Capítulo 6

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Bom dia, meus amores^^

Vamos de capítulo? Não esqueçam de deixar o votinho lindo e compartilhar com as amigas:)




Ana

O latejar da minha cabeça era constante e me obriguei a abrir os olhos às 16hs do domingo. Levei a mão direita ao rosto, de modo a cobrir os olhos da claridade intrusa do quarto. Meu corpo estava todo dolorido, resultado das intensas horas de diversão na madrugada. Fazendo uma analise rápida, eu me senti satisfeita com a liberdade, no qual, me permiti. Andressa havia se mostrado uma companhia excelente e muito divertida.

Soltei um gemido ao ouvir o toque estridente do meu celular. Estiquei o braço e alcancei o aparelho com meus dedos.

— Ana?

— Oi, Raquel — Minha voz saiu consideravelmente rouca. Gemi baixo, pois senti o martelar direto no meu cérebro.

— Por que sua voz está estranha? Está ou esteve chorando? O que aconteceu, Ana? Brigou com alguém? Lucas fez ou disse alguma coisa? Se aco...

Obriguei-me a interrompê-la:

— Ai, Raquel, já chega! Eu só estou de ressaca.

Houve uma ligeira demonstração de euforia da parte dela no outro lado da linha.

— Você passou a noite festejando? O que houve com minha irmã super responsável e discreta? — Eu ri de suas palavras. — Confesso que você me deixou surpresa agora, sabia?

— Eu apenas quis me distrair um pouco, Raquel — falei sem muitos detalhes. Massageei de leve as minhas têmporas, enquanto mantinha os olhos fechados. — Mas, e então? Está tudo bem por aí?

— Uhum... — ela soou sarcástica e eu ri mais. — Bom, na verdade, eu te liguei, porque eu preciso da sua ajuda. Marquei de sair com a Joana, mas não tenho como ir até a casa dela, pois o papai saiu e o carro da mamãe está no conserto.

— E, por que você não pede para a Joana ir te buscar com a tia Marie ou o tio Andrew?

— O telefone dela só dá desligado e eu não quero ligar para os tios.

Evitei resmungar pelo desagrado daquele pedido. Além da minha cabeça estar estourando, eu ainda teria que correr o risco de ver quem eu menos ansiava.

— Onde vocês pretendem ir afinal?

Levantei da cama enquanto escutava as palavras dela. As duas haviam marcado de ir ao cinema com uma turma de amigos.

Passando os dedos nos cabelos, eu caminhei até a sala me deparando com a Andressa esparramada no colchão de solteiro, no qual, havia emprestado para ela mais cedo. Analisei-a e constatei que ainda estava dormindo.

Raquel continuava falando e falando e falando... Meus pensamentos estavam se dividindo entre os recentes acontecimentos e entre o que minha irmã caçula estava tagarelando. Antes de sair de Londres, eu havia feito muitos planos, contudo o que eu mais ansiava não estava dando certo e isso de certa forma estava me frustrando. Estudar; depois praticar a profissão, mas e o coração? Eu esperava preenchê-lo com o amor do... Inferno!

— Está me ouvindo Ana? — A voz da Raquel soava impaciente. — Ana?

Levei o copo de água à boca e engoli junto com um analgésico antes de respondê-la:

— Eu a deixarei na frente da casa dos tios — expliquei taxativa. — Minha cabeça está explodindo e tudo o que eu menos preciso é...

— Ter um embate com o Lucas — ela completou e eu suspirei. — Fica tranqüila, pois ele não costuma ficar em casa nos finais de semana.

Eu sou seu menino mau - Livro 5 (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora