Rude || P. Coutinho

•013•

Philippe Coutinho POV

A campainha tocou e eu fui abrir a porta. Assim que abri, foi inevitável não sorrir quando vi Valentina.

— Parabéns, meu amor. — ela falou me abraçando e em seguida me beijou.

— Parabéns, cara. — Giovanni falou e me deu um abraço rápido.

— Eu não acredito que você veio. — falei pra Valentina. — Como conseguiram convencer o pai de vocês?

— A Valentina falou umas verdades pra ele e saiu junto comigo. — Giovanni falou entrando dentro da minha casa.

— Você fez isso? — perguntei surpreso.

— Fiz e não me arrependo. — ela falou passando o braço pela minha cintura e eu passei o meu em seu ombro.

— Tina, você veio! — minha mãe falou ao vê-la. — Fico feliz por tê-la aqui.

— Eu também tia. — ela falou sorrindo.

Tirando Valentina, Giovanni e Julia, somente minha família estava presente. Não ia fazer nada no meu aniversário porque amanhã eu iria viajar com Valentina, mas pela tarde a minha mãe apareceu com um bolo e metade de meus familiares junto dela.

Ficamos conversando com Giovanni e Julia, logo meus primos se juntaram a gente na conversa.

— E quando o casamento vai sair? — minha tia perguntou.

— Eu acabei de completar dezoito e Valentina ainda tem dezessete. — falei. — Talvez a gente comece a discutir sobre isso daqui a alguns meses.

— Mas vocês pensam em se casarem? — minha tia perguntou de novo.

— Sim. — Valentina respondeu por mim.

— E já pensam no local? Data?

— Tia, você vai saber quando receber o convite. — falei.

— Vem na cozinha comigo, amor. — Valentina falou.

Assim que entramos na cozinha, Valentina me deu um beliscão no meu braço.

— Aí, por que você fez isso? — perguntei passando a mão no local.

— Você foi super grosso com sua tia. — ela falou colocando as mãos na cintura.

— Ela tava sendo inconveniente e eu acabei respondendo dessa forma. — falei. — Até porque não tem razão pra ela saber detalhes de algo que nem a gente sabe como vai ser.

— Você pode não saber, mas eu sei. — ela falou dando de ombros.

— Ah, então você já planejou tudo sem mim, é isso mesmo? — perguntei puxando-a para perto de mim.

— É isso mesmo.

— E eu posso saber? — perguntei e ela sorriu.

— Vai ser no vinhedo da minha família. — ela falou apoiando seus braços em meus ombros.

— Então você quer casar na Itália? — perguntei e ela assentiu. — Por quê?

— Bom, em parte é por causa dos meus avós. É tradição da família Moretti se casar no vinhedo e também é o sonho dos meus avós que eu e meus irmãos se casem lá. E também toda vez que eu ia pra lá e principalmente no tempo em que eu morei lá, passei a sonhar em me casar logo após que eu presenciei um casamento de um primo meu lá. — falei. — Foi lindo.

— E o nosso será ainda mais lindo. — falei e a beijei.

— Ei, Coutinho. — Giovanni falou entrando na cozinha. — Sua mãe pediu chamar vocês dois para cantar o parabéns.