Jisoo
Depois que a Doutora explicou melhor a minha situação, nós fomos liberados. Ela disse que eu não corria risco de vida, mas precisaria fazer uma cirurgia o quanto antes, para evitar que o tumor se desenvolva e traga maiores complicações. Me aconselhou a tomar cuidado com a tontura e evitar locais altos, pois eu poderia ficar tonta a qualquer momento e isso seria muito perigoso.
Vou precisar ir ao hospital algumas vezes durante essa semana para me consultar e saber se estou apta a fazer a cirurgia no momento, dai marcamos a data. Pedi para minhas consultas serem feitas no Hospital Geral de Seul, ele é que fica mais próximo a escola e seria bem mais fácil para mim. A Doutora disse que caso eu fique sem menstruar é normal, pois o tumor causa desequilíbrio hormonal, não deveria me preocupar com uma possível gravidez. Meu pai ficou pálido nessa hora, mas não falou nada.
Estamos voltando para casa e eu tento ao máximo não demonstrar tristeza, mas é impossível. Estou sentada do lado da janela e sinto que o Kai me observa. Acho que ele quer dizer alguma coisa, só não sabe se expressar, mas percebi que ele ficou preocupado comigo.
— Filha? — Minha mãe me chama. — Está tudo bem?
— Está sim. Só estou com sono.
— Não está com fome? Você passou algumas horas no hospital, já são quase onze da noite. Se quiser vamos jantar.
— Não, tudo bem. Quando chegar em casa como alguma coisa. — Sei que minha mãe está fazendo o possível para me animar, mas não estou no clima agora. Estou imaginando como vai ser minha semana na escola, vai ser difícil guardar segredo das meninas, me acostumei a contar tudo a elas e vou sentir falta de tê-las me apoiando nesse momento. Mas não quero preocupa-las com isso. Se a Doutora Tiffany disse que estou fora de risco, então posso ficar tranquila. Vou fazer os exames e a cirurgia e vai ficar tudo bem.
— Jisoo, chegamos. — Kai me avisa e eu desço do carro. Acho que fiquei muito tempo pensando e me distrai.
Entramos em casa e eu vou direto para o meu quarto tomar banho. Estou de pijama deitada na cama quando alguém bate na porta. Não estou muito afim de papo mas não posso ignorar as pessoas.
— Pode entrar.
— Sou eu. — Kai diz, entrando no quarto só de pijama e meias.
— Oi, algum problema?
— Não, é que seus pais já foram dormir e eu estou sem sono, vim ver se estava acordada e queria comer alguma coisa e conversar.
Penso bem... por que não? Ficar pra baixo não vai me ajudar em nada. E eu estou com um pouco de fome.
— Claro, pode ser sim. Vamos comer o que?
— Eu tenho o número de um delivery aqui do bairro, eles entregam hamburger se você estiver afim.
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Photograph
Fiksi PenggemarDesde criança Jisoo sempre foi apaixonada por fotografia. Uma jovem tímida, mas muito corajosa e determinada. Ela estuda no ensino médio, mas seu sonho é um dia poder trabalhar com o que tanto ama. Só não esperava que um jovem de cabelos pretos e um...