5. Raios de sol

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𝓞 𝓭𝓲𝓪 estava tão claro: os raios de sol permanecia esplêndido ao horizonte da praça, era um lugar perfeito para realçar a figura humana.

Enquanto Matteo olhava fixamente para a menina-mulher, a luz pulsou sobre a sua face jovial: iluminando seus cabelos escuros que torneava seu rosto delicado no mais belo movimento, os olhos esverdeados eram como a grama, sua boca era bem feita destacando os lábios vermelhos e carnudos.

No seu conjunto, era uma mulher muito bonita, perfeita para muitos, mas menos para ele.

Giulia era, portanto, uma pessoa dotada de faculdades mediúnica, estava ali a sua oportunidade e finalmente, reuniu a coragem necessária para convencer Muller a aceitar o caso:

– Cabe ao melhor detetive solucionar o caso da garota desaparecida. Podemos trabalhar junto nisso, Matteo. — a menina-mulher disse sua proposta ao detetive, o que pareceu deixá-lo enraivecido.

A mente de Muller que permanecia em seu passado obscuro regressou ao momento presente.

– Desculpe me senhorita, mas quem é você? — interrompeu grosseiramente.

– Meu nome é Giulia Natucci, estou a ordens do tenente Costas. — forçou um sorriso que deixou à vista os seus brancos dentes - seria uma honra trabalhar ao seu lado Detetive!

– Me deixa em paz! — ele resmungou com a testa franzida.

Era fácil de notar que Matteo Muller tinha coisas demais ocupando sua mente: dúvidas e incertezas. A vontade que sentia era de ir para casa, e pensar sobre o que estava prestes a transformar a sua vida monótona.

A senhorita Natucci não satisfeita agarrou um dos seus braços e o levou para um bar perto dali: o ambiente estava vazio quando chegaram, com apenas dois casais em mesas separadas, onde a decoração era ao mesmo tempo moderna e rústica.

Matteo pediu um champagne com pêssego, para relaxar e acompanhar a 'conversa' que saiu por mais de 20 euros, foi a bebida mais cara de sua humilde existência.

Ao som de música instrumental: piano, violino, violoncelo, dentre outros instrumentos. A jovem cheia de vaidade pôs se a falar sem interrupção, mas Matteo sequer ouvia a sua voz em meio a tanto barulho:

– Havia indícios de fogo, respingos de sangue espalhados drasticamente por todo o lugar. A garota desapareceu, sem deixar nenhum vestígio do seu paradeiro.

Matteo ficava desconfortável com a conversa, o suor escorria seu rosto lentamente, não era um dia quente, e suas pernas tremiam sem o mesmo perceber.

– Garota, não quero me envolver. — deu um último gole em sua champanhe e mencionou se levantar.

O detetive estendeu o copo para ela, obviamente achou que a conversa tinha terminado, mas ela recusou a champanhe fazendo gestos com a mão e continuou a falar:

– Belinda precisa de você. — disse Giulia melancolicamente, depositando sua esperança no homem, enquanto ele fazia incontroláveis sinais de negação com a cabeça.

O detetive sabia que Giulia estava certa, mas não entendia sua intenção.

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