1 • a noite é dos poetas, das putas e dos que morrem de amor

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Noite.
Dia.
Ela era a noite. E eu era o dia. Naquela manhã senti a noite de ontem a pesar na minha cabeça. Mesmo de manhã a noite estava lá.

Acordei e olhei para a minha direita, ali estava ela, nua e minha. Eu também era sua, estávamos quites.

Podia observá-la a dormir, era tão linda. Dormia profundamente, estava cansada, a noite tinha sido intensa. Fodemos, "foi a melhor foda da minha vida" disse ela quando atingiu o orgasmo. As caras que ela fazia eram tão satisfatórias para mim, senti-me bem ao saber que ela se estava a sentir bem.

Acordara e depois olhara para mim, sorriu, aquele sorriso que me preenchia a alma.

- Estás bem?

- Estou, por que perguntas isso?

- Ontem foi forte. — disse a sorrir. — Tens dores? Deves estar dori-

- Não precisas de te preocupar com isso.

Silêncio.

- Não sabes o quanto me deixa excitada o facto que te ter fodido com tanta força que hoje custa-te a sentar. — Disse isto enquanto bruscamente me agarrara a cara com força forçando me a olhar para ela. — Quando sentires essa dor vais-te lembrar-te de mim.

Olhei-a no olhos, ela estava debruçada sobre mim com a mão esquerda a agarrar-me a cara enquanto a outra pousava no final da minha coxa. Ficamos assim cinco, talvez dez minutos, os seus olhos nunca se afastaram dos meus.

- Amo-te.

- Amo-te mais. - disse-lhe. Eu nunca tinha amado ninguém como amava Ruby.

you. | ruby roseOnde histórias criam vida. Descubra agora