Desde criança Jisoo sempre foi apaixonada por fotografia. Uma jovem tímida, mas muito corajosa e determinada. Ela estuda no ensino médio, mas seu sonho é um dia poder trabalhar com o que tanto ama. Só não esperava que um jovem de cabelos pretos e um...
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— Mas como eles saíram da escola no horário das aulas?
— Não sei, mas a diretora estava no portão na hora em que saíram, então creio que ela deve saber o que aconteceu e autorizou a saída deles.
— Ah sim. — Minha mente agora está pensando em um milhão de coisas diferentes.
— Liga para ele mais tarde, ou manda uma mensagem. Deve ter sido algo muito urgente para ele sair assim sem avisar. Conheço o Seokjin e ele não é impulsivo assim a não ser que haja um bom motivo.
— Vou fazer isso, obrigada.
Meu trem saí em uma hora, então preciso ir logo para a estação. Me despeço das meninas e pego um táxi até lá. Tentei me distrair durante o percurso mas a verdade é que não consegui parar de pensar no que pode ter acontecido para o Jin sumir assim junto com a Irene sem dar explicação nenhuma, nem para os amigos.
Quando embarco no trem, sento me perto da janela e coloco a mochila em meu colo. Mando uma mensagem avisando para minha mãe que já estou a caminho, e aproveito para ligar para o Jin. O telefone chama até cair e ninguém atende.
Estou tentando muito não pensar nisso, mas minha mente paranoica só consegue imaginar besteiras. Por que o Jin saiu assim da escola? Por que a Irene estava chorando de novo? Algo muito grave deve ter acontecido. Será que ela está doente? Bom, minhas perguntas vão ficar sem respostas até que ele retorne minha ligação.
A viagem de trem até o meu bairro dura mais ou menos uma hora, pois paramos várias vezes nas estações pelo caminho. Antes mesmo do trem parar avisto minha mãe em pé na estação, aquele moletom amarelo berrante só pode ser dela. Meu pai está ao seu lado, e um pouco atrás tem um rapaz em pé que imagino ser o Kai, faz alguns anos que não o vejo, nos eramos mais próximos na infância, até ele se mudar para o Japão com a minha tia e o marido dela.
O trem vai parando os poucos e espero a multidão sair para poder sair também. Coloco minha mochila nas costas e caminho em direção e eles. Minha mãe me recebe com um abraço apertado e meu pai faz o mesmo. Já o Kai só faz uma reverência e eu retribuo com um sorriso tímido, sem deixar de reparar em como ele mudou durante esses anos. Ele era baixinho e gordinho, e agora está bem mais alto que eu, apesar de ser um ano mais novo. Seus músculos estão bem desenvolvidos então imagino que ele pratique esportes ou faça academia. Ele realmente está um gato, então já imagino que as meninas vão babar nele quando chegar na escola segunda feira.
Nos vamos no carro dos meus pais até em casa, e minha mãe está super animada e não para de falar um minuto, me perguntando sobre os estudos e falando para eu apresentar meus amigos para o Kai e não deixar ele sozinho na escola. O mesmo permaneceu a viagem inteira calado, só observando a fina chuva que caia pela janela.
Acabamos de chegar em casa e subo até o meu quarto. Ele está exatamente igual ao que eu deixava quando dormia aqui. As paredes pintadas de um tom claro de roxo, minha cama perto da janela, e o guarda-roupa encostado na parece, perto dos meus posters dos Beatles e de outras bandas de rock.
