

Todos me odeiam por compartilhar do mesmo sobrenome. Danvers. Essa que é uma marca registrada do caos e destruição, ódio e dor, preconceito e indiferença. Mas, eu nunca me mostrei ser assim.

Desde a adolescência, eu sempre lutei para mostrar ao mundo que eu sou diferente, que mesmo que minha família esteja na escuridão, o meu desejo é permanecer na luz, eu sou boa, não é preciso que ninguém diga isso, eu sei o que se passa no meu coração e não é a escuridão que persegue os Danvers.

Mas, não importa o que eu faça, todos ainda me vêem como uma Danvers do mau. A prova disso foi a irmã da Lena que me olhou com tamanho ódio sem ao menos me conhecer. Aqueles amigos dela também, o ódio deles pode ser igual ou até maior do que o da Alex, mas nenhum deles me conhecem, então porque me odeiam sem ao menos saber quem eu sou? Porque julgar alguém se a única coisa que se sabe sobre ela é a merda do maldito sobrenome? Nome não define ninguém, mas parece que isso não importa.

Quando Lena saiu do meu escritório acompanhada deles, eu me vi perdida, não soube o que fazer, então fui pra casa, torcendo para entenderem o que Lena e eu temos. Não quero que ela fique mau com a família e os amigos, eles são partes importantes da vida dela, e me sentiria culpada caso Lena se afastasse deles por minha causa, coisa que ela já deixou claro que faria caso não me aceitassem.

Todo o caminho foi feito em total silêncio enquanto meu motorista dirigia até minha cobertura. Normalmente converso com ele, gosto de interagir com as pessoas,  mas não hoje. Hoje minha mente está voltada pra minha noiva e para o que será que ela está fazendo nesse exato momento.

Quando cheguei em casa já estava uma pilha de nervos. Fiquei andando de um lado para o outro... Lena tem que estar bem. Aqueles que se dizem família e amigos dela, não podem condena-lá ou julga-lá apenas por me amar.

Lena tem que saber que eu estou aqui, não importa o que aconteça, ela sempre terá a mim, então, assim que passei pela porta do meu apartamento, peguei meu celular e liguei para ela.

Ligação on

- Oi amor... - ouço a única voz que é capaz de me acalmar.

- Oi amor, Lena eu só quero dizer que... - Eu estava tão absorta em preocupação com minha noiva que nem ao menos desconfiei que poderia ter alguém na minha casa , isso até ouvir um barulho vindo do segundo andar - Quem está ? - Não obtenho nenhum resposta, mas ouço passos se aproximando e um pavor toma conta de mim - Espera Lena, tem alguém aqui... - E finalmente vejo quem é. Minha mãe junto de mais dois caras bem fortes - ...Mãe? - faz tanto tempo que não a vejo, sua presença me faz sentir calafrios, um sorriso diabólico em seu rosto e sem falar nada, os dois caras vem em minha direção - Fique longe de mim... LENA!!! - Grito por Lena assim que tenho meu celular arrancado da minha mão e um deles põe um pano com alguma coisa no meu rosto tampando minha respiração.

Ligação off

Eu não sei o que aconteceu depois que apaguei, só sei que acordei numa espécie de quarto de hospital, mas, de algum jeito eu sabia que não era um hospital de fato. Vagas lembranças do que aconteceu foram surgindo em minha mente e, logo comecei a me desesperar.

Lady's El Perdidas No TempoOnde histórias criam vida. Descubra agora