O sol espreitou pela janela que se encontrava à nossa frente, as portadas incapacitadas de tapar o sol do Alentejo, pareciam até que não existiam quando acordei… Os raios de luz faziam com que as pequenas partículas que flutuavam dentro da atmosfera daquele quarto parecessem pequenos cristais espalhados por toda a parte, este fenómeno transbordou alegria para dentro do pequeno quarto. Era diferente acordar naquele lugar.
Apesar da sensação ser diferente ao acordar em tão belo ambiente, eu continuo a não gostar de acordar muito sedo, esta característica sempre fez parte de mim.
O sol bateu-me na cara, o sino da aldeia que se ouvia de hora em hora, sem falhar hora absolutamente nenhuma, tocou, eu tapai a cara com os lençóis continuando a dormir, enquanto a minha irmã logo se levantou…
Aquele sino era a das únicas coisas que eram desnecessárias naquela terra, pelo menos para os meus ouvidos. Mas quão belo um paraíso pode ser sem um pouco de martírio?
Caso tal pequeno martírio não existir, o lugar tornar-se-á enfadonho, e não poderá haver distinções do que o torna tão encantador.
Pouco tempo depois acabai por me levantar, acordei até bem disposta, os meus avós e a minha irmã já estavam na quinta e eu fui para lá a seguir a um banho bem fresco,
Saí de casa e estavam quase uns quarenta graus…arrependi me de ter vestido calças, voltei atrás para trocar por uns calções, de seguida abri a porta, mas antes por consequência da minha estupidez, fui buscar o telemóvel e verificar se não tinha mensagens do Ricardo, um rapaz por quem estava completamente apanhada, mesmo sabendo que ele andava a brincar com os meus sentimentos. Eu dizia a mim mesma que ele não podia significar nada, mas não era capaz de não lhe mandar uma mensagem de vez em quando, e quando falávamos, por mais que quisesse parecer chateada, a maneira de ele falar comigo era… nem tenho palavras, ele dava-me a volta e porra eu nunca amei tanto alguém, é difícil negar o que sentimos, mas eu sabia que tinha de parar, eu ia conseguir…com o tempo eu ia esquece-lo!
Nessa manhã tinha acordado determinada, não ia mandar mais mensagem, não ia pensar nele, sabia que se eu não o procurasse ele também não me iria procurar… a preocupação e importância que pensava ter para ele, não existia.
Olhei para o telemóvel, não ter nada dele lá dava-me a raiva suficiente para reagir da mesma forma que ele, ou seja, não quer saber eu também não! Mas agora também podia ter a certeza que tão cedo não me ia apaixonar, queria distância de rapazes agora, pois eu ainda acreditei que ele se importasse, eu acreditei como quem acredita que o sol nasce todas as manhãs, como quem acredita no brilho que o erradia e o torna tão exuberante, tal como era o que eu sentia por ele… um sentimento exuberante, grande, forte… E eu acreditei… E agora já em nada acreditava!
Até estava mais feliz, pela primeira vez na vida deixei de ser parva, eu ia lutar pelo meu sorriso, por mim!
Cheguei finalmente à quinta, estava com um sorriso irradiante, a minha irmã olhou para mim e para variar gozou comigo:
- Bem…que sorriso é esse? Bateste com a cara numa parede a rir e agora a cara não volta ao lugar…ahahahah
- Lol Iara, não, mas tomei a decisão de passar a frente!
-Wow, naaa, não me digas que é em relação ao Ricardo, finalmente mana, tava a ver que não!
- Eu sei, demorei um bocadinho, mas ya, eu vou conseguir ultrapassar isto, sei que com o tempo vai lá.
- Um bocadinho é favor, foram dois anos mana…ahahah e quem te aturou mais fui eu!
- Tamos muito engraçadinhas hoje!
- Pois pois…pronta para passar para uma fase nova?
- Calma que eu não quero rapazes na minha vida tão sedo, vou ser dura agora, já aprendi!
- Pronto, tu é que sabes ahahah
A conversa continuou, ficando um bocadinho aparvalhada, mas sempre alegre, até que a nossa avó nos chamou para almoçar.
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Até amanhã
espero que gostem, dêm me as vossas opiniões pff :)
bjos
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One Day I Will Find You (Fanfiction Portuguesa)
ФанфикEsta história fala sobre uma jovem que tem o coração partido e de repente encontrasse numa teia envolvente de sentimentos e emoções, uma procura constante um pelo outro...ele quer saber quem ela é ela, e ela não acredita que o amor seja real...não p...