Encostei o meu corpo ao carro e tentei esquecer aquele momento. As corridas tudo bem, agora isto? Odeio estes trabalhos. Odeio.
- Dá-me outro cigarro. - disse fria.
- Chega. - disse ele.
- Dá-me um puto de um cigarro ! - berrei e os outro ficaram a olhar para mim.
- Não, já fumaste quatro. Já chega por hoje. - disse olhando-me nos olhos. Respirei fundo e virei-me para o resto dos rapazes.
- Alguém tem um raio de um maço? Eu pago caralho. - disse já a ficar sem paciência. Vi o Tomlinson a aproximar-se de mim.
- Não. Eu quero um maço de cigarros. - disse quando vi a boca dele a entreabrir-se. Olhei para eles e ninguém se denunciou. Comecei a andar em direção ao bar e pude ver o Styles a mexer-se na minha direção, só que logo foi parado pelo Tomlinson. Avancei e entrei no bar, dirigindo-me diretamente para a máquina de tabaco. Tirei um maço e saí.
- Agora vais-me acender o cigarro ou vou ter que ir pedir um isqueiro ao bar também? - disse fria e indiferente. Reparei na troca de olhares entre ele, o Tomlinson e o Styles e depois o isqueiro veio parar à minha mão. Acendi-o e encostei a cabeça ao carro novamente.
Ao meu lado estava o Tomlinson, que me pediu o cigarro, passei-o e quando ele acabou de dar uma passa passou o cigarro outra vez para a minha mão.
- Como estás? - perguntou, enquanto deitava o fumo para o ar.
- Bem. - Respondi seca e passei-lhe o cigarro de novo. Ele não respondeu. E continuamos. Já tinha fumado meio maço. Peguei noutro e antes que o pudesse acender alguém mo tirou da mão.
- Chega. - disse o Tomlinson, passando o maço e o isqueiro para a mão do Styles. Meteram-me dentro do carro. Arrancaram e a viagem foi feita em silêncio. Encostei a cabeça à janela e fui assim a viagem toda.
Vi a porta da minha casa do outro lado da janela. Abri a porta e saí. Ouvi o barulho de outra porta a bater, e o carro ainda não tinha arrancado. Entrei em casa sem olhar para trás. Atirei os sapatos para o chão e deitei-me no sofá.
- Natt... - disse uma voz rouca, conhecida.
- Tu sai-me daqui. JÁ! - gritei, mas não lhe causei nenhuma reação, os meus olhos encontraram os dele. - SAI! - disse empurrando-o, mas mais uma vez ele não se mexeu nem mais um centímetro.
- Não te vou deixar neste estado. - disse seguro.
- Ai acredita que vais. Põe-te a andar daqui. Eu sei muito bem cuidar de mim. - Já faço isso há muito tempo.
- Não.
- STYLES CARALHO! SAI DAQUI! Aquilo que tu fizeste não se faz, já sabes como são estas merdas. Agora põe-te a andar daqui.
- Não te vou deixar sozinha.
- O Tomlinson fica comigo. - bufei quando o vi a aparecer atrás da porta, dei a volta e subi as escadas. Consegui ouvir uma troca de palavras, mas não consegui perceber exatamente o que diziam. Também não me preocupei. Quando ouvi a porta a bater já tinha o pijama vestido.
- Ele não tem culpa. - disse no fim das escadas. Não olhei para ele. Se calhar ele tem alguma razão, ele é só mais um pau mandado tal como todos nós, mas ele não tinha o direito de ignorar o facto de me dizer que tínhamos um trabalho. Mas agora também não estou com cabeça para outra discussão. Fui à cozinha e depois fomos para o sofá.
- Se calhar. - respondi minutos depois.
- Ele é só mais um pau mandado como nós. - respondeu puxando-me para ele.
- Ele não tinha o direito de começar a dizer merdinhas para eu depois ter que saber por outros que afinal, ele é que me tinha que informar sobre um trabalho. E sabes que quando é o Styles a informar-me são os trabalhos que eu mais odeio. Todos sabem que eu preciso de tempo para encarar a Vitória. - disse olhando para o chão. - Eu vou desistir destes trabalhos.
- Não vais não. Tu precisas deste dinheiro. E ele já se apercebeu que errou. Garanto-te que ele não o volta a fazer.
- Eu não aguento mais isto. - disse enquanto a memória do meu pai se misturava com a imagem do Frank a ser espancado. As lágrimas teimavam em cair e a minha força para as mandar para trás estava a acabar.
Os braços dele rodearam o meu corpo e puseram-me no colo dele. Os seus braços puxaram-me para ele e o meu queixo foi alojar-se no seu ombro. Os seus braços apertaram-me e senti um beijo na minha cabeça.
O meu corpo relaxou e agradeci por ele não ter pedido explicações. Afastei o meu corpo dele e encarei os seus olhos.
- Quando quiseres falar, estou aqui para ti babe. - disse com um leve sorriso e dando-me um beijo na testa.
Não respondi, apenas sorri e assenti com a cabeça.
- Vamos ver um filme? - perguntei.
- Pode ser. - sorriu.
- Eu vou buscar as pipocas enquanto tu escolhes um filme. - levantei-me do colo dele e dei-lhe um beijo no nariz. - Obrigada. - acabei por sussurrar. Ele sorriu e revirou os olhos.
(...)
- Qual escolheste? - perguntei metendo duas pipocas na boca. Sentei-me no sofá e fiquei a olhar para ele.
- Terror. Espero que não te importes, - pude imaginar o sorriso provocador na cara dele, porém não o podia ver porque ele estava de costas para mim enquanto punha o cd no dvd.
- Sem problema. Godzilla?
- Y
aps. - respondeu já ao meu lado.
- I like it baby. - disse concentrando-me na televisão agarrando a taça das pipocas. Ele puxou a taça para ele e eu fui atrás. Ele riu-se de mim e eu encostei-me a ele. Ele fez aquela cena à filme de espreguiçar-se e pôr o braço nos meus ombros. Ri-me da sua ação e ele ficou a olhar para mim. - Tão foleiro isso.
- Queres que tire?
- Não disse isso. Só disse que a maneira como o fizeste é foleiro.
- Não gostas de romance?
- É tudo cliché...Fantasia...
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desculpem :$ este capítulo tá uma merd* , mas tenho estado sem a inspiração.
deêm-me as vossa opiniões pff :* bj