O Padre Sem Fé

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Estávamos a uma quadra da igreja quando Byakko parou de caminhar novamente e começou a encarar uma pequena floresta ao lado.

-O que foi garotão? Algum problema? "por favor, não me diga que é mais um louco montado em uma galinha gigante"

De repente um vento forte surge derrubando alguns galhos e balançando as folhas das árvores de uma maneira aleatória, o vento começa a ficar tão gelado que partículas de neve começam a surgir a partir do ar, senti que não podia respirar por alguns segundos, meus dedos estavam adormecidos e minhas pernas quase que congeladas.

-byakko? o q-que está...acontecendo?

Antes mesmo de byakko pensar em fazer algo, o vento se cessa e o ar volta ao normal

-isso foi intenso... -comento recuperando o fôlego-

Eu não estava afim de morrer no meio do caminho, na verdade a igreja ficava logo a frente porém, eu tive a grande ideia de sair a noite, mas acho que essas coisas vão me perseguir não importa a hora ou lugar...

-Ei amigão, a igreja Fica logo ali, vamos logo antes que algo pior aconteça "sem mais interrupções por favor"

Chegando na frente da igreja havia uma grade com espinhos na ponta e um cadeado bem reforçado

-Parece que nem mesmo Deus é bem vindo aqui, ei Byakko você pode estourar esse cadeado?

Byakko apenas olha para o cadeado com olhos vermelhos e as correntes começam a derreter

-Uau, você seria um ótimo arrombador de cofres "estava pensando em levar Byakko para alguns assaltos mas, ele não é muito inteligente e pode derreter o dinheiro todo junto"

Puxei as correntes estouradas e entramos na igreja, o solo estava Barroso tinha uma porta enorme com o desenho de uma cruz e uma música de rituais Soava de dentro da igreja.

-Você está ouvindo isso Byakko? Parece que estão dando uma festa um tanto que peculiar lá dentro

Byakko se move até a porta abrindo-a com a cabeça.

-Ei, vamos seguir com cautela não queremos ser notados. Então vamos pela direita ok?

De qualquer forma teríamos que entrar para chegar ao fundo da igreja. Eu e Byakko nos movemos por trás dos bancos sorrateiramente. Não consegui desviar meu olhar do que parecia ser um padre que estava na frente de um altar segurando uma bíblia ensanguentada enquanto dizia várias palavras estranhas.

- O que um padre faz tão tarde da noite em uma igreja isolada de toda a cidade? "Tenho a leve impressão de que não é um projeto para ajudar os necessitados"

Byakko movia-se calmamente e parecia que todas aquelas cruz não incomodavam, porém eu teria que pensar em alguma forma de acalmá-lo caso o pior aconteça.

-byakko você também tá sentindo isso? Esse padre ele...

Byakko olha para mim e larga outro sorriso maligno

-É, ele não é simplesmente um "padre" e talvez a gente não seja bem vindo no seu culto religioso.

De repente o padre começa a se mover até um armário de mais o menos 2 metros e meio, que ficava encostado no canto esquerdo da igreja "seguir pela direita foi uma ótima ideia"

-Porque um armário tão grande? Ele guarda livros ali?

Fiquei ali parado olhando um pouco, e digamos que a curiosidade matou o gato... Ele tira um corpo da li de dentro todo amarrado e com uma sacola na cabeça e pra piorar a situação, ele estava vivo!.

-Droga droga droga, o que esse padre maluco pensa que está fazendo?

Uma parte minha queria salvar aquele pessoa e a outra estava com medo de se mexer, fiquei paralisado por alguns segundos enquanto ouvia o padre falar em línguas estranhas, até que ele joga aquela pessoa em cima do altar e tira a sacola de sua cabeça, era uma garota em torno de 17 anos, cabelo Chanel amarelo e liso, tinha olhos verdes e uma pinta ao lado da boca. Byakko me olhava e olhava para porta dos fundos que estava bem a nossa frente. A garota chorava e dizia "não, pare! Por favor pare! Você não pode fazer isso pare por favor!" era realmente uma cena perturbadora. O Padre tira o que parecia ser uma faca em formato de cruz do seu bolso e se aproxima do pescoço da garota...

-Eu estou apenas libertando sua alma desse mundo sujo, então minha ovelhinha ore comigo - ele diz sussurrando em seu ouvido-

O Padre estava prestes a cortar a garganta dela em um ritual de "salvação" Meu corpo Ficou todo arrepiado e o medo dominava o movimento de minhas pernas, Byakko apenas observava calmamente sem mover um músculo.

-Byakko a gente precisa parar isso agora!

Ele apenas me ignorou e continuou sentado ouvindo os gritos da mulher

-BYAKKO!

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