Christopher
— Como estão as buscas? - pergunta Erick assim que entro no carro.
Depois de criar um site onde as garotas interessadas em ser meu "Amor de Aluguel" podem se inscrever, Erick passou para Afonso a próxima fase do processo. Ele ficará responsável por ler as informações das candidatas e selecionar algumas para eu avaliar mais tarde. Pelo que Afonso me disse, já temos um número considerável de interessadas.
— Estão indo bem. - respondo enquanto prendo o cinto de segurança. — Afonso já fez algumas seleções e vai me mandar as informações por e-mail.
Com a pausa nas festas, minha rotina mudou bastante. Agora, vou do trabalho para casa e vice-versa. Depois de duas semanas seguindo essa rotina monótona, decidi que era hora de sair um pouco. Erick e eu estamos a caminho de jogar futebol com alguns amigos, e depois planejamos ir a um barzinho para tomar uma cerveja.
— Já viu alguma candidata? - ele pergunta enquanto dá a partida.
— Ainda não. - respondo.
...
— Conheço um lugar aqui perto. - diz Richard, e trocamos olhares.
Depois do jogo, planejamos ir a um bar que fica próximo ao campo, mas por algum problema administrativo, o lugar não abriu. Não há nenhum outro bar por perto.
— Ok. Você vai na frente, e nós te seguimos. - diz Erick, entrando no carro.
Richard corre até seu veículo, que está estacionado do outro lado da rua.
— Espero que esse bar não seja tão badalado, senão adeus plano. - digo, fechando a porta.
Devido a alguns problemas com a gravadora, estou evitando frequentar lugares lotados. Nesses ambientes, há muitos celulares, e qualquer deslize pode se tornar uma notícia de primeira página, arruinando todos os meus planos.
Não quero adiar o lançamento do meu novo álbum, especialmente após todo o esforço que coloquei para torná-lo perfeito para os meus fãs.
Richard dá partida em seu carro, e Erick o segue. O carro de Richard sai primeiro, enquanto Erick o acompanha de perto.
O bar não fica muito longe de onde estávamos; em menos de cinco minutos, chegamos ao destino.
— Ei, confia em mim. - Richard diz, dando um tapinha no meu ombro. — Se há um lugar seguro aqui, é este. - Ele empurra a porta, e o sigo.
Assim que entro, meu medo se dissipa ao ver que o ambiente é completamente diferente do que eu imaginava. Além de dois caras jogando sinuca e uma moça organizando as bebidas no bar, o local está quase vazio, o que é perfeito.
Richard nos guia até o balcão.
— Boa noite. - meu amigo cumprimenta a moça.
— Boa noite, só um minuto. - ela desce da escada e se vira.
Assim que a reconheço, sei que ela também me reconheceu.
— Dine? - pergunto, surpreso.
— Meu Deus, Christopher! - ela dá a volta e me abraça.
Nadine, ou Dine, minha melhor amiga e a única garota com quem namorei, está bem na minha frente. Passei anos me perguntando como ela estaria, já que nunca mais a vi desde que me mudei.
Ela está linda.
— O que você está fazendo aqui? - ela pergunta, se afastando para me olhar melhor. Sorrimos um para o outro. — Quando você voltou? - ela retorna ao seu posto.
Meus dois amigos observam a conversa, intrigados.
— Faz um tempo já. - respondo, me sentando. — Fui atrás de você assim que voltei, mas disseram que você e sua família tinham se mudado.
— Mudamos seis meses depois que você foi embora.
— E onde você está morando agora?
— Aqui! - ela abre os braços. — Meu pai comprou o prédio e transformou a parte de cima em nossa casa, e na parte de baixo, o bar. - ela conta, animada.
— Não esperava por isso. - digo, rindo.
— Vocês estão juntos? - ela pergunta, apontando para Richard e Erick.
— Sim! - confirmo. — Aliás, Dine, esses são Richard e Erick. Richard e Erick, essa é Nadine, uma velha amiga.
— Prazer! - os dois dizem em uníssono.
— Igualmente. - responde Dine. — Então, o que vão querer beber?
Nadine
Como o mundo é pequeno, eu estava pensando em Christopher hoje mesmo, imaginando o que estaria fazendo da vida. E agora ele está aqui, bem na minha frente.
Se isso não é destino, não sei o que é.
— E aí, o que tem feito da vida? - pergunto. Olhando para sua roupa, percebo que ele deve estar ganhando muito dinheiro, pois só a marca da sua camiseta vale mais do que a minha vida. — Espero que você não tenha virado traficante de drogas. - digo, e tanto ele quanto seus amigos, que são bem divertidos, começam a rir.
— Por que você acha isso? - ele cruza os braços.
Caramba, o tempo fez muito bem para Christopher Vélez. Ele está realmente gato, e com esse cabelo platinado... Sem palavras.
— Só sua camiseta vale mais do que a minha vida, então algo me diz que você trabalha com algo que dá muito dinheiro. - afirmo.
— Não, eu não sou traficante. - ele diz rindo.
— Sério que você não sabe o que ele faz da vida? - pergunta Richard, um dos amigos dele, e eu nego com a cabeça. — É, mano, você não é tão famoso quanto imaginava. - diz, dando um tapinha nas costas de Christopher, que mexe no celular.
— Aqui, dá uma olhada. - Christopher me entrega seu celular.
— O que é isso? - pergunto, olhando para a tela.
— Espera e verá. - diz Erick, e me concentro no aparelho.
Aperto o play e um vídeo começa. Primeiro, uma cena aparece: uma garota falando no celular, parecendo nervosa, até que joga o aparelho na parede. Uma música começa a tocar e corta para outra cena, onde Christopher aparece cantando.
Espera, Christopher é cantor?
— Você canta? - olho para meu velho amigo, que sorri e balança a cabeça. — Como nunca soube disso?
— Isso é uma pergunta que não sei te responder. - ele diz com humor.
A música continua e volto a prestar atenção. Ele é realmente bom, canta muito bem.
Quando a música acaba, me lembro de algo.
— Desculpa, gente. - digo, batendo a mão na testa. — O que vocês vão querer beber?
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Amor De Aluguel - Christopher Vélez
FanfictionEla precisa salvar o bar da sua família, já ele precisa de uma namorada de mentira. Nadine viu o quanto o seu pai trabalhou duro para realizar seu sonho de ter seu próprio negócio, e após ver o mesmo morrer anos depois de ter seu sonho realizado. Ma...