Flocos de neve

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Eu não posso revelar, não posso revelar...
Mas eu penso em você o tempo inteiro e essa é minha primeira confissão.
Eu não consigo revelar, não consigo revelar,
Não sou capaz de contar algo assim para ouvir da sua boca um "tudo bem" indiferente.
E isso é tão desonesto !
Em um mundo que você não vive, eu pude me tornar o cara que você tanto queria.
Pra você, aquele que odeia mentiras, eu criei um  mundo perfeito.

Não consigo revelar,  não consigo revelar.
Se eu agir como você, mesmo nos momentos de fraqueza como me sinto agora,
ainda sim poderíamos tornar esse amor maravilhoso.

***

O beijo era molhado, luxurioso e com a sensação que queríamos matar a saudade um do outro.
Eu passava a mão em suas costas enquanto ele distribuía beijos em meu pescoço, a calor foi subindo e eu fechei os olhos, podia sentir aqueles lábios finos e levemente gelados distribuir mordidas e marcas por toda a região entre meu pescoço e o ombro, sua mão segurava a minha cintura, cravando a unha algumas vezes no local e eu deixava pequenos gemidos sair da minha boca.
Ele desceu para os meus mamilos e eu pude sentir todos os pelos do meu corpo se arrepiar quando sua boca o chupou levemente, Levi não estava sendo o capitão ali, eu lembro de como que fazíamos na outra vida, era mais selvagem como se tivéssemos pouco tempo para aquilo, ali, hoje, ele estava indo com calma como se desfrutasse de todo o meu corpo, como se decorasse minhas curvas em sua mente.
"- Eu sempre achei você tão lindo". Ele sussurrou enquanto soltava meu mamilo.
"- Eu sempre quis fazer amor com você, você não sabe como eu me arrependi por não ter feito as coisas mais devagar quando nós transavamos ". Ele me encarou e eu senti meu corpo tremer e meu rosto corar.
Eu nunca pensei que pudesse ver esse lado dele, o capitão sempre foi inexpressivo, sempre tinha certeza do que sentia, saber que ele sentia o que eu sentia naquela época, fazia meu corpo transbordar.
"-  Eu amei você, pelo que você foi e o que você é hoje, eu sempre amei qualquer jeito que você me tocasse". Eu disse e sorri.
Ele abriu um sorriso maravilhoso que eu não conhecia antes dessa vida, ele podia ser meu capitão e meu amante de outra vida, mas ali ele era o meu Levi, um novo Levi que eu estava prestes a reconhecer.

***
Depois daquela tarde um tanto quanto  chuvosa e fria do lado de fora, nós fizemos amor repetidas vezes e nos completamos repetidas vezes,  como se fossemos um só.

" -Ah, estou morto". Me joguei na cama.
"- Nem pense nisso, pode tratar de ir para o banho !!" a voz fria como de costume, a voz que eu aprendi a amar veio até os meus ouvidos e eu formei um pequeno sorriso nos lábios, ouvindo o homem abraçado comigo dar um riso anasalado.
"- Se quiser, eu vou pro banho com você!" ele disse baixo e eu senti meu corpo mais uma vez naquele dia se arrepiar.
"- hmm,  acho que assim seria mais interessante" eu me virei encarando aqueles olhos tempestuosos que tinham um brilho de felicidade no olhar.
Aquela era a vida que eu queria para sempre.

***
"- Vire para a parede !" A voz do mais velho era autoritaria e cheia de luxuria.
A água quente caia sobre nossos corpos e eu pude sentir o atrito com o azulejo frio em que meu corpo foi encostado.
Ele passava a mão sobre minhas costas  um pouco mais rude do que no quarto, meu membro ja pulsava contra o material frio enquanto sua boca beijava a região na minha nuca, causando aquela de eletricidade que fazia meu corpo estremecer e as pernas bambearem.
"- Eren...  Agora eu não vou me controlar". Ele sussurrou no lóbulo do meu ouvido e eu gemi entre os dentes.
"- Por favor, só faça do jeito que lembramos !" Eu disse como se fosse uma  súplica.
Senti minha cabeça ser puxada para trás e ele morder meu pescoço enquanto prensava mais meu corpo contra a parede, seu membro estava duro entre minhas nadegas e com apenas um toque leve em minha coxa, eu soube que ele estava pedindo para eu abrir as pernas...
Eu logo obedeci, o que me fez afastar da parede e ficar apoiado apenas com meus braços, sua mão desceu lentamente da minha nuca, passando pelas costas e parando em minha entrada, senti seu dedo massagear o lugar..
"- tu es si beau". Sua voz saiu baixa em meu ouvido quando senti uma dor incomoda, ele havia colocado um dedo, eu deixei un gemido de dor sair pelos meus lábios.
"- Relaxe Pirralho."
"- Sim, capitão". Eu disse enquanto.
Respirei fundo ja me acostumando com um dedo e rebolando..
"- Desse jeito, eu não vou aguentar ". Ele disse baixo..
"- Me mostre o capitão que eu sempre amei". Eu disse desafiando o mesmo e senti ele retirar o dedo e me virar bruscamente para ele.
Um sorriso felino atingiu seu rosto e então ele me pegou no colo bruscamente apoiando minhas costas na parede enquanto atacava minha boca, direcionando seu membro em minha entrada e entrou sem aviso..
Um gemido alto de dor e prazer sairam entre meus lábios, enquanto sentia seu corpo tremer de prazer...
Esperei a sensação de dor amenizar e então rebolei mais uma vez, agora em seu membro e ele começou os movimentos de vai e vem, lentamente enquanto mordia meu labio inferior, a água caia entre nós, deixando seu cabelo colado no rosto, seu olhar era penetrante e as gotículas de água faziam seus olhos parecerem dois diamantes que fincavam em meu coração e não deixariam eu esquece-lo nem mesmo em outra vida.
As estocadas aumentaram e os gemidos também, ele apertava minha bunda enquanto eu me masturava ainda encarando o mesmo, que soltava gemidos roucos pela boca.
Eu senti meu interior se encher e logo gozei entre nos dois, deixando o semen ser levado pela água.
"- Eu te amo, Levi." Eu sussurrei enquanto o abraçava.
Ele arrumou meu corpo em seu colo, ainda me mantendo fora do chão.
E apoiou a cabeça em meu ombro.
"- Moi aussi je t'aime". Ele disse em francês mais uma vez e mesmo eu não entendendo nada de francês, eu sabia o aquela frase significava e sabia o quanto tanto capitão como o Levi, não eram de se declarar e quando faziam isso, geralmente era em sua língua nativa.

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