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Qual é a desse cara? Desde que eu estava internado já desconfiava que ele estava de olho na Karen

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Qual é a desse cara? Desde que eu estava internado já desconfiava que ele estava de olho na Karen. Talvez até já tiveram alguma coisa, só não tenho certeza de quando, se foi antes ou depois de mim. Lembro do dia em que contei tudo para a ela sobre a história do assalto e o porquê daquele tiro. Ele estava parado na porta nos observando e percebi que ela ficou constrangida com a situação. Talvez fosse ele o namorado que ela disse não ter mais. Será que ela o trocou por mim?

— Qual é o seu problema comigo, doutor? — questiono assim que ele fecha a porta do quarto onde a Karen está.

Ele puxa o ar mostrando impaciência.

— Você está chegando agora. Não sabe nada sobre a vida dela — refuta de braços cruzados.

— Sei que ela terminou um namoro há pouco tempo. Foi com você? — indago já sentindo raiva por estar frente a frente com quem a machucou.

— Você não sabe mesmo de nada. — ele ri com ar de deboche. — Se fosse eu o tal ex-namorado... — ele hesita, repensando. — Na verdade eu nem seria um ex, ela estaria comigo agora, porque eu jamais a decepcionaria — completa com segurança. — Diferente de você, que antes mesmo de começar um relacionamento com ela já a encheu de preocupações.

— Do que você está falando?! — inquiro sem entender.

— Do último dia dela aqui no hospital. Você consegue se lembrar? Talvez não se recorde do jeito que ela ficou, porque foi no meu ombro que ela chorou.

A fúria que eu sinto agora não tem medidas, sinto meu corpo queimar de tanta raiva. Eu sei que ela ficou mal com tudo o que eu proferi em cima dela, mas não imaginei que existia alguém ansioso para pegar uma brecha.

— Ah — começo, insinuando que já entendi tudo. — Então vocês são só amigos, não é? — pergunto saboreando a expressão cheia de raiva dele.

— Sim — responde contra vontade. — Mas se eu vir alguma possibilidade de ser mais que isso, não medirei esforços.

Ele é pretensioso e arrogante. Tá na cara que está revoltado pela Karen estar comigo e não com ele. Preciso mostrar que agora eu já não estou mais inábil naquela cama e não darei outras oportunidades para ele se aproveitar de qualquer situação que surja.

— Agradeço muito por ter operado meu braço. Ele está em perfeito estado e vai ser o mesmo que vou usar para socar a sua cara se continuar me desafiando — digo sentindo um furor me preencher.

Ele gargalha me causando uma enorme vontade de deixar um olho roxo estampado em sua cara.

— Posso tentar não te deixar irritadinho agora, mas acho que vou te dar outras chances de parar em outro leito deste hospital. — revida e ameaça andar na direção contrária. Mas se vira novamente à mim. — Espero que encontre um outro ortopedista tão bom quanto eu, porque eu vou te deixar todo quebrado.

Por mim, eu já teria lançado meu punho na cara dele. Mas tenho um único motivo para me controlar e não fazer isso, não agora. A Karen está bem aqui do outro lado da porta, tentando descansar do susto que passou ontem. Não deixarei passar se tiver outra ocasião.

Seguindo as pistas de um coração Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora