Is it love? Mistery Spell

Cap. 8

Sinto um peso sobre mim. Balanço-me para tentar que isso saia, mas nada acontece.

Serena: Hum... sai...

A luz bate contra o meu rosto e por mais que eu me mexa o peso continua em cima de mim.

Lorie: Acorda!

Serena: Mais 5 minutos...

Lorie: O Nicolae pediu-me para te vir acordar.

Serena: Eu já vou...

Lorie: Já estamos atrasadas.

Serena: Que horas são?

Lorie: 7:45.

Serena: O QUÊ!

A Lorie assusta-se comigo e rola para o outro lado da cama. Eu levanto-me abruptamente e corro para a casa de banho. Faço tudo o que tenho a fazer o mais rápido que consigo e quando ia entrar novamente para o quarto, escorrego na minha meia e caio de cara no chão. Levanto-me e toco na minha cara inteira. Quando vejo a minha mão com sangue, corro até um espelho que tenho no quarto e vejo o meu nariz sangrar. Volto para a casa de banho, passo um pouco de água pelo local mais uma vez e rezo para que pare de sangrar. Volto para o quarto, visto o meu uniforme, calço uns ténis e não faço mais nada, tenho pouco tempo e ainda tenho a Lorie. Saio do quarto e vou até ao quarto da Lorie. Encontro-a já vestida em frente à sua penteadeira rosa com uma escova na mão.

Serena: Anda Lorie, dá-me a escova que eu penteio.

Ela entrega-me a escova e eu sento-me atrás dela e penteio o seu lindo cabelo. Quando acabo, pego na sua mochila e ambas saímos do quarto, em direção à saída de casa. Ela já comeu e eu como quando chegar.

Levo a Lorie para a sua escola e vou até à faculdade. Ela está completamente deserta. Afinal, atrasada como eu ninguém está. Ando pelos corredores apressada em encontar a minha sala. Quando a encontro, abro a porta lentamente e quando o professor se vira de costas eu entro e sento-me, bem no fundo da sala. Tiro os meus livros e tento agir o mais naturalmente possível. O professor começa a falar e a falar até que algo me desconcentra. Há uma alma nesta sala bastante poderosa. Olho ao meu redor em busca dela, mas não a encontro no meio deste mar de alunos. Eu quero tanto levantar-me para ir à procura dessa bem dita alma, mas não posso, por várias razões. Ia matar uma pessoa inocente, ia reativar a minha fome por almas (algo que não é nada bom), todos iam ver isso e muito mais. A sensação da alma volta, e eu estou cada vez mais tentada a sair da sala para poder me acalmar.

Quanto tempo falta para esta aula acabar?

Pego no meu telemóvel e no reflexo da tela vejo os meus olhos cada vez mais claros, quase a passar para o vermelho.

Não, não, não!

Levanto-me bruscamente com a cabeça baixa e saio da sala. Quero lá saber o que pensaram da minha saída. Eu preciso conter a minha fome e voltar para a sala. Vou até ao pátio apanhar ar. Sento-me ao pé de uma árvore e respiro bem fundo. Aqui não corro risco que me vejam com os olhos vermelhos, não há ninguém. Aliás, acho que nenhum aluno sai de uma aula nos últimos 10 minutos.

Passo a língua pelos meus dentes agora afiados. Eu lembro-me que quando isto acontecia eu apanhava um pouco de ar e isto passava, mas agora já não faz nenhum efeito. Ouço o sinal tocar e vários alunos aparecem. Eu levanto-me e vou para um lugar bem afastado, onde eu consiga ficar sozinha e relaxar. Encontro um mini jardim totalmente deserto, um pouco afastado de tudo mas mesmo assim ainda dentro das fronteiras da faculdade. Sento-me num banco que está lá e fico a olhar para o nada. A brisa bate contra a minha cara e os meus cabelos dançam ao sabor do vento matinal. O meu telemóvel toca. Uma mensagem da Sarah.