O jogador é paciente. Essa é uma das características que mais demonstravam que o mesmo sabia o que fazer. Avistar tudo e todos de perto era uma maravilha, principalmente aquele que ele tinha um apreço maior.
- Leon... - O Jogador sorriu no momento de sua chegada. Mexendo seu boné de longe, parando por um instante o que estava fazendo. Observou. Diferente de Qualquer um, o jogador pensava como um jogador, ou até mesmo de uma forma mais radical, os outros não passam de presas, comparados ao caçador que o mesmo era.
Ele estava próximo demais, jamais suspeitaram dele, não mesmo. Levou sua mão a sua chave a girou em um dos dedos, enquanto caminhava pelo local. Ele tramava algo, isso podia ser preocupante. Depois de observar Leon por algum tempo, resolveu que ja era a hora de ir embora. Pegou suas coisas e saiu do local, o palco havia sido montado. Ele pegou seu carro - que estava estacionado no estacionamento do colégio - e saiu com um rumo certo em sua mente.
Depois de alguns minutos no volante, lá estava ele em seu destino. Olhando atentamente para uma lanchonete, especificamente para um jovem rapaz que ali trabalhava de garçom. Uma onda de prazer percorreu seu corpo, seu tesão estava em meninos novos.
Esperou, pacientemente em seu carro, até a saída do rapaz. Ele trabalhava por meio turno, logo estava sendo liberado no momento de seu almoço. Saiu pela porta da frente, arrumado para o sair. Ele vestia uma blusa branca lisa de manga cumprida, uma calça verde escura e um tênis esportivo em seu pé. Estava com seu cabelo penteado com um enorme topete liso. Isso aguçava ainda mais o nosso jogador.
- Jack! - Disse o jogador ao parar com o carro ao seu lado do rapaz.
- Você aqui? - ele abriu um sorriso branco com seus belos dentes
- Sim, prometi que iríamos almoçar hoje - O Jogador abriu a porta, sorrindo também de forma amigável, mau sabia o nosso jovem, ele estaria enrascado.
- Isso é verdade - Sem hesitar, demonstrando a total confiança, ele entrou no carro.
Eles viajaram por algumas horas no carro, o jogador manteve uma conversa animada e fazendo com que o jovem não percebesse por onde estava indo. Era uma boa conversa, ele sabia como usar as palavras. Era articuloso e controlador, já estavam distante quando o menino foi perceber. Mas pareceu não ligar, a situação em sua cabeça estava muito boa.
Com o carro estacionado no meio do nada, não, meio do nada não. Na verdade estavam no campo, em um lugar coberto de plantações e bem afastado da cidade. Saíram do veículo as pressas, entre alguns beijos e foram em direção a uma cabana antiga e abandonada. O jogador sorria, ja para Jack, era uma experiência nova. Todavia não parecia incomodado, pelo contrário, estava deixando levar demais.
O sexo selvagem e proibido sempre é bom, porém ele trás consequências. Pobre Jack, ele não imaginava por isso. Após o coito, recebeu um golpe em sua nuca que o fez desmaiar. O jogador se levantou e arrastou o corpo do rapaz para um porão que havia da cabana. Lá, ele o amarrou os membros do mesmo, deixando-o totalmente esticado. Se não bastasse, uma corrente prendia as pernas do jovem rapaz. Era impossível de se escapar.
- Aí... Minha cabeça - Acordou Jack, ainda com uma visão meio turva e a dor tomando sua cabeça - O que? - Ele se desesperou
- Resolveu acorda, coelhinho - O jogador disse com deboche e sorrindo no final, dando a perceber seu toque provocativo
- O que esta fazendo? - Ele estava realmente desesperado, olhou para as amarras em seus membros, pensando em alguma forma de fugir
- O óbvio, eu vou te matar - O jogador pegou um alicate sobre a mesa e caminhou em direção a Jack. Pobre rapaz, o seu último suspiro funcionou apenas para os gritos.
[...]
O sangue pingava ao chão, de um jovem rapaz. Assassinado de forma fria e descomunal. Ele ainda estava pendurado no local, sem ao menos um lugar por direito para descansar em paz.
O jogador não se importava nem um pouco, apresentou apenas prazer com a morte. Com seu serviço feito, resolveu tirar uma foto do cadáver com uma daquelas câmeras que revelam na hora, revelou e então escrever uma carta. Com uma caligrafia bonita. Após terminar, colocou os dois em um envelope e o deixou sobre a mesa.
- Já são 17:00, ele sairá logo.
O jogador se vestiu com seu sobretudo, resolveu pegar um chapéu e o colocar sobre a cabeça. Pegou o envelope e saiu às pressas. Ele não eta bobo, estacionou o carro um pouco mais distante do colégio e saiu do mesmo. Com as mãos nos bolsos e a maldade no coração, ele caminhou. Chegou próximo ao colégio e viu que Leon ainda não havia saído, pacientemente ele esperou, normal.
Lá vinha o Leon, como havia sido calculado. Ele caminhou ao lado de onde estaria a bolsa de Leon. Sabia tanto sobre o agente, que sabia que sua bolsa estaria com o zíper até a metade, para facilitar o manuseio de sua pistola 40 guardada dentro de sua bolsa. Ele era diferente, mas tinha costumes, isso favoreceu ao jogador que sorriu
Ele saiu no momento exato, revirando o envelope em sua mão. Pegou o mesmo e abaixou a cabeça.
"Pense, isso mesmo. Pense"
O jogador acabou por esbarrar em Leon, e no mesmo instante jogou a carta em sua bolsa. O seu objetivo foi completo...
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Xeque
Mystery / Thriller"Nós, os seriais killers, somos seus maridos; somos seus filhos" - Ted Bundy A história passa em torno de Leon, um agente federal de apenas 27 anos de idade. Por problemas no passado, o rapaz acabou trazendo alguns traumas para a sua turbulenta vida...