Prólogo Parte 11

37 4 0
                                    

Nunca foi de se preocupar com o tempo, mas desde que conhecera Luís contava os dias para vê-lo novamente, mas parecia que as semanas nunca se passavam. Há duas semana não se falavam direito, com a organização das novas equipes da gangue Perroni e com a aproximação do dia que receberia o título de líder, não sobrava muito tempo para tal coisa. Mas naquele dia em especial, Luís havia ligado para sí chamando a mesma para sair e que tinha uma surpresa. Mesmo com várias tarefas por fazer, Amanda conseguiu um tempo para isso, Cândida prometeu que seguraria as pontas no condomínio, então mais do que depressa se arrumou e saiu pelos fundos sem ser percebida. Não teve muito tempo para caprichar no visual por isso usava apenas um short jeans, rasteirinhas e uma regata branca por baixo do moletom preto. Estava começando a se arrepender por não ter percebido isso, será que Luís iria gostar ?

Foi até o local combinado para se encontrarem e ficou esperando pelo mesmo, por sorte o Uckermann não demorou a chegar. De imediato a recebeu com um beijo cheio de saudades e ficou abraçado ao seu corpo por um bom tempo. Ao se afastarem, Amanda pode perceber os olhos cansados do moreno e as olheiras que se instalavam debaixo dos mesmos.

-  Você está bem ? _  perguntou visivelmente preocupada.

-  Tudo bem, só estive muito atarefado nos últimos dias, sabe como é, responsabilidades _  Luís respondeu suspirando em seguida.

Ela sabia que não era apenas isso mas resolveu deixar isso de lado por um tempo. Os dois subiram na moto e partiram rumo ao leste da cidade, uma região cercada por vastos campos verdes e algumas montanhas.
Quando estavam em uma região mais alta do que o resto da cidade, o moreno parou descendo e em seguida falando para a Perroni fazer o mesmo.

De onde estavam podiam ter uma visão privilegiada da cidade. A estrada era de terra e em volta dos mesmos haviam algumas montanhas mais afastadas. Amanda adorou o lugar, principalmente pela visão que ambos poderiam ter, mas não entendeu o que faziam ali.
Como se percebesse, Luís agarrou sua mão e começou a instigar que a mesma caminhasse até o fim da estrada. Logo após caminharem um pouco, Amanda avistou uma pequena casinha ao longe, mas parecia um chalé, era antiga mas era bonita.

Luís sorriu para sí e abriu a porta da casa falando para que a mesma entrasse.
Amanda um pouco hesitante entrou reparando que o piso era de madeira assim como a cobertura da casa. Era pequena tendo apenas três cômodos, mas percebeu que havia uma mesa comprida no que séria a sala, duas cadeiras e um colchão ao lado da parede aparentemente bom.

Amanda virou para trás encarando Luís com um olhar questionador.

- Essa casa... é sua ? _  Luís se aproximou apoiando-se na parede.

-  Não, eu a encontrei quando vim em umas férias de verão fazer uma escalada, aí a encontrei por acaso.

-  Mas não tem dono ?

- Não, está abandonada desde sempre _ caminhou até a porta averiguando o outro cômodo _  eu queria um lugar onde tivéssemos mais privacidade, e aí acabei me lembrando desse lugar.

Amanda sorriu balançando e cruzando os braços.

- E pretende passar a tarde aqui ?

- Hm, não está tão ruim assim _  Luís olhou a sua volta _  podemos dar um jeito nela juntos, só está um pouco empoeirada.

-  É, um pouco _  a morena passou o dedo na mesa em seguida mostrando para Luís.

-  E é por isso que eu trouxe algumas coisinhas.

Luís foi até sua moto levantando o banco da mesma e tirando de dentro do algumas sacolas. Amanda ajudou ele a carregá-las para dentro e abriu vendo alguns materiais de limpeza, lençóis e toalhas. Na outra sacola temperos para comida, algumas vasilhas com legumes e verduras dentro, garrafas de água e utensílios básicos.

Aqueles OlhosOnde histórias criam vida. Descubra agora