Peixe 🐟
Peguei os bagulhos que eu mandei comprar e fui pra sala, o Antônio chorava sentado lá.
Peixe: Pô cara, posso conversar com tu? - Coloquei as comidas na mesa e ele balançou a cabeça fungando.- Sei que tu é muito novo e pá, mas sei que tu é inteligente. Teus papais foram ficar com Deus pô, sabe quando você vira um anjinho? Eles foram te proteger lá de cima, tendeu? Eles não querem que você fique triste pô, eles querem te ver bem.
Antônio: Quando eu vou ver eles de novo tio? - Passou a mão no rosto.
Peixe: Toda noite quando você fechar os olhos pra dormir cara, tu bota fé?
Antônio: Sim tio, eu quero dormir agora.- Falou pouco animado e eu ri.
Peixe: Primeiro vamo comer? - Entreguei o hambúrguer pra ele.
Antônio: Você que vai ficar comigo?
Peixe: Você quer ficar comigo? - Ele balançou a cabeça.- Então vou, geral vai ter um pouquinho de tu.
Antônio: Você não tem namorada? - Cocei a cabeça.
Peixe: Ainda não, jaé?
Ele sorriu balançando a cabeça e eu comecei a comer com ele.
Falar pra tu, sempre quis um pivete.
Vou cuidar dele pra caralho, dá mó condição, assistência....
Nada vai faltar não, vai ser eu e ele contra geral.
Lima 🔞
Nós sentou na mesa pra comer e eu percebi que a Mari tava estranha.
Conheço ela pra caralho, sei quando ela tá triste ou feliz.
E olhando pra ele vejo que ela tá inquieta pra porra.
Peu: Ô coroa, tu tá legal? - Perguntou.
Mari: Tô sim, só tô pensando no Antônio.- Mentiu.
Ela me olhou e eu neguei com a cabeça, voltei a comer quieto na minha.
Bea: Pai, nós pode ir na pracinha? - Perguntou depois que geral já tinha terminado de comer.
Lima: Vai lá.- Entreguei 50 na mão dela.- Cuidado.
Dudinha: E pra mim tio?
Lima: Pega dela.- Baguncei o cabelo delas e elas saíram.- E tu?
Peu: Tá me expulsando? - Neguei rindo.- Vou dar um rolê com o Heitor e Igor.
Lima: Beleza, vai subir pra pista? - Ele deu os ombros.
Peu: Acho que vamos pro complexo da maré.- Balancei a cabeça e dei 50 a ele também.
Nada de desigualdade, alá.
Ele pegou os bagulhos dele e saiu se despedindo.
Mariana subiu pro quarto e eu fui atrás, ela tomou o banho de porta fechada, tive que pegar meus bagulhos e ir pro outro banheiro.
É foda tu viver com uma pessoa que não tem confiança em te contar as coisas.
Também nem rendi, tomei meu banho, me vestir e me joguei na cama.
Tava cansadão, só queria meu conforto.
Ela tava do lado mexendo no meu celular.
Eu nem ligo pô, tenho nada pra esconder dela mermo.
Mari: Meu celular quebrou de tarde.- Puxou assunto e eu respirei fundo me virando pra ela.- Quando deram o primeiro tiro, escutei vários gritos aí deixei ele cair sem querer. Vou amanhã comprar outro.
Lima: Jaé, tu sabe onde fica o dinheiro.
Mari: Eu tenho dinheiro, meu bem.
Lima: Suave, mas se você quiser pegar o nosso.- Dei ênfase.- Dinheiro, tá tranquilo.
Mari: Eu quero trabalhar sabe? - Murmurou colocando meu celular na bancada.
Lima: Em que?
Mari: Não sei, só quero ganhar meu próprio dinheiro.- Passei minha mão no queixo.- Apenas é que ninguém sabe o dia de amanhã, nego. Eu quero ter meu próprio dinheiro caso aconteça algo, mas Deus nos livre.
Lima: Você tá certa.- Ela sorriu deitando do meu lado.
A luz já tava apagada e pá.
Segurei a nuca dela e comecei um beijo.
Sei lá pô, quero mostrar de alguma forma que eu amo ela pra caralho e que ela pode confiar em mim.
Mesmo que ela tinha que saber disso desde que nós começou a se relacionar.
Ela veio pro meu colo e separou o beijo, vi um sorriso brotar nos lábios dela me fazendo sorrir também.
Mari: Eu te amo.- Sussurrou tirando a camisola.
Lima: Te amo, mulher.- Ela jogou os cabelos pro lado e desceu minha samba canção.
Ela jogou a xota na minha cara e colocou meu pau na boca, 69 da porra.
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No Vidigal ||
Teen FictionDez anos se passaram, as brigas do Lima com a Mariana só aumentou com o tempo, Beatriz com seus 15 anos se tornou fogo, Pedro é alegre e solto, tenta de tudo pra se aproximar dá irmã, o que parece impossível. Junto a eles o Loiro e Valentina trazend...