(...)
As aulas passaram relativamente rápido para o costume. Já tinha passado os portões da escola à um tempinho e sentia um carro a seguir-me. Olhei para o carro e ri-me ao reconhece a matrícula. O carro parou ao meu lado e eu entrei.
- Estava a ver que não. - disse com um adorável sorriso na cara.
- Que queres? Só reconheci pela matrícula. - disse sorrindo.
A atenção dele desviou-se um bocado da estrada e depositou um beijinho na minha cara. Sorri automaticamente e encostei a cabeça à janela. A mão dele deslizou para aminha coxa e começou a fazer leves carícias lá.
(...)
- O que querias falar comigo? - disse deitando-me no sofá.
- Força, podes te deitar, está à vontade. - reclamou com o meu à vontade e eu ri-me enquanto ele me levantava a cabeça, deitando-a no colo dele.
- Tu casa, mi casa.
- É mais, mi casa, tu casa, ó inteligente.
- Mas ó fixão, esta casa não é a minha, não posso dizer mi casa tu casa. O que é teu é meu, por isso.. - arrependendo-me logo depois de observar a cara dele. - Menos essas putinhas que tu gostas de comer, isso fica só para ti. Ughhh.. - disse fazendo uma cara enojada, só de pensar naquilo.
Ele riu-se da minha reação e começou a fazer mimos no meu cabelo enquanto me olhava nos olhos.
- Sabes bem...
- Não vamos por aí.. Já tivemos essa conversa. - disse impedindo que continuasse, aquilo que eu sabia que ele ía dizer. - Mas que me querias afinal?
- Nada. Estava com saudades tuas.
- Hum hum..- disse deixando-me estar. A verdade é que eu também estava com saudades dele. Já não tínhamos destes momentos desde que ele começou a namorar com aquela galinha puta. - A tua namoradinha não vai ficar com ciúmes?
Ele demorou a perceber onde eu queria chegar.
- Quero lá saber. - disse indiferente e focado nos meus olhos. Eu revirei os olhos e esqueci o assunto. Já me tinha cansado de tentar perceber o porquê de ele ainda andar com ela, ou porquê de ela ainda achar que ele realmente gosta dela ou coisa do género. Enfim, ele lá sabe da vida dele.
(...)
O meu telemóvel começou a tocar e antes que eu pudesse ignorar ele olhou sério para mim, aconselhando-me a atender.
- Que me queres, pah?! - respondi irritada.
- Estou a interromper alguma coisa?!
- Diz lá o que queres Malik.
- O Silva tem um trabalho para ti. - Bloqueei por segundos. O Malik nunca me informava dos trabalhos. O Tomlinson informava.-me das corridas e o Styles dos piores. O meu olhar focou aquela figura com ar intrigado. - Supostamente o Styles ía informar-te mas como não deu nenhuma resposta ao Silva, fui obrigado a ligar-te.
- Está bem, eu vou falar com ele. - disse rapidamente.
- O quê?! Tu estás com ele?! - ainda consegui ouvir a sair da coluna antes de desligar.
O Styles ajeitou o cabelo e humedeceu os lábios.
- Começa a falar. - disse fria encostada à porta.
Ele lá me explicou tudo direitinho.
- Podias ter sido direto. Não era preciso estas merdinhas todas. - disse virando costas e saindo dali o mais rápido que podia. Apercebi-me do corpo dele a correr atrás de mim e rapidamente me alcançou. Puxou-me o braço fazendo-me parar, enquanto se punha á minha frente. Os olhos dele fitaram os meus e eu desviei os meus. Não tinha avançado muito. Ele alcançou-me mesmo à frente do carro dele. Só tinha conseguido descer as escadas e andado meia dúzia de metros. Ouvi o carro a destrancar-se e ele literalmente empurrou-me lá para dentro. Fomos o caminho todo em silêncio. Chegamos a minha casa. Ele olhou para mim, pude sentir isso, mas simplesmente saí do carro e entrei em casa. Fui em direção ao quarto e comecei a tirar a roupa. Peguei numa t-shirt largona que me cobria a maioria quase o rabo todo.
- Força, podes te sentar, está à vontade. - disse imitando a voz dele. Dirigi-me à cozinha e peguei num pacote de bolachas e depois fui para a beira dele. Ele colou em mim.
- Queres um fotografia? Dura mais tempo. - disse sentando-me no sofá.
Ele gargalhou e puxou-me para a beira dele. Fiquei séria a olhar para ele e ele tentava não se rir. Decidi oferecer-lhe uma bolacha. Fiquei com as pernas por cima das dele enquanto víamos Family Guy. Olhei para as horas.
- Eu vou preparar-me.. - Levantei-me e fui para o meu quarto. Abri as portas do armário e escolhi o meu vestido preto com um grande decote e peguei nos meus saltos altos, também pretos. (Link externo). Não demorei a sair do quarto.
- Uau.. - disse o Styles enquanto eu descia as escadas.- Uau.. - olhou-me de cima abaixo e veio ter comigo ao fim das escadas, onde me deu a mão, pedindo uma voltinha.
- Vamos? - perguntei receosa. Mas? Natt, com que raio? Tu nervosa? ignorei o meu subconsciente e saímos de casa. Senti a mão dele a pousar no fundo das minhas costas enquanto andávamos em sintonia para o carro.
(...)
Sentei-me num dos bancos do bar.
- Que vai desejar, menina? - perguntou o barman com um sorriso.
- Um whisky se faz favor. - disse retribuindo o sorriso. Ao meu lado havia-se sentado um vulto conhecido. A minha bebida chegou e bebi-a num só gole. Depois virei-me para a criatura.
- Olá, Vitória.
- Olá, Frank. - Vi o Styles, o Malik e o Tomlinson a aproximarem-se. - Acho que temos algumas contas a ajustar. - Eu levantei e ele levantou-se de seguida, saímos do bar e fomos para um beco sem saída. - Já sabes que o Silva não gosta de atrasos, e principalmente não gosta que desrespeitem as ordens dele. - Os rapazes apareceram e ele começou a pedir para lhe darem perdão e toda aquela treta que eu já conhecia demasiado bem.
- Malik? - chamei.
- Diz. - disse não se distraindo do vulto que estava deitado no chão, debaixo do corpo do Tomlinson.
- Dá-me um cigarro.
Ele chegou-se junto a mim e deu-me. Levei o cigarro à boca e pus as mãos em forma de concha à volta da ponta do cigarro, enquanto o Malik o acendia. Dei uma passa e encostei a cabeça à parede do prédio que estava atrás de mim, deixando o meu corpo relaxar enquanto via o homem a ser espancado.
(...)
- Para a próxima tem mais cuidado, Frank. - saímos dali.
