babysit ❥ chanbaek

deux

— Espero que tenha entendido tudo. Chanyeol está terminando de arrumar Minhyuk e logo você o conhecerá. — Joohyun terminou de falar, fazendo o Byun apenas concordar levemente com a cabeça.

Ele, por algum motivo não se sentia confortável perto da mulher. Ela parecia tão fechada, ele tinha medo de dizer algo que pudesse a ofender e fazê-la ter uma má impressão de si.

Sentado em uma das cadeiras da mesa da sala de jantar Baekhyun pôde ouvir uma risada gostosa de criança ecoando pela sala. Joohyun largou o celular em cima da mesa e levantou-se, fazendo o Byun imitá-la. Em poucos segundos Chanyeol adentrou a sala de jantar junto com um garotinho de cabelos negros e lisos, com olhos grandes e orelhas como as do pai. Ele tinha um sorriso tímido no rosto e assim que o pai parou de andar, abraçou a perna do mesmo, completamente tímido.

— Min, esse é Baekhyun. A partir de hoje ele vai cuidar de você. — Baekhyun sorriu, dando um tchauzinho para o menino. Suas bochechas tornaram-se levemente rosadas e ele se escondeu um pouco mais atrás de Chanyeol. — Vamos filho, não seja tímido.

O mais velho virou-se em direção ao menor entre os outros três e acariciou seus fios, sorrindo como se lhe passasse confiança. Minhyuk sorriu de volta e se voltou para Baekhyun, andando até ele ainda um pouco inseguro.

— Oi. Eu sou Minhyuk. — Suas bochechas estavam completamente vermelhas e Baekhyun achou aquilo extremamente adorável. Abaixou-se ficando na altura do menino.

— Oi Minhyuk. Espero que possamos ser amigos. — Sorriu, tocando levemente os fios da criança a sua frente.

— Já terminaram a ceninha aí? Chanyeol, você se esqueceu que temos horário pra chegar na empresa? — A mulher bufou irritada, pegando seu celular na mesa e andando até a porta da sala de jantar. — Não demore, eu não estou com paciência para enrolações hoje. Tchau Minhyuk. — E saiu, sem ao menos se importar se estava sendo simpática ou não.

Chanyeol olhou para Baekhyun completamente sem graça e negou com a cabeça. Andou até eles e abaixou-se na frente do filho, que à essa altura já estava ao lado do Byun.

— O papai precisa ir trabalhar agora, tudo bem? Prometa pra mim que vai se comportar com Baekhyun.

— Eu prometo! — Sorriu-lhe, mostrando seus dentinhos de leite. Chanyeol não conseguiu não sorrir junto, era apaixonado pelo filho.

— Muito bem. Agora me dê um abraço antes de eu ir. — A criança fez aquilo que fora pedido e o Park levantou, virando-se para Baekhyun dessa vez.

— Novamente, me desculpe por Joohyun... Acho que ela avisou sobre a aula de Minhyuk começar às 9h30. Eu realmente preciso ir, mas na folha que ela deixou com você tem o endereço da escola e em cima da estante na sala tem um envelope com uma quantia em dinheiro para você chamar um táxi. Aqui está a chave da porta principal. — Entregou a chave ao moreno, que a guardou no bolso junto com os papéis — Espero que vocês se deem bem, um bom dia. — Sorriu, dando as costas para Baekhyun e sumindo pela porta.

O Byun se viu extasiado. Chanyeol era tão gentil, tão bonito... Joohyun era uma mulher de sorte por tê-lo ao seu lado, quem não iria querer um marido como ele?

Suspirou, olhando para o pequeno menino ao seu lado que o encarava com curiosidade. Estendeu a mão para dele, que a encarou por algum tempo antes de sorrir e aceitar. Baekhyun sorriu junto, indo até a sala.

Foi possível ouvir o carro saindo da garagem. Baekhyun tirou do bolso a folha que lhe fora entregue pela mãe do menino, lendo as instruções. Minhyuk precisava tomar café, então o Byun não demorou à levá-lo para a cozinha e preparar um café adequado para a criança.

Enquanto o garotinho comia, Baekhyun preparou também seu lanche, guardando na lancheira de um desenho que o moreno nunca viu antes que estava em cima de um armário da cozinha.

Meia hora depois o táxi parava em frente à residência dos Park. Baekhyun se certificou mais de uma vez se a porta estava realmente trancada, podendo ouvir o garotinho chamá-lo para que não acabassem se atrasando. O Byun lembrou-se da época em que ainda era uma criança, já que sempre fora muito pontual e sempre agiu da mesma maneira que Minhyuk agira contigo segundos atrás.

Riu sozinho e pegou na mão do garoto, andando até o carro e o colocando sentado no banco traseiro e fazendo o mesmo com a mochila e lancheira do menor segundos depois. Sentou-se ao lado da criança, que por algum motivo desembestou em falar.

— A minha professora me elogiou na semana passada sabia, hyung? Ela disse que eu escrevo muito bem! Você quer ver minhas letrinhas? — ele disse e abriu sua mochila, tirando de lá um caderno de caligrafia.  — A professora passou lição de casa pro fim de semana e eu fiz tudinho, meu papai me ajudou.

Ele estendeu o caderno e Baekhyun pôde ver a caligrafia quase impecável do garoto, abrindo um sorriso de orelha à orelha.

— Minhyuk, que letra bonita! Onde você aprendeu a escrever desse jeito?

— Com o Senhor Batata, ué. E com meu papai também.

— Senhor o que?  — Baekhyun perguntou rindo.

— Senhor Batata, é meu desenho favorito! Você nunca assistiu, hyung?

— Não. Você pode me mostrar um dia, o que acha?

O menino confirmou com a cabeça e guardou seu caderninho novamente na mochila. Ele continuou a tagarelar sobre uma música que eles estão aprendendo para treinar as pronúncias do idioma quando eles estacionaram na frente da escola. O pequeno pegou suas coisas e Baekhyun pediu para que o motorista o esperasse voltar, e desceu do carro para acompanhá-lo até a entrada que estava lotada de pais e seus filhos.

Ao se aproximarem, Baekhyun percebeu que alguns pais olhavam para eles com desaprovação, alguns até negavam com a cabeça e depois viravam o olhar. Parados em frente ao portão ainda fechado, Baekhyun continuou sentindo olhares sobre si e começou a se sentir desconfortável, se perguntando o motivo de as pessoas o olharem tanto. Enquanto esperavam, um homem alto e bem vestido se aproximou deles junto de uma criança, que Baekhyun deduziu ser seu filho.

— Bom dia, Minhyuk. Como vai seu pai?  — disse num tom debochado e o pequeno se escondeu atrás de Baekhyun. O rapaz ficou alarmado e colocou uma mão sobre a cabeça do menino.  — É falta de educação não responder os mais velhos, sabia?

— Com licença, senhor. Quem é você?  — Baekhyun perguntou e o rapaz riu, sendo acompanhado pelo filho.

— Não é de se esperar que não me conheça, você não parece ser alguém que sabe de muitas coisas. Vim aqui pois meu filho queria dar um olá para seu colega de classe, mas acho que você também não sabia disso, não é?  — disse num tom ríspido e Baekhyun apenas o encarou.  — Não é de se espantar que a Joohyun logo despachou aquela babá estúpida, achei que ela duraria mais que um mês pelo menos. Vai ver você dura um pouco mais, quem sabe. 

Baekhyun ia responder, mas o sinal tocou e o homem à sua frente foi mais rápido e lhe disse antes de sair:

— Engraçado que desta vez ao invés de ser uma mulher, Joohyun contratou você. Mas não muda muita coisa, não?  — e com um sorriso cínico o homem sai com o filho ao seu lado. Baekhyun estava vermelho igual ao vestido das mães ricas que vinham deixar seus filhos na escola. Abaixou-se na frente de Minhyuk, pigarreando e fingindo arrumar algo em seu uniforme, o garotinho apenas o encarou.

— Tenha um bom dia na escola, ok?  — e estendeu os braços para o pequeno lhe dar um abraço.

Quando o garotinho entrou, Baekhyun correu para o táxi e disse para o moço o levar de volta à mansão de Chanyeol, afundando-se no banco e se sentindo o mais constrangido possível.