2 - Consequências

209 21 10
                                    







        Ela ainda sentia o olhar de Matthew em si quando as portas metálicas do elevador se fecharam a suas costas e ela se permitiu sorrir convencida em saber que o havia atingido, ela o intimidava, ele a via como perigo, uma ameaça, e isso era estranhamente satisfatório. A descida no elevador foi melhor que a subida, a cara de espanto do homem rodava em sua cabeça assim como as fotos que ela e Camila haviam tirado durante todo dia, e isso a distraiu do adesivo torto.

O elevador parou e ela saiu, sentindo o ar gelado lhe atingir em cheio a face pálida, deixando-a corada. O garoto atrás do balcão tratou de se prostrar reto quando ela passou e ela não pode deixar, novamente, de sorrir, se divertindo com a situação. Ela passava uma imagem imponente e importante e isso costumava assustar as pessoas, ela amava isso. – Boa noite, sra. Jauregui. – Ele sorriu.

- Boa noite, Charlie. – Ela viu-o corar, por ela ter se lembrado de seu nome, e sorriu, piscando para o garoto.

Ao sair para a calçada, ela sentiu ainda mais forte o frio cortante de Nova York daquela época do ano, e se amaldiçoou por não ter trazido um casaco mais grosso.

Ela pressionou o alarme do carro e ouviu-o soar, abriu a porta e se abaixou para procurar um casaco no banco de trás. Achou que seria uma boa ideia tomar um café quente enquanto começava a editar as fotos, fora de casa. Enquanto procurava sentiu uma mão direcionar um tapa em sua nádega esquerda e, ao se levantar abruptamente para ver quem era, bateu a cabeça no teto baixo do carro.

A risada escandalosa da garota encheu seus ouvidos e ela sorriu ao esfregar a parte de trás da cabeça onde tinha batido, sorriu por saber que não tinha levado um tapa na bunda de um completo desconhecido.

– Que surpresa, Iglesias...e que ótimo jeito de me cumprimentar, não? - Ela sorriu e esperou a garota parar de rir e responde-la.

- Eu sinto muito, Laur. Mas ninguém manda você deixar essa sua bunda enorme dando sopa pra qualquer um que passar! – Ela disse rindo e Lauren revirou os olhos ao rir também.

- O que foi que você disse sobre a bunda da Jauregui, Verônica? – Lucy se posicionou atrás da maior com os braços cruzados abaixo dos seios e a sobrancelha erguida em uma expressão desafiadora. Iglesias se virou para a esposa com um sorriso cafajeste e pegou a porto-riquenha pela mão puxando-a contra seu corpo, Lucy cruzou os braços novamente entre ela e Verônica que passou os braços pela cintura da garota em um gesto carinhoso. Lauren sorria observando com uma expressão sonhadora no rosto.

Ela e Brianna costumavam ser assim, até que suas decisões atrapalharam tudo. Brianna perdeu a paciência, pegou suas coisas, chamou-a de louca e maniaca, virou as costas e foi embora.

Quando a morena saiu do transe, viu Lucy dar um selinho na mais alta e abraça-la pela cintura, apoiando o rosto em seus seios e olhando Lauren.

- Boa noite, Jauregui. – Lucy disse sorridente e a de olhos verdes correspondeu o sorriso quando respondeu.

- Boa noite, Lucía. Então...Que acham de irmos pra casa? Vamos pro meu apartamento, pedimos comida, vocês contam pra mim e Dinah como anda a vida de casadas, e colocamos o assunto em dia. Que tal? Dinah vai amar ver vocês de novo! – Ela disse animada quando capturou um cigarro no bolso da jaqueta e o acendeu.

- Eu acho uma ótima. Vou subir e ver se precisam de algo, fica aqui com a Lauren, amor? – Verônica perguntou e a porto-riquenha assentiu e sorriu, encostando-se no carro junto a Lauren.

Ela e Lucy conversaram sobre todos os assuntos possíveis, o clima, a volta delas para Nova York, o emprego novo da porto-riquenha...

Tragou o cigarro e fechou os olhos, soltando uma cortina de fumaça pelos lábios. – Bom, como foi a estádia de vocês em Amsterdã?

DestinyOnde histórias criam vida. Descubra agora