Meu Torrão

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É com um olhar temeroso

Que enxergo ao longe,

No meio dessa caatinga esturricada

De tanto o sol punir,

Algo estranho ao ambiente.

Buliu apressadamente.

Parece um bando de gente,

Brancos e rosados,

E vem todos em minha direção.

Estou com medo.

O receio bate no coração.

Não faz sentido algum

Esse povo metido aqui

No meu torrão.

Um grito trêmulo afinal saiu da minha boca ressecada.

Pergunto timidamente:

O que querem?

E eles respondem,

Para o meio alívio,

Que estão só de passagem.

Então respondo:

Vão logo embora,

Deixem o meu chão ressequido

Em paz,

Voltem para suas terras pálidas

E sem o brilho azul

Do meu céu

Palavras de PoesiaDonde viven las historias. Descúbrelo ahora