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— Olha sua cara de boba, Karen! — diz Paola sorrindo, enquanto me mostra o vídeo do momento em que o Douglas pediu minha mão em casamento

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— Olha sua cara de boba, Karen! — diz Paola sorrindo, enquanto me mostra o vídeo do momento em que o Douglas pediu minha mão em casamento.

E é desta maneira que ela quase me faz engasgar com meu café da manhã. Desde que nos sentamos para aproveitar os vinte minutos que ainda temos antes dos atendimentos, ela não para de falar sobre minha reação. Estou mesmo com cara de boba, mas uma boba extremamente feliz e emocionada.

Depois que todos foram embora ontem, Douglas e eu fizemos amor como nunca havíamos feito antes. Não sei de onde ele tirou tanta delicadeza e carinho. Não que ele seja um bruto, só um pouquinho selvagem e truculento. A noite quente nos exigia um banho. Então, assim fizemos. Fomos para debaixo do chuveiro e ali começamos o catalisador do fim da noite. Foi um banho rápido, pois nossos corpos reivindicavam um ao outro com autoridade e, dentro do box, o espaço era muito pequeno para nós dois.

— O que estão assistindo de tão divertido? — Daniel nos pergunta ao se aproximar da mesa, me tirando do meu devaneio. Meu coração descompassa e fico um pouco em cima do muro.

— Karen sendo pedida em casamento — Paola responde recebendo meu olhar repreensivo disfarçado de sorriso.

— Está noiva, Karen?! — ele pergunta com o cenho franzido. Minha vontade é dividir minha felicidade com ele ao mesmo tempo em que quero sair correndo.

— Sim — respondo com um sorriso tímido e apreensivo enquanto ele se senta em minha frente.

Daniel pega em minha mão esquerda e admira o anel em meu dedo. Sinto a temperatura das palmas das minhas mãos caírem repentinamente à medida em que ele ergue seu olhar ao meu.

— Você está feliz? — pergunta ele de uma forma que eu não consigo digitalizar.

— Sim — falo voltando a sentir o misto de emoções do instante em que tudo aconteceu. — Nem sei descrever o quanto.

— Então eu estou feliz também. — ele beija a minha mão e os cantos de sua boca se curvam em um sorriso terno e sinto a pressão de sua mão aumentar sobre a minha. — Parabéns.

— Obrigada — digo, me sentindo aliviada por estar compartilhando minha felicidade com ele.

Doutora Marina e outros médicos da clínica entram animados e falando alto sobre o congresso de medicina.

— Vocês vão ao congresso? — Paola nos pergunta.

— Eu recebi o email, mas ainda nem li.— respondo sem empolgação, pois minha cabeça está em outro lugar.

— Eu vou — diz Daniel. — Irei palestrar nesta edição.

— Que legal, Daniel — Paola diz empolgada. — Sabia que tem mulheres que amam homens que falam bem em público?! Você vai voltar do congresso cheio de contatinhos. — Daniel cora e rimos da analogia dela.

Seguindo as pistas de um coração Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora