Durante toda sua vida, Louis foi avisado que nenhum elfo deveria deixar o vilarejo e que nunca deveriam se aproximar das criaturas da água, pois elas eram muito traiçoeiras.
Mas agora, em meio a uma guerra entre os Elfos da Luz e os Elfos da Escurid...
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No dia seguinte, seus pais não haviam voltado para casa e Louis se pegou fazendo o mesmo caminho para o rio.
Naquele dia a situação estava mais calma, os elfos das escuridão pareciam ter recuado um pouco.
Quando Louis chegou ao rio, Harry estava lá novamente, mas dessa vez ele não estava chorando.
Ele nadava rapidamente, em círculos e dava alguns saltos sobre a água. Louis notou que ele não estava sozinho, havia uma sereia criança que tentava copiar os movimentos do tritão.
Eles pareciam apenas estarem brincando.
Louis se sentou no chão, sobre as pedras, ainda sem ter sido notado, e apenas assistiu os dois brincarem.
Demorou alguns minutos até os dois seres da água perceberem que havia alguém a mais ali.
A criança foi a primeira a notar. Ela arregalou os olhos, parando de nadar e parecendo com medo.
- Elfo mal, papai! - A pequena sereia falou assustada, parecendo querer se esconder.
Papai.
E foi então que Louis notou a semelhança. Mesmo cabelos longos, cacheados, castanhos com um pouco de verde. Os mesmo olhos esmeraldas, as mesma escamas no contorno de seu pequeno rosto e braços.
Uma das poucas diferenças era sua barbatana, que era rosa com amarelo, diferente da verde de Harry.
- Esse não é mal, Alice - Harry havia parado de nadar, ao que a pequena sereia buscou abrigo para se esconder atrás do tritão.
- Não é mal? - A sereia espiou Louis, saindo levemente de trás de Harry.
Ela nadou em direção a Louis ao que Harry assentiu.
A criança chegou na beirada do rio, perto de Louis e o encarou por algum tempo, parecia analisá-lo. Louis se sentiu apreensivo por algum motivo.
- Não é mal. - Ela concluiu, como se desse um veredito, e nadou de volta para Harry, que sorriu suavemente para ela.
Louis nunca havia o visto sorrir.
Ele tinha covinhas nas bochechas.
Era lindo.
- Papai, não é mal! - A garota contou, nadando ao redor dele, sua pequena barbatana fazendo uma bagunça na água.
- Sim, Alice, ele não é - Harry esticou suas mãos e abraçou a sereia, fazendo-a parar de nadar rapidamente. - Ele se chama Louis. Diga oi.
- Oi, Louis... - A sereia repetiu e olhou para o elfo, que a essa altura se sentia estranho, mas ao mesmo tempo encantado pela criança. - Sou Lice.
