Lembranças de Um Dia

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Estava sentada no campo de minha velha casa à espera do meu avô. Como sempre ele iria me ver, naquele velho balanço feito com cordas velhas e um pedaço de tronco. Mas neste dia foi diferente, não seria igual a nenhum outro, ele não foi. Não sabia o que tinha acontecido com ele, ele nunca faltava. Minha mãe havia de cochichar com meu pai, eu queria saber o que estava acontecendo, mas ninguém me falava nada.

Meu aniversário de oito anos estava chegando e como sempre nos finais de semana vovô Guilherme aparecia para passar o resto da semana com suas duas netas e conhecer seu novo netinho que tinha poucos dias de vida. Mas ele não apareceu! Eu comecei a estranhar, pois somente dias depois de tudo minha mãe infelizmente havia me falado que meu avô tinha morrido. Eu de princípio não aceitei, mas tinha de aceitar que ele não iria voltar, nunca mais.

Não sabia o porquê as pessoas boas sempre morrem, enquanto as más ficam vivas. Mas minha mãe falava que não era para eu questionar as coias de Deus, porque ele sabe o que faz.

Eu morava em uma casa simples, no sítio, nunca tive festa de aniversário, pois meus pais não podiam pagar, um lavrador e uma doméstica, mas nunca faltou o que comer, mesmo com todas as dificuldades e os problemas.

Naquele ano eu não teria o meu avô comigo, mas o mesmo sempre me ensinou que tenho que sonhar com o futuro melhor, mesmo com todas as dificuldades, e não aceitar o que o mundo me promove.

E até hoje, eu com quinze anos, estou tentando realizar o sonho do meu avô de conseguir ter um futuro melhor e dá um futuro melhor para meus pais. Eu só vou para de lutar quando conseguir realiza-lo.

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