Le Revê

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Notas iniciais: *esconde das pedras*

Olá para todes!

Hoje a amiga do trem vem trazendo novidade (qualidade fica ao seu critério…)! Isso mesmo! Novidade!

“Mas Reira, isso que você está escrevendo não é otayuri?”

Não, gente. Não é.

Trouxe para vocês hoje minha primeira AshEiji. Aviso que vai ser uma shortfic uns 3 ou 4 capítulos, mas ainda assim, espero muuuuuuuuito que gostem. Não sei se é fluffy, não sei se é angst, mas é alguma coisa entre esses pólos. Estou nervosa, mas vamos que vamos!

Boa leitura.

******************

A aliança ainda estava em meu dedo.

Eu definitivamente não sabia o motivo pelo qual, depois de tanto tempo eu ainda estava naquele mesmo lugar. Era errado. Eu sabia. Apesar de tudo o que eu conquistara, minha vida parecia mais vazia do que nunca.

A cidade brilhava em seu infinito mar de luzes. Encostado na barreira, no alto da torre, o único movimento em meu corpo era o das mãos que giravam incessantemente o anel dourado, par do outro em meu anelar.

Meus olhos vagaram pela paisagem sem focarem-se em lugar algum. Fechei meus olhos e deixei o vento frio que fustigava o alto da torre cortar a pele do meu rosto.

Eu adorava Paris. Só podia imaginar o motivo. Talvez fosse a beleza estonteante do lugar, ou a atmosfera pomposa. Paris é a capital dos romances e, com certeza, um excelente lugar para se iniciar uma vida à dois.

Talvez não funcionasse com todo mundo… Especialmente sendo a pessoa que sou.

Senti gotas molhando minhas mãos, embora não estivesse chovendo. E naquele lugar, cercado de pessoas, eu nunca estive mais sozinho.

- Bonne nuit!

Saudou-me uma voz próxima.

Passei as mangas de meu suéter em meu rosto, guardei o anel no bolso e tratei de fingir o melhor sorriso que eu podia.

- Fleurs, monsieur?

Perguntou um rapaz, oferecendo-me uma rosa branca.

- Merci.

Respondi, tomando a flor de suas mãos.

- Bela noite de primavera, não?

Meus olhos agora fixados na figura desconhecida. Era um homem de olhos negros como a noite. Cabelos bagunçados ao vento. Blusa de mangas listradas, cachecol vermelho, calças de cós alto e um mocassim. Eu ainda o analisava, quando meus pensamentos foram interrompidos por sua voz.

- Perdoe-me! Eu não me apresentei. Meu nome é Eiji.

- Aslan.

Apertamos as mãos como dois cavalheiros. As dele, ao contrário das minhas, eram quentes.

- Os franceses costumam dar rosas para qualquer pessoa?

- Como um quase francês, arrisco dizer que somente quando eles têm algum motivo para tal.

- Creio que estou em meu direito de perguntar o seu.

- Eu só estava em busca de uma conversa.

Respondeu-me o moreno com um sorriso amigável no rosto.

- Então você aborda desconhecidos e oferece rosas a troca de conversas?

- Se eu achar que vale a pena… Não tenho medo de me expressar. Mas enfim… Passeando sozinho?

Nuits à Paris (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora