just friends. || Jimin + Rosé

12 / not mine.

"Na verdade não fiquei nada bem vendo Seulgi ali, mas bem, parece que ele está melhor, então com isso eu fico melhor também."

[..]

No dia seguinte, fui me encontrar com Lisa e saímos para a famosa lanchonete que sempre íamos.

- Whaaaat? Você deixou ele com aquela víbora?! —Lisa perguntava desacreditada. – Então eles realmente estão namorando?
- Lisa, eles não namoram, mas Seulgi está tentando. —respondi. – Porém, Jimin sente o mesmo que eu. —dei um sorriso envergonhado. Lisa se inclinou na mesa, curiosa.
- Meu-Deus. Vocês..-
- Não, Lisa. Não pode acontecer. –disse, já fazendo Lisa perder as esperanças. – Eu e Suga estamos namorando há uma semana já.
- O QUÊ? —ela gritou para a lanchonete inteira ouvir.
- Lisa! —disse, baixo, chamando sua atenção.
- Desculpa, espera. —Lisa se ajeitou na cadeira. – Mas como assim? Como vocês..? Espera, você não me contou?!
- Calma, eu ia te contar.. Nos beijamos mais uma vez, e sabe.. Depois eu não pude negar.. Suga é..
- Você gosta dele? —me interrompeu.
- Lisa, eu.. Eu acho que sim.
- Não, como assim "eu acho"? —perguntou.
- Eu acho que acabei me apaixonando por ele também. —soltei, e ela ficou boquiaberta naquele instante, mas logo colocou a mão na cara, negando com a cabeça.
- Eu não sei porque sou sua amiga, sinceramente. Olha o que você me faz passar! —disse, ainda negando com a cabeça. – Minha filha, ou é um, ou é outro.
- Desculpa, eu não sei o que eu faço. —coloquei as mãos na cabeça, apoiando meus cotovelos na mesa.
- Eu não posso te ajudar agora, mas o único conselho que eu posso dar pra você é: fique com quem você ama. —Lisa disse calmamente e olhando em volta, faminta, procurando a moça que iria trazer seu lanche.
- Com quem eu amo? —a olhei, e ela suspirou, olhando pra cima e logo pra mim novamente.
- Sim, e eu sei quem você ama. —Lisa me encarava, parecia que ela já sabia tudo que passava em minha mente, e que conhecia todos os meus sentimentos. Passamos o dia juntos, e tentei me distrair o máximo.

[...]

Hoje, Jimin iria sair do hospital, o esperei do lado de fora, ansiosa.

Quando ele finalmente saiu, com sua mãe, pude abrir um sorriso enorme e também pude ver o dele se abrir.
Fui correndo pra poder abraçá-lo.

- Eu fiquei tão preocupada! —disse, com os olhos fechados enquanto aproveitava seu abraço, ouvi ele rir um pouco e fiquei ainda melhor por saber que ele estava bem.

Nos desfizemos do abraço, e Jimin parecia mais saudável do que quando o vi pela última vez.

- Irei deixar vocês conversarem, tudo bem? Vou arrumar algumas coisas no carro e depois chamo vocês. —concordamos juntos com a cabeça, e a mãe de Jimin nos deixou do lado de fora do hospital, indo em direção à seu carro.

- Você parece melhor. Como se sente? —perguntei, arrumando seu cabelo bagunçado.
- Bem, eu acho. —ele riu um pouco e olhou pra baixo. Rapidamente tirei às mãos do seu cabelo e demonstrei preocupação, pois não havia entendido o que Jimin estava insinuando.
- Como assim você acha? Jimin, você.. —Eu continuaria a pergunta, mas Jimin fez questão de me interromper, com um sorriso.
- Eu me sinto muito melhor por ter você aqui comigo, Chae. Você sabe que me deixa sempre feliz, não sabe? —ele dizia enquanto sorria, e seu sorriso parecia tão bonito hoje, quer dizer, sempre foi, mas hoje ele estava mais ainda. – Mas... —ele fechou o sorriso, suspirou e eu me senti confusa.
- Mas..? —o olhei bem em seus olhos, preocupada.
- Não posso estar com você como eu gostaria. —dizia, sério. Suspirei e olhei pro chão, antes que pudesse responder, mas Jimin já havia começado a falar de novo. – Como você e Suga estão? —fiquei meio assustada em olhar pra Jimin sorrindo e fazendo essa pergunta.
- Eu e Suga? Ah, bom, estamos bem. —fiquei um pouco nervosa e confusa por estar falando disso com ele como se nada tivesse acontecido. Ele riu.
- Não precisa ficar assim, eu não estou bravo. Eu.. Tô feliz por você. Soube que foram ao cinema ontem.
- O quê? Como soube disso?
- Suga me visitou aqui. Ele me contou. —disse calmo, e eu levantei as sobrancelhas, abrindo a boca desacreditada.
- Ele o quê?
- Não, não brigamos. Eu entendi que ele só quer te fazer bem. —disse. – Pedi pra que ele cuidasse de você tanto quanto eu cuido e tanto quanto cuidaria se fosse eu no lugar dele. —disse sério.
- Jimin... —me aproximei, pensando no quanto ele estaria triste e falando essas coisas apenas pra o meu agrado.
- Não diz nada, eu posso seguir sendo seu melhor amigo, nada vai mudar entre nós. —Jimin se afastou, completando e não me deixando falar.
- Jimin, e Seulgi?
- Ah, é mesmo. —Jimin riu. – Não tem como eu continuar com ela, não namoramos e nem vamos. —ele sorriu.
- Jimin... —inclinei a cabeça pro lado, ainda não me convencendo de que estava tudo bem pra ele.

- Podem vir, vamos? —a mãe de Jimin veio pra perto de nós. – Tudo bem com vocês dois? Eu atrapalhei algo? —perguntou, sorrindo.
- Ahn, não, não atrapalhou não. Vamos Jimin? —olhei pra ele e ele confirmou com a cabeça. Eu ainda não estava convencida, não mesmo.

[...]

- Obrigada pela carona! —agradeci à mãe de Jimin, sorrindo e recebendo um sorriso de volta dela.
- De nada, meu anjo, você é da família. Sempre que quiser, pode ir lá em casa com Jimin.
- Ai, ai, mãe. —Jimin suspirava ao meu lado, olhando pela janela. Ela olhou pra mim fazendo uma careta engraçada em relação à ele e ri baixo.
- Eu vou indo, Jimin. Se precisar, eu vou estar disponível, tá bom? —coloquei a mão em seu ombro, e ele me olhou.
- Tá tudo bem, pode ir. —Jimin sorriu sem expor os dentes, mas não parecia tão feliz.
- Por quê não se casam? —a mãe dele soltou, olhando pra frente, com a mão no volante, esperando eu sair do carro.
Antes que eu até mesmo olhasse pra Jimin depois da pergunta, ele já respondeu, sem hesitar.
- Ela namora, mãe. —Jimin disse impaciente.
- Namora? —ela se virou pra olhar pra mim, esperando que eu respondesse e eu afirmei com a cabeça. – Nossa, mas... Ah, entendo. —olhou novamente pra frente.
- Bom, até mais gente, obrigada de novo. E se quiser, pode vir me ver amanhã, ou só me ligar que eu vou até você. —disse, olhando pra Jimin que ainda olhava pra janela.
- Obrigada. Eu irei sim. —ele me olhou, deu um sorrisinho, e novamente olhou pra janela. Olhei pra baixo mas logo abri a porta do carro.
- Tchau! —sorri e saí, acenando.

Observei enquanto eles iam embora, e até o carro sumir da minha vista. Me virei pra poder abrir a porta de casa e entrar finalmente.

- Posso chamar essa pequenina pra sair hoje de novo? —me assustei, mas Suga apareceu ao meu lado.
- Da onde você saiu? —ele riu.
- Eu estava vindo quando um carro te trouxe. Aliás, onde esteve e quem era?
- Ah, eu estava no hospital, esperando Jimin sair e ele e a mãe me trouxeram pra cá. —disse sem nenhum problema e Suga olhou pra baixo, meio desconfortável por saber disso.
- Entendi... Jimin te disse que o visitei ontem à noite?
- Sim! É mesmo! Ele disse, e eu queria entender porquê foi. —cruzei os braços, curiosa e o olhando atentamente.
- Eu fui em paz, de verdade. —ele levantou as mãos e riu. – Dei uma força à ele e ele me perguntou sobre você, então disse que saímos e que você esteve feliz. —completou.
- Mas por quê não me avisou que iria?
- E por que eu teria que avisar? Não entendi. —Suga inclinou a cabeça de lado. – Por que se preocupa tanto com tudo que acontece ao redor de Jimin? Tudo que envolve ele, você fica assim.
- Suga, ele esteve doente, então eu me preocupo e..
- Olha, eu acho que você deve estar cansada, vim aqui pra te chamar pra sair pensando que estaria em casa, então já que esteve fora, deve descansar pois mais tarde você vai ao trabalho. —Suga já se afastava. – E ah, diz que eu não te avisei, mas não me avisou que iria visitá-lo também. —ele se virou pra ir embora.
- Espera! —fui atrás dele e ele parou, não se virando e me fazendo ir e ficar em sua frente. – Não quero que fique assim comigo, não precisa ficar com tanto ciúmes assim.
- Não preciso? Qual é, todo mundo sabe e tá escrito na sua testa que você o ama. —eu arregalei os olhos.
- O quê?! Não diz isso! Você é meu namorado, não ele. —reclamei, em um tom mais alto.
- Então diz que me ama. —disse, direto. Eu fiquei sem reação. – Diz, Chaeyoung. Você me ama? —Suga cruzou os braços, e esperava minha resposta sem esperança alguma.