Lady's El Perdidas No Tempo

Não Estamos Mais No Kansas

 Nós duas nos abraçamos em prantos, a tristeza e a dor que ambas sentiam eram imensuráveis, a última vez que Kara e eu estivemos aqui coisas ruins aconteceram. Eu prometi a minha esposa que a protegeria, a qualquer custo, mas não foi bem isso que aconteceu. Eliza matou uma de nossas filhas, ainda no útero de Kara, eu prometi a ela que a protegeria, eu falhei, e Kara ainda não me perdoou. Ela diz que não foi culpa minha, diz que eu fiz tudo que pude, mas eu olho dentro dos seus olhos azuis e eu vejo magoa, vejo dor, vejo decepção, Kara me culpa e não me perdoou ainda. Eu me pergunto se ela chegara a me perdoar algum dia. Nosso casamento ia de mal a pior, começou de uma forma tão linda, então o acidente com a mãe dela, e quando viajamos para fora do país tudo piorou, ela se afastava, não falava comigo, isso nos primeiros meses. Melhorou quando Krys nasceu, Kara voltou a ser carinhosa comigo, voltamos a ser um casal unido, mas ainda há o sentimento dentro dela, aquela coisa que parece nos dividir. Estamos bem agora, como eu disse, Kara não me perdoa, mas não estamos brigadas, mas eu sinto que pode chegar o dia em que Kara dirá que não quer mais me ver, e quando esse dia chegar eu vou morrer.

 De volta a Nacional City. Algo me diz que as coisas iriam ficar difíceis, tanto para mim, quanto para Kara. Depois de anos eu volto para a cidade que costumava proteger, costumava voar por esses céus, esbarrar em alguns edifícios, tudo com aquele antigo traje. Ainda lembro de como era confortável, Kara sempre me dizia que eu ficava incrivelmente sexy naquele uniforme, quando usava o uniforme para leva-la para cama era sempre a melhor transa que tínhamos, a cada vez, todas as vinte e sete vezes. Pisar naquele chão novamente, naquele aeroporto da cidade, trouxe uma sensação nostálgica, tantas emoções, sentimentos bons e ruins.

 Pegamos nossas coisas e saímos do local, logo em frente a saída já podíamos ver o carro nos esperando, e os padrinhos de Krys estavam lá, aguardando minha menina. Krys não nos esperou, ela não se conteve em correr até Winn e Sam e abraça-los com muito amor, o que pode parecer estranho, mas me deixou com ciúmes. Minha filha, minha Krys, minha e de minha amada esposa, Kara, eu apenas tenho medo, medo de perder minha criança, Krys e Kara são tudo para mim, farei de tudo para protege-las.

- Tio Winn. – A pequena Zor-El correu e abraçou o Winn ainda saindo do carro. Sam foi a próxima a receber o abraço apertado da super Krys.

- Oi Winn. – Agarrei a mão de Kara que parecia nervosa ao meu lado, ela logo tratou de cumprimentar o rapaz, com certo receio.

- Kara. – Winn era gentil, sempre foi, ele era o meu melhor amigo de todo o pessoal do DEO, mas ele respondeu da mesma forma que Kara havia lhe cumprimentado.

 Sei que ele me ajudou, mas ainda assim, Winn se sente culpado, em certa parte ele é, mas como eu disse, ele me ajudou e por sua ação de compaixão para com a minha Kara a nossa Krys sobreviveu. Seria tudo ainda melhor se a Lana tivesse... Eu não gosto de lembrar. Íamos chama-la de Lana. Minhas duas menininhas, por culpa de Alex e todo o pessoal eu nunca vou tela, nunca irei perdoa-los, nunca.

- Ah, Sam adorei o cabelo! – Eu tive que falar, ela sempre foi sentimental, se eu não notasse, Sam iria ficar chateada, e realmente o cabelo da mulher estava lindo, um ondulado de babar. Senti minha mão ser apertada com unhas afiadas, eu olho para o lado e vejo Kara me lançando um olhar repreensivo. Droga, mulher ciumenta. - Então vamos? – Engoli a seco e voltei a prestar atenção nos dois tios de Krys a minha frente.

 Kara sempre foi a mais ciumenta, por mais que eu também tenha ciúmes dela, Kara sempre foi e sempre será a ciumenta da relação. Foi por seu comportamento que me apaixonei, desde a faculdade. Era aquela Kara séria, fria, rude, antipática, sedutora, provocadora, sexy e atraente, tudo que eu não era na época, mas ainda assim ela me escolheu. Eu sempre fui a desastrada, envergonhada, espontânea, solta, alegre, e quando nos juntamos pareceu que uma completava a outra.