Mundo-craft 2: A Nova Invasão

Não banque o coitado

De noite, Kevin estava no alto da montanha, olhando para a cidade. Lucy vai atrás dele.

– Isso me lembra nosso primeiro beijo – Disse sentando ao lado do Kevin – Mas não é isso que você tá pensando né?

– Tanta coisa tá acontecendo. No mundo Craft, a prioridade era sobreviver, depois salvar, olhando para trás, parecia tão fácil, que eu pensei que seria fácil de novo. Mas aqui estamos nós, em outro mundo.

Lucy deita sua cabeça no ombro do Kevin.

– Eu sei, é muita coisa pra assimilar. Por isso seguimos você, sempre parece saber o que está fazendo.

– Eu nunca sei, mas eu sempre tenho que me manter corajoso, eu tenho muito medo.

– Se você pula nas costas de um dragão, ou ataca um Whiter de três cabeça no céu, e não tem medo, é porque não está vivo. Sempre temos que enfrentar nossos medos. Nós criamos os guerreiros Craft, com o dever de proteger a todos, infelizmente essa batalha é nossa.

– Obrigado por estar do meu lado, fico feliz de ter casado com você – Disse Kevin.

– Nosso casamento dentro de um jogo haha, bons tempos, Jeff levou tudo a sério pela primeira vez, ele sabia que era importante pra gente.

– Jeff é um guerreiro.

– Todos somos guerreiros, mas você e o Jeff são os que mais levam isso a frente, como se tivessem nascido pra isso, mas ele se jogou na vingança, ele quer derrotar você, e não se importou em atacar inocentes, isso não é um guerreiro, é um carrasco, mas ainda é nosso amigo.

– Inimigos viraram monstros, monstros viraram inimigos, inimigos viraram....

Lucy da um soco no Kevin.

– Fica quieto, sempre damos um jeito – Lucy da um beijo no Kevin – Vamos parar de pensar, e curti o momento.

Kevin sorri, e deita a cabeça do lado dela.

Enquanto isso: Gabriel está lendo um livro em um quarto.

– Ei nerd, vai dormir, é um dia cheio amanhã – Disse Íris.

– É difícil dormir, tô preocupado com a Emily, e com todos é claro – Disse Guardando o livro.

– Pois é, partimos a uma aventura, para uma montanha russa de emoções, e eu odeio emoções – Disse Íris com os braços cruzados.

– Não estamos falando do mundo Craft né?

– Porque? Porque? Porque? Aquele idiota traiu o reino Craft, traiu os guerreiros, traiu a... Mim – Disse Íris andando de um lado para o outro.

– Eu pensei ter dito Emily no começo dessa conversa.

– Depois de tudo que a gente passou, poxa o Herobrine me matou, matou a gente, e mesmo assim ele se uniu a ele – Disse num tom de voz raivoso.

– Eu acho melhor eu ir dormir – Disse Gabriel se levantando.

– SENTA AÍ! – Gritou apontando pro Gabriel, ele se senta rapidamente – Eu sempre soube que ele era um mala, mas depois que o Vladi me jogou no submundo com ele, pensei "ele deve ser mais esperto do que parece" até me ajudou a sobreviver lá. Sabia que Vladi tentou fazer vários acordos com ele? Eu pensei que ele tivesse recusado por minha causa, porque ele se importava comigo.

– A Íris sentimental tá me assustando – Disse Gabriel desconfortável.

– Mas aí sabe o que ele faz? E une a um espírito de um monstro de um jogo, esse nem é o pior, esse monstro me matou, esse monstro te matou, e mesmo assim ele se une aquela coisa – Disse com uma respiração forte, tentando segurar o choro, Gabriel nota.

– Ei, calma – Gabriel rapidamente vai abraça-la.

– Eu pensei que ele gostasse de mim – Disse asoando o nariz na roupa dele.

– Porque eu não fui dormir? – Sussurrou Gabriel desconfortável.

Jeff estava olhando um desenho no chão.

– Porque mentiu prós seus amigos? – Disse o ancião.

– Mentir sobre o que? – Disse Jeff.

– Creio que você conhece os riscos de se libertar do Herobrine, você sabe disso, e por isso ficou surpreso em me ver não foi?

– Eu vi você em algumas lembranças que ele deixou passar, pensei que poderia ter uma cura para mim, mas talvez fosse apenas coisa da minha cabeça.

– Os poderes do Herobrine não fazem efeitos aqui, por isso você está bem, mas quando voltar ao mundo Craft, ou até no seu mundo, os efeitos podem ser irreversíveis, deveria contar para eles antes que seja tarde.

– Quais serão os efeitos colaterais.

– Herobrine poderá entrar na sua mente sem dificuldades, porém como você o expulsou, ele criou uma doença que faz parte dele, só poderá sumir, quando Herobrine for destruído ou mandado ele de volta pra cá. mas se não conseguiram, a doença vai se espalhar, eu estudei isso mas nunca pude observar, os efeitos serão fraqueza temporária, tontura, e cegueira. Os efeitos são temporários, mas quando você sentir tudo junto, significa que a doença está ficando forte, assim que você chegar lá, talvez dure três ou quatro dias. Vai depender da rapidez da sua doença.

– Eles não podem saber disso, alguma chance de uma poção de cura me ajudar?

– Eu não sei, meu mundo não desenvolveu esse tipo de poção. Ainda não pelo menos.

– Tenho uma chance de sobreviver, é só disso que preciso, e você não vai falar nada – Jeff o encara.

– Você é quem sabe, mas não vai ativar esse portal, afinal isso é só decoração, o portal de verdade está  em outro lugar – Disse o ancião saindo de lá.

– Que decoração ridícula – Gritou Jeff. Pensando sobre sua doença.

Mais tarde: Jeff sobe as escadas e vê os dormitórios, e a sala, Íris é a única na sala. Jeff vai até ela.

– Oi Íris, eu tenho que te falar uma coisa.

– Eu não quero suas desculpas.

– Eu entendo a sua raiva.

– Entende? – ela anda até o Jeff – Você traiu todos nós, traiu a mim, me trocou pelo homem que me matou, talvez fosse óbvio que você não gostasse de mim, afinal você sempre aproveitou bem sua fama.

– Íris eu te...

– Não se atreva a falar isso.

– Tudo que eu queria era ser o mais forte, eu não pensei em vocês, mas se eu tivesse...

– Aí está, se tivesse, deveríamos ser a primeira coisa que está na sua cabeça, essa é a diferença entre nós, eu pensaria duas vezes antes de voltar pro meu passado, sabe porque todos mudamos? É porque não mudamos nada, nós só achamos um rumo melhor para seguir, viramos uma família, independente de tudo a gente se protege, você só mudou mesmo, porque se uniu a ele.

– Mas eu sou eu agora – Íris sai andando, Jeff segura o braço dela – Se eu morrer, você vai...

Íris da um murro nele, e o joga no chão.

– Não banque o coitado, me torture se quiser, mas eu não abandonaria você, nem ninguém.

Ela sai andando pro quarto.