just friends. || Jimin + Rosé

9 / date with me.

"Jimin parou de rir, e ficou sério. – Não posso imaginar meus dias sem você, porque você é a pessoa que quero acordar e ver todos os dias."

[..]

Jimin parecia ter ficado sem reação, e eu fiquei pior ainda, eu coloquei as mãos no rosto, me sentindo totalmente arrependida pelas palavras que eu havia dito.
- Desculpa. —pedi com as mãos no rosto. Tirei as mãos do rosto e Jimin olhava pra baixo, pensando muito, pelo jeito. – Você pode fingir que isso não aconteceu? —ele olhou pra mim.
- Por quê? Chaeyoung, eu-
- Desculpa mesmo, eu não queria-
- Não, não diz mais nada! —me interrompeu, segurando meus braços. – Eu.. Eu não sei o que te dizer. —ele pensava muito. Pronto, eu só me dava mal mesmo, amor não correspondido? E amar meu melhor amigo sem ele me amar como eu o amo? Eu só me dava mal mesmo, de verdade.
- Não precisa dizer nada, você pode ir embora? Preciso ficar sozinha agora. —coloquei meus pés na cama, me encolhi abraçando meus joelhos e tentando não o olhar nos olhos.
- Eu não vou embora, por quê tá me mandando ir?
- Eu tô me sentindo muito mal agora, quero ficar sozinha. —disse, e ele negou com a cabeça e ficou ao meu lado, na mesma posição.
- Você tá se sentindo mal... Só por ter se apaixonado por mim? —ele perguntou e meu coração só faltava parar, como ele podia falar isso tão calmamente? Fico feliz por eu não ter gaguejado, isso sim.
- Esquece isso e eu também vou esquecer, assim você e eu vamos ser apenas amigos, tudo bem? —disse, e Jimin deu uma risadinha, olhando pra cima.
- Meu Deus, eu não acredito que eu sou correspondido. —disse, e eu não compreendi.
- O quê?!
- Eu não consigo sentir nada do que eu sinto por você, por outra pessoa. Eu tentei com Seulgi, e achei estranho por não ter conseguido sentir o que sinto por você. No começo, achei que era porque somos inseparáveis, mas agora acho que é mais do que eu pensava.. —eu apenas o observava, eu provavelmente acordaria desse sonho. – Desculpa também, se você quiser podemos ser apenas amigos, de qualquer forma eu estou com você. —ficamos nos olhando em silêncio por alguns segundos, mas desviei o olhar.
- Eu preciso pensar um pouco. —decidi não ceder tão fácil, eu tinha vários planos, eu não conseguia incluir Jimin neles como meu namorado, era surreal demais pra mim. Mas ao dizer isso, ele pareceu decepcionado.
- Entendi... Acho que também preciso. —disse.
Ficamos em silêncio por um tempo novamente, só que por um tempo maior, aquele clima era um pouco tenso e constrangedor.
- Você quer que eu vá embora? —ele perguntou. Eu não queria.
- Eu não sei... É estranho. —disse, e ele se virou pra mim.
- Você seria a melhor namorada do mundo, Chae. —ele disse enquanto me observava, e meu coração acelerava muito.
- Você.. Você.. Aaaaaah Jimin! —coloquei as mãos no rosto, não conseguia nem terminar a frase. Ele riu.
- Fofa. —ele sorria, e eu não conseguia desviar do sorriso dele, era maravilhoso demais.
- Eu não quero estragar nossa amizade, Jimin.
- Eu também não, e não acho que estragaríamos se eu namorasse você.
- E como você pode dizer isso tão normalmente? —disse em um tom alto e ele pareceu assustado. – Desculpa. —eu estava fazendo tudo errado, droga.
-  Eu já queria te dizer isso faz um tempo, sabe. —ele se levantou.
- Onde vai?
- Vou pra casa, não quero te deixar mais constragida. —disse, sorrindo ainda.
- Dorme comigo. —respondi muito rápido, e logo fiz uma cara de quem não estava acreditando na própria frase dita. Ele também pareceu confuso.
- Mas você..
- Sim, esquece, pode ir. —sorri falso de orelha a orelha.
- Mas eu posso-
- Não, pode ir. —sorri novamente falso e ele ainda ficou confuso. O que tava acontecendo?
- Bom, então tá bom.. Ahn, ok, até. —ele se afastou pra ir dando um tchauzinho, mas voltou e me deu um abraço. – Amo você, até.
- Também amo você.

Depois que ele foi embora, só quis me esconder debaixo do meu cobertor e nunca mais sair.

[...]

Eu estava me arrumando para encontrar com Suga, apesar de ter me apaixonado por Jimin, estou confusa também em relação aos meus sentimentos por Suga, por mais que eu o conheça tão pouco.
Coloquei o vestido vermelho que comprei com Lisa, ela me obrigou a sair com ele hoje. Medo.

Suga veio me buscar, mas eu o mandei entrar, já que eu ainda estava arrumando meu cabelo no banheiro, argh.
- Por quê ajeitar tanto essa franja? É tão bonitinha de qualquer jeito. —ele apareceu sorrindo no banheiro, levei um pequeno susto.
- Ignora, vou deixar assim. —fiz uma careta no espelho.
- Tá linda. —nos entreolhamos. Fiquei feliz. – Inclusive, esse vestido ficou magnífico em você.
- Ah... Você também é.. Tá.. Ok, vamos. —quebrei o clima, ri e simplesmente desci, fui em direção a porta.
- Nem pra esperar. —ele vinha até mim apressado, eu ri. – Por quê a risada?
- Nada, você só é fofo. —sorrimos ao mesmo tempo. Sincronia.

[...]

Fomos no shopping, eu parava em cada loja para admirar coisas que talvez eu nunca compraria, por serem muito caras, infelizmente. Suga ria e perguntava se eu queria, eu só negava.
- Não sei porque você admira essas coisas se pode comprar.
- O quê? Olha, minha casa é bonita e grande mas eu não sou rica não. —ele riu.
- Hum, ok.
- Vamos comer alguma coisa? Eu trouxe um dinh-
- Eu compro. E vamos sim. —ele disse, colocando o indicador na frente da minha boca para que eu parasse de falar.
- Ei, lembrei que disse que cantaria um rap pra mim. —sorri.
- Hum, só se você cantasse pra mim. —ele me olhava, esperando.
- Eu.. Ah, eu não sei... Se você cantar, eu canto. —disse, então ele parou de andar e se virou pra mim.
- Então tá. —disse, calmo. – Só um trechinho. —ele começou a cantar.
Ele era muito bom.
A voz dele era incrível.
O rap também.
Eu fiquei boquiaberta.
- Que incrível, é seu? Você compôs?
- Sim. —ele passou a mão na cabeça, envergonhado. – Agora sua vez. —meu coração acelerou, fiquei com medo de gaguejar.
- Você pode olhar pra baixo? Eu fico meio..
- Tudo bem. —ele olhou pra baixo e comecei a cantar um pouquinho.
Era o refrão da música da Halsey. Eyes Open.
Enquanto eu cantava, ele levantava a cabeça devagar e me olhou.
- Pronto, mais nada. —olhei pros lados, envergonhada. Ele me olhava sem dizer nada e isso me deixou constragida. – Ahn... Você... Gostou?
- Você é incrivelmente maravilhosa, você já ouviu sua voz? Como pode ter medo de cantar se tem uma voz como essa? —ele dizia, e eu comecei a sorrir e ficar corada. – Eu tô completamente apaixonado pela sua voz.
- Obrigada. —disse, muito envergonhada.
- Não só pela voz. —disse, e nos entreolhamos, ficou um clima diferente. Sempre ficava um clima diferente quando eu estava com ele.
Era bom.
Mas estranho.
- Bom.. É. —desviei o olhar.
- É.. Vamos continuar andando? —ele também estava envergonhado, ambos estavam. Afirmei com a cabeça.
Começamos a andar pelo shopping e senti seu braço surgir em volta do meu pescoço. Apenas deixei, estava confortável.
- Chae? —ouvi a voz de Jimin vindo de trás de nós, Suga também ouviu e nos viramos, ainda abraçados.
- Jimin? —olhei pra Suga. – O que faz aqui?
- Vim dar uma volta. Ia passar na sua casa hoje pra ver como estava mas.. Parece que não preciso mais.
- Pode deixar que a acompanho. —Suga disse sorrindo, Jimin não parecia nada satisfeito.
- Mas se você quiser, pode ir na minha casa mais tarde.
- Mas eu planejei de vermos um filme, Chae. —Suga respondeu logo depois.
- Bom, então é isso, divirtam-se. —Jimin estava sério, colocou as mãos no bolso da calça e foi embora. Olhei pra trás o observando, queria que ele fosse me ver hoje, fiquei meio chateada.
- Jimin não gosta de mim, provavelmente.
- Não diz isso, ele só-
- Eu sei que não gosta. Mas vai ter que me aguentar enquanto eu estiver com você. —sorriu, mas não tive como sorrir, eu amava Jimin, então saí de seu braço enrolado em mim.
- Vamos embora? —falei desconfortável.
- Mas nem comemos.
- Podemos comer em casa, vamos. —sorri pouco, e o puxei pelo braço.

[...]

Fui assistir um filme de romance com Suga. Sim, de romance. Eu gostava.
Mas eu não parecia estar ali.
-  Tá gostando, afinal? Não parece estar muito concentrada.
- É.. Eu tô meio pensativa mesmo. —disse, e ele se aproximou mais de mim no sofá, colocando seu braço em volta do meu pescoço novamente.
- Posso fazer você parar de pensar um pouco? —ele disse, e eu fiquei sem reação.
- O qu—não consegui dizer nada, pois ele havia me beijado antes mesmo de eu terminar uma palavra.
Só cedi.
Eu estava me apaixonando por Suga aos poucos.
Depois que ele me beijou, me olhou por um tempo.
- Tem algo errado? —perguntei.
- Não. Mas eu queria te perguntar uma coisa.
- Pode perguntar.
- Você quer namorar comigo? —me assustei e fiquei com uma tremenda vergonha e sem reação. Ele coçou a cabeça. – Desculpa, quero dizer, quer pelo menos tentar namorar comigo? —ele sorriu, envergonhado.
O que eu digo?