Vamos indo em direção à um restaurante aqui perto mesmo da firma, caminhamos um pouco até que adentramos ao mesmo.
- Boa tarde senhorita Garcia. - diz o garçom - senhor Albuquerque - volta sua atenção a Miguel - venham tenho uma ótima mesa para vocês.
O seguimos e fomos até uma mesa perto da janela.
- Aqui está, já desejam fazer o pedido? - ele pergunta enquanto nos sentamos a mesa.
- Sim, o de sempre por favor - direciono meu olhar a Miguel - e você?
- Pode ser o especial do dia. - ele responde ao garçom que logo nos dá as costas em direção a cozinha.
- Então senhor Albuquerque, passou a manhã toda me enchendo o saco dizendo que precisa fofocar, seria legal começar a falar agora. - digo o encarando e entrelaçando meus dedos.
- Eu tô apaixonado. - ele diz.
- Uou calma aí, pedi pra dizer, não pra soltar uma bomba dessa - digo colocando a mão no coração - Atenção, atenção, moças do Brasil e do mundo o coração do solteiro mais cobiçado de São Paulo foi ocupado. - digo colocando a mão em volta na boca fazendo uma espécie de auto-falante.
- Para de besteira Clarice, é sério. - ele diz ficando vermelho.
- Ok, pode ir me contando tudo do princípio. - digo.
- Bem eu estou saindo com ela a alguns meses... - o interrompo.
- E não me contou, que beleza de melhor amigo que eu tenho em. - digo fingindo tristeza.
- Eu não sabia no que ia dar, não queria que criasse esperança, na verdade eu tava com medo de criar esperanças e me decepcionar, mas foi totalmente diferente, Clarice ela é excepcional, a melhor mulher do mundo, depois de você é claro, e a gente vem se dando tão bem, parece que nos conhecemos a anos. - ele diz com um sorriso tímido.
- Primeiramente, nenhuma mulher é melhor que eu, isso é fato, e segundamente eu estou muito feliz por você,nunca pensei que fosse ouvir isso de sua boca, não depois do que Olivia te fez, mas que bom que você superou e tirou essa mágoa do seu coração com respeito às mulheres, e bem eu tenho que conhecer esse anjo né, porque pra fazer um milagre desse. - digo sorrindo.
- Você vai amar ela, ela é perfeita, vocês vão se dar super bem você vai ver. - ele diz com um enorme sorriso no rosto.
Logo nossa comida chega e deixamos de conversar para dar atenção aquela gostosura a minha frente (Não estou falando do Miguel).
Após comermos voltamos a empresa, segui para minha sala e Miguel para a sua. O resto do dia foi cheio de reuniões e mais trabalhos, normalmente o horário de ir embora seria as 18:00, mas meu querido chefe me entregou alguns problemas a serem resolvidos de última hora.
- Assim que terminar deixe tudo na minha sala, amanhã cedo revisarei. - disse o senhor rabugento mais velho que a posição de cagar.
- Ok senhor Ataíde. - digo olhando a pilha de papéis a minha frente. Teremos uma noite longa por aqui.
- E lá vamos nós. - digo estalando meus dedos e pescoço.
Já era por volta de 23:00 horas quando terminei tudo.
- Pensei que demoraria mais. - digo dando um sorriso cansado, porém satisfeito se ter concluído isso.
Vou até a sala do poderoso chefão, mas ao adentra-la percebo que não estou sozinha.
- Boa noite, em que posso ajudá-lo? - digo fazendo o homem que no momento estava de costas se virar para mim.
- Meu pai pediu para que viesse buscar alguns documentos. - ele diz se virando.
SANGUE DE JESUS TEM PODER. Eu sabia que o filho do velhote era gato pois já tinha o visto em vários porta-retratos espalhados por sua sala, mas esse homem pessoalmente é divino.
- A sim, ele me mandou algo no e-mail dizendo que vinha. - digo andando até a mesa e colocando os papéis.
- São esses? - diz apontando para pilha.
- A não, esses são para amanhã - digo lhe dando um sorriso - os papéis que você procura estão guardados em outro lugar.
Ando até o outro lado da mesa, abro uma de suas gavetas onde tem um cofre e pego os papéis.
- Aqui está. - digo lhe estendendo a mão com os papéis.
- Obrigado - ele já ia saindo porta a fora quando se vira para mim - senhorita? - diz na espera que digo meu nome.
- Senhorita Garcia, Clarice Garcia. - digo.
- Obrigada senhorita Garcia, já está de saída? - ele pergunta.
- Sim - digo.
- Oh, então faça-me companhia no elevador, tenho pânico de andar sozinho nesses trecos. - diz sorrindo.
- Claro, só preciso passar em minha sala para pegar a minha bolsa. - digo lhe dando um sorriso e já indo a minha sala.
Quando volto ele já tinha chamado o elevador e estava a minha espera. Enquanto descíamos um silêncio avassalador tomou conta do lugar e derrepente tudo para e se escurece.
- Droga. - praguejo.
Aperto o botão de emergência mais nada acontece. Não sei porque mais decido ligar para Miguel.Ligação on
- Oi, Miguel? - digo.
- Fala minha deusa. - diz rindo.
- A energia acabou aqui no prédio, e estou presa dentro do elevador, o botão de energia não funciona e a merda do gerador ainda não ligou.
- Eu sei, toda cidade está no escuro, toma cuidado por favor as medidas de segurança sem energia não são eficazes assim.
- Obrigada me animou bastante, Miguel você poderia... - a ligação caiu - que merda acabou a rede.Ligação off
- Senhor Ataíde? Está tudo bem? - já fazia um tempo que não ouvia sua voz.
- Claro, porque não estaria?- ele diz.
- Faz um tempo que não ouço sua voz, fiquei preocupada pelo fato de você ter dito que tem medo de elevadores. - digo.
Ele solta uma risada e diz:
- Era só um pretexto pra ter sua companhia, e não me chame de senhor Ataíde, me sinto tão velho quanto meu pai - ele da um risada - me chame de Lucas.
Estava tão escuro que não se via nada, até que sinto suas mãos em meus braços e um arrepio sobe pelo meu corpo...
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Resquícios de uma noite
Chick-LitUma simples noite, irá mudar toda a sua história...