Prólogo

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Prólogo

Era uma noite de chuva forte, o tempo estava complemente congelante, as ruas uma armadilha mortal para qualquer desatento na estrada, quando a mãe do pequeno SeokJin resolvera o levar para o orfanato onde ela o deixaria em segurança e longe de tudo.

O pequeno estava coberto por mantas quentinhas para que não sentisse o frio que estava a cidade de Seul, ressonava baixinho em seu ombro dormindo serenamente, enquanto ela – que havia saído de casa com o intuito de salvar o filho, não ligara para se vestir tão adequadamente para o frio que fazia. Estava  completamente desesperada por ajuda, ninguém poderia a julgar dizendo sobre suas vestimentas, afinal, era a vida do seu filho que corria risco.

Para a pequena de estatura e grande em caráter, sra. Choi, foi difícil ter que deixar o filho. Claro que ela era mãe e esse já era motivo suficiente, mas era só um dos muitos motivos para não não querer deixar o pequeno e ter que nunca mais vê-lo.

Seu filhote havia acabado de completar seus cinco anos de idade, era muito inocente para saber o que se passava ao seu redor. Mas ela não correria o risco de ter que perder seu filho, por mais que tivesse a certeza que, a partir do momento em que deixasse ele no orfanato nunca mais o veria, ela preferia ter o pensamento que seu filho estaria seguro com outra família do que ficar ao seu lado correndo o risco de morrer e o pior, ver seu pequeno ser morto, por um vício, cisma e preconceito de seu marido.

Ela já não aguentava mais o seu alfa, era mais um típico caso de casamento arranjado, relacionamento abusivo e alcoolismo. Chegou ao seu limite quando o alfa resolvera bater em seu próprio filho de apenas cinco anos, por apenas cismar que ele seria ômega. Para ele, era uma vergonha sem tamanho seu primogênito homem nascer e quando atingisse a idade que o tempo o determinara, virar ômega.

Era o fim.

Ela se afastou do garotinho que havia acordado assim que ela chegou ao local, que no momento em que percebeu que sua mãe estava se afastando e o deixando com uma mulher não muito mais velha que ela, começou a chorar.

A mulher passou bons minutos tentando acalmar o seu pequeno e frágil filho. A ômega o deu um colar, nele havia um pingente que seu material lembrava o cristal só que mais resistente e seu formato lembrava um retângulo comprido e fino meio transparente na cor esmeralda e em cada lado havia duas bolinhas douradas. Era um objeto mágico, apenas as famílias com antepassados de ômegas lúpus possuíam. Mostrou outro do mesmo porém com seu cristal em vermelho e sorriu olhando atentamente os traços do rosto do filho que lembravam e eram muito parecidos com os seus.

“Meu amor, preste atenção, huh?” o garoto a olhava com os olhos brilhando, índice de um novo choro. “Nunca tire esse colar, ele será o pivô para nosso reencontro. Mamãe te ama.”

Após se assegurar que seu filho ficaria sim em boas mãos, e tentar acalmar o filho dizendo que ela estaria sempre com ele e que nunca o deixaria só, a ômega pousou a mão em seu peito ao lado de onde ficava o coração, vendo o pequeno prestar atenção em cada ação sua.

“Eu estarei sempre aqui...” prensou com leveza a mão que estava espalmada sobre o peito do garoto “...e aqui.” deu um beijo em sua têmpora demonstrando, mesmo sabendo que ele não entenderia muito, que ela estaria sempre em sua memória.

Ela então se foi, se segurando ao máximo para não ceder ao choro esganiçado do filho e seus olhos brilhando em tristeza.

‘Você ainda é muito novo meu amor, mas um dia eu espero que me perdoe e entenda meus motivos.’ pensou a ômega se encolhendo no casaco fino que usava enquanto voltava – sem vontade alguma – para sua casa. Ao chegar na em sua casa suspirou pesado quando não viu sinal de seu marido.

Seriam dias difíceis dali para frente.

Adotado [NamJin]Onde histórias criam vida. Descubra agora