Palavra de segurança

2.5K 148 159
                                    

Meredith Grey.

Mesmo meu corpo pedindo por mais naquela tarde, como ordenou-me, pratiquei as posições de ioga com ajuda de uns DVDs na academia e tomei um banho de espumas demorado. Só voltei a vê-la às seis horas daquela noite.
Se aquele jantar no qual eu teria que servir bifes fosse algum tipo de teste no qual Addison quisesse me ver fracassar, ficaria tristemente decepcionada.

Eu era conhecida por fazer um bife capaz de deixar qualquer um de joelhos.

Tudo bem, mentira. Eu sabia que não tinha esperança de colocar Addison Montgomery de joelhos, mas ainda podia preparar um bife de arrasar. É claro que ela não elogiou minha comida. Mas me convidou para comer com ela, então me sentei em silêncio ao seu lado. Peguei uma garfada de carne e coloquei na boca. Queria perguntar onde ela estivera a tarde toda. Se ela ficava em New York durante a semana. Mas estávamos à mesa de jantar d eu não podia fazer isso.

Depois que terminamos, ela me disse para acompanhá-la. Andamos pela casa, passando de seu quarto a outro antes do meu. Ela abriu a porta, deu um passo de lado e gesticulou para que eu entrasse primeiro. O quarto estava às escuras. Uma pequena é solitária lâmpada fornecia a única luz. Duas correntes grossas com algemas estavam penduradas no teto. Girei o corpo e a olhei, boquiaberta.

Ela não demostrou surpresa.

- Você confia em mim, Meredith?

- Eu...Eu...

Ela andou à minha volta e abriu uma algema.

- O que você achava que nosso acordo exigiria? Pensei que tivesse consciência de onde estava se metendo.

Sim, eu sabia. Mas pensei que as correntes e algemas viessem mais tarde, bem mais tarde.

- Se quisermos progredir, você precisa confiar em mim, Meredith. - Ela abriu a outra algema. - Vem cá.

Hesitei.

- Ou - disse ela. - pode ir embora e não voltar nunca mais.

Andei até ela.

- Muito bem. - ela sorriu. - Tire a roupa.

Foi pior do que na noite anterior. Pelo menos eu tinha alguma idéia do que Addison queria.
Mesmo mais cedo, na cama dela, não havia sido horrível demais. Mas isto, isto era loucura. A parte louca de mim se deleitava.
Quando eu estava completamente nua, ela pegou meus braços, esticou no alto de minha cabeça e os acorrentou. Afastou-se um passo, mexendo numa gaveta de uma mesa próxima, pegou um cachecol e voltou.

Ela ergueu o tecido preto.

- Seus outros sentidos serão intensificados quando eu a vendar.

Depois amarrou o cachecol, cobrindo meus olhos, e o quarto ficou mais escuro, agora eu já não via nada. Ouvi passos e, em seguida, nada.

Nenhuma Luz.

Nenhum som.

Nada.

Só a batida acelerada do meu coração, e a respiração trêmula.

Leve como o ar, algo empurrou o meu cabelo de lado e eu dei um salto.

- O que está sentindo, Meredith? - sussurrou ela. - Seja sincera.

- Medo. - respondi em meu próprio sussurro. - Eu sinto medo.

- É compreensível, inteiramente desnecessário, eu nunca a machucaria.

Alguma coisa delicada circulou meu seio. A excitação pulsou entre minhas pernas.

- O que sente agora?

Fifty Shades Of MeddisonOnde histórias criam vida. Descubra agora