promise || b.seph

little kisses

– Matthew...? Me responda. – Seus olhos começaram a lacrimejar novamente. – Por favor.

O coração do maior apertou.

Não. Não iria mentir.

Não queira deixá-lo pior.

– J.Seph, eu-

– Hey, você! – Foi interrompido por três garotos. Exatamente os mesmos que Matt havia visto pouco tempo atrás. – Por que está falando com esse bizarro?

Os garotos, um pouco mais altos do que eles, se aproximaram. Matthew pôde perceber pelo canto dos olhos, Tae recuando até se encostar na árvore, completamente com medo.

– Eu tô falando com você, seu bobo. – Um dos garotos gritou, pegando em seu braço com força, o fazendo ter uma certa distância de Taehyung.

– Me solta! – Tentou se afastar dos três.

– Wow, então você sabe falar? – Riram.

– D-Deixe ele em paz. – Taehyung disse com uma voz falha, já estava chorando novamente.

– Cala a boca, bebê chorão. – Disse um dos garotos indo em direção ao moreno.

Matt se soltou dos braços que o seguravam e puxou o ombro do garoto que ia em direção do amigo. O outro lhe lançou um olhar de raiva.

– Não machuque ele! – Matthew gritou.

"Eu estou cansado das pessoas serem machucadas por minha culpa..."

– Matt, por favor... – O loiro escutou o sussurro do menor encostado na árvore. – Vá embora.

– Seus idiotas! – Os xingou, sem dar atenção a fala do amigo.

Como resultado, os três o empurraram, fazendo Matthew cair no chão.

– Não fale desse jeito com a gente! – Um deles gritou, dando o primeiro chute na canela dele.

"Eles sempre se afastam de mim, com medo de se machucarem novamente. Eles me abandonam"

– Parem... – Taehyung gritou, mas ninguém -exceto Matthew- o escutou, estavam ocupados demais em xingar o maior e lhe bater.

– Seu tolo. – Mais um chute foi desferido em sua barriga. – Bobinho.

Taehyung não se movia, estava chorando pedindo para que parassem, mas de alguma forma, sabia que de nada adiantaria.

Um dos garotos mais forte o levantou pela gola da camiseta e lhe acertou um soco na boca, fazendo Matt perceber as primeiras gotas de sangue.

– Fique longe daquele bizarro! – Apontaram para Taehyung encolhido no chão, chorando.

– Pabo! – Foi a última coisa que disseram, antes de saírem dali rindo.

O loiro não ficou muito tempo em pé, caiu em cima de seus joelhos e abaixou a cabeça.

Taehyung apenas se aproximou, podendo ver, pela primeira vez, o maior chorando.

– Matt... me desculpe. – O abraçou. – Me desculpe.

– Eles são uns idiotas!

– Me desculpe... – O garoto não parava de repetir. – Foi tudo culpa minha... eles te bateram por minha causa! – O apertou mais no abraço. – Você deveria ter ido embora...

– Não foi sua culpa. – Se afastou do abraço. – Não foi, ok?

– Foi sim! – Olhou para o garoto, tentando secar as lágrimas. – Você deveria se afastar de mim, assim como eles falaram... Eles vão te machucar de novo Matt. – Mordeu o lábio inferior. – Não quero te ver dodói.

Matthew apenas balançou a cabeça em negação, pegou na mão do mais velho e o guiou até a casinha na árvore.

– Está saindo um pouco de sangue... – O moreno pronunciou, já dentro da casinha, ao perceber a boca do maior. – Dói muito?

– Só um pouco... – Fungou.

O menor se aproximou, tendo uma distância mínima do outro.

– Sabia que um amigo me disse que beijinho no dodói sara? – Sussurrou.

– O qu-

Matt nem teve tempo de raciocinar direito, quando percebeu o que o outro havia dito, já estava com os lábios do moreno colados ao seu, as pequenas mãozinhas em sua face e na pontinha dos pés.

Por impulso, arregalou os olhos. Ele ficou surpreso, afinal de contas, o que era aquilo?

Quando o outro separou o selar rápido, Matthew soltou todo o ar que prendia, estava vermelho.

– Me desculpe... – Escutou o outro, já se preparando para sair da casinha.

Matthew então, o puxou pelo ombro, de leve, fazendo-o virar para si.

– Acho que meu dodói sarou. – Sorriu, com as lágrimas que já estavam sumindo.

Como resposta, o menor lhe abraçou com força, podendo sorrir o máximo que podia.

– Obrigado por me defender... – Disse um tempo depois, ainda no abraço. – Você não me deixou...

– Hey! – Deu alguns passos para trás, mantendo ainda a proximidade.

"Eles sempre me abandonam. Nunca ficam ao meu lado."

Levantou o queixo do outro, fazendo-o olhar para si.

– Eu sempre estarei ao seu lado. Eu prometo...