26 - O Perdão

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                ••Capítulo 26••

                     O Perdão

  Corro para o meu quarto, não quero falar com ninguém... sinto tanto ódio de mim mesma, que até uma melodia surge em minha cabeça, a vontade de acabar com essa menina boazinha que eu me tornei aumenta, já chega de chorar por quem não merece, chega Ámbar Smith, eu não estou te reconhecendo... coloca esse ódio para fora ou vai acabar matando a sí mesma.   Eles que merecem estar sofrendo, e não você. E Simón? Vai pagar caro por ter te enganado.

  Caio na cama, depois de ter deixado o meu quarto mais a minha cara... Emilia entra no quarto.

Ela olha ao redor do quarto, estranhando. — Meu Deus! Passou um furacão aqui? — Ela pergunta zombando, e depois se senta em uma cadeira ao lado da cama. — Olha você sabe que eu curto essas coisas de rock, caveira, escuro, mas... não acha que isso foi exagero? — Ela se refere ao quarto.

   Por mais que eu tente, o choro é uma coisa que eu não consigo segurar e nem disfarçar, coloco para fora toda dor que está em meu peito.

Emilia se aproxima e coloca a mão em meus ombros. — Ei, ei... o que aconteceu? — Ela pergunta, meiga, esperando por uma resposta.

  O calor sobe pelas minhas veias, sinto algumas pontadas na barriga, e perco as forças da perna, me sentando no chão.

— Ámbar! — Emilia grita e me ajuda a ficar de pé novamente. — O que você tem? — Ela fica preocupada.

— Nada, eu estou bem... só estou nervosa, já vai passar... não se preocupa. — Falo certando os dentes de dor, tentando deixa-lá tranquila.

— Não... nada disso, já faz dias que você não está bem, você precisa comer alguma coisa, não vejo você comendo a dias! — Ela briga comigo.

— A última coisa que eu quero agora é comer. — Respondo ainda com ódio e me sentando na cama com as mãos na barriga por conta da dor.

  Uma ânsia sobe pela minha garganta... levanto e vou depressa em direção ao banheiro. Depois que eu vomito, Emilia fica boquiaberta me olhando.

— O que foi? — Pergunto estranhando sua reação.

Ela se agacha a minha frente e suspira, fechando os olhos. — Ámbar... a quanto tempo sua menstruação está atrasada? — Ela abre os olhos em seguida.

Quando ela faz essa pergunta, eu fico em choque, literalmente paralisada. Pensando em tudo que aconteceu e que eu tenho sentido ultimamente, essas pontas na barriga são as mesmas que eu sentia quando estava grávida e ficava nervosa. Mas... não tem como eu estar grávida agora, não faz o menor sentido.

A encaro, surpresa com a pergunta. — Já faz quatro dias. — Respondo sentindo o desespero subir pelas minhas veias.

Ela fica em silêncio, e vejo um olhar de espanto se formar em seu rosto. — Ámbar você está grávida? — Ela sussurra indignada.

  Quero acreditar que isso não é verdade, se eu estiver grávida... significa que esse filho pode ser de Simón ou de Benicio... e agora o que eu menos quero é engravidar desse dois cafajestes.

Me levanto em desespero. — Não... não, eu tomei a pílula... não tem como eu estar grávida! — Nego.

Ela também se levanta. — Bom, talvez não tenha funcionado... mas fica tranquila, se você estiver... significa que esse filho é do Simón! Então por que esse desespero todo? — Ela pergunta com um sorriso.

Se eu Ficar | Simbar (CONCLUIDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora