(Piloto) O início da aventura

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Uma donzela andava de um lado ao outro em seu luxuoso quarto, vestia uma roupa considerada masculina para aquela época, uma blusa de mangas bufantes e calças escuras, seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo. Não parecia muito paciente e abriu a boca, quando dois garotos quase idênticos entraram pela porta.

- Princesa, trouxemos o que pediu e Vossa Majestade perguntou se tem certeza de sua decisão, pediu para que revisse. - disse o rapaz de aparentemente vinte anos, cabelos claros e olhos cinzentos.

- Sim, Shirou! Eu vou sair nessa aventura, é meu presente de dezoito anos! Quero que me acompanhem à procura das sereias. Anseio por ter meu nome como aquela que encontrou uma sereia em quase 200 anos!

- Pare de sonhar com essas besteiras que não existem! - brigou outro garoto, muito semelhante ao outro, mas seus cabelos eram ruivos, em um tom salmão.

- Atsuya! Não fale assim com a princesa!

- Deixe-o, mostrarei que ele está errado! E já lhe disse, chame-me de Nae, conhecemo-nos há anos!

- Mas, princesa...

A jovem de cabelos rosados terminou de arrumar o cinto com uma espada fina a qual foi entregue por Atsuya. Não tardou a se pronunciar:

- Vamos! A mochila está pronta?

O albino suspirou e assentiu, aquilo a fez abrir um enorme sorriso e logo saiu do quarto, seguida dos irmãos. Rumaram em direção à porta principal, onde o rei estava e, ao vê-los, abriu os braços para abraçar sua filha.

- Minha querida, tome cuidado por aí, não a quero ferida. Gostaria que ficasse, mas conhecendo você, já tenho minha resposta, então fique bem. Cuidem da minha coelhinha com suas vidas, rapazes.

- Sim, senhor!

Não tardou para que saíssem do castelo. Shiratoya cantarolava enquanto saltitava, felicíssima, enquanto o ruivo resmungava logo atrás, descontente. O Fubuki mais velho riu da situação, aquilo seria interessante.

O pequeno grupo caminhou por algum tempo, seguiam a jovem, a qual dizia saber por onde iam, porém momentos depois encontravam-se embrenhados na mata. Atsuya e Nae começaram a brigar por conta disso e Shirou apenas revirou os olhos, imaginando um modo de saírem dali em breve. Dado momento, interviria, contudo um barulho aproximando-se cortou-o e fez eles pararem.

- Irmão, o que tem aí?

- Não sei... Mas está vindo em nossa direção.

Tornando-se cada vez mais alto, o barulho aproximava-se. Os Fubukis tomaram a frente e empunharam as espadas naquela direção; entretanto, surgiu de lá um garoto de cabelos cinzentos, escondidos por um gorro verde e roupas simples. Ele trazia um arco em mãos.

Não abaixaram as espadas.

- Perdidos? Querem ajuda? - Sua voz era fina e ele parecia querer rir.

A princesa tomou a frente:

- Por favor! O ruivo fez com que nos perdêssemos.

- O quê?! - exclamou o Fubuki mais novo.

- Sem problemas! - Ele abriu um sorriso largo. - Dez moedas de ouro.

- O quê?! - gritaram todos juntos.

- Vamos nos virar sem você mesmo, tchau! - falou Atsuya.

- Estou brincando, calma, calma. Não cobrarei nada, venham, venham! Não tenham medo.

Eles não se moveram.

- Não acho que possamos confiar em você.

- Olha, eu sou a única chance de saírem vivos daqui. Esta floresta é traiçoeira, dificilmente alguém sobrevive muito aqui... Cuidado!

O pequeno puxou uma flecha e rapidamente atirou em direção à princesa, assustando-os e o objeto fincou na árvore atrás dela. Os irmãos quase avançaram nele, quando notaram uma cobra morta perfurada pela flecha.

- Como eu disse, esta floresta é traiçoeira, mas é um prazer conhecê-los, sou Hanta Hattori, um patrulheiro.

A princesa e a sereiaOnde histórias criam vida. Descubra agora