Capítulo 7

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Louis.

Aquela música que Camila cantou, era pra mim, eu sabia, eu sabia tanto, que doia, doia saber que eu estou magoado por alguém que foi um idiota comigo, eu não sei se ainda o amo, provavelmente é apenas um ódio acumulado, mas eu me sinto um nada quando penso que ele não está nem ai, e eu estou sofrendo, e as pessoas em minha volta também estão.
Quero saber, se eu disse que não doi, por que ainda me sinto assim?, porque eu não posso simplesmente ignorar o fato dele ter me machucado e tentar seguir em frente?.

Depois de algumas horas no quarto, peguei o termômetro do meu quarto e coloquei de baixo do meu braço, esperei alguns minutos e ele apitou, 38.0, eu estava fervendo e não era bom, isso seria uma doença psicológica?.
Abri a porta do quarto me encolhendo todo tentando descer as escadas rapidamente, mas meu corpo insistia em me paralisar pelo tamanho frio, e não me deixar ter movimentos bruscos, os degrais eram enormes e eu tinha que me esticar todo para conseguir descer ou subir.
A sala estava apenas com Gemma que dormia tranquilamente e Liam, encolhido no sofá morrendo de frio, olhei pro seu rosto e parecia desconfortável, vou acorda-lo e quem sabe ele não fica comigo á noite?, isso podia soar estranho, mas eu gostei de poder dormir tranquilamente em seus braços que se encaixam perfeitamente em mim.
Caminhei até a garota e sacudi seu corpo com força, fazendo ela acordar assustada  me olhando preocupada.

- Tá tudo bem? - Engoliu seco.

- Estou com febre, aonde tem remédios? - Falei baixinho para não acordar Liam agora.

- Na gaveta da cozinha, ao lado da geladeira, três - Ela fez o número da gaveta nas mãos e voltou a se acomodar fechando os olhos.

Dei ombros e fui até a cozinha, passei a mão nos cabelos de Liam antes de entrar nela, fui até a gaveta e peguei o necessário, levantei a cabeça olhando pro armário aonde tinha um enorme saco de "Chips", tentei pular pra pegar mas foi em vão, me estiquei com preguiça de pegar uma cadeira, e novamente não deu certo, eu era um anão mesmo.
Mãos seguraram minha cintura me puxando pra ficar com o corpo normal e a postura reta, respirei aliviado pela dor que aquilo tinha me dado e olhei pra trás ansioso, Liam pegou meu "Chips" e me entregou, me soltando indo até a geladeira, á abrindo.

- Não acha que deveria estat descansando ao invés de comer "Chips" e encarar meu corpo? - Perguntou vasculhando as coisas, senti meu rosto ficar quente, abaixei com cuidado a cabeça e comecei a mexer em meus fios capilares.

- Desculp-a-a - Gaguejei, qual era meu problema?.

- Quer que eu durma com você ?.

Se arrumou e abriu uma garrafa de água, á tomando enquanto seus olhos percorriam pelo meu rosto, dei um sorriso envergonhado, ele devia me achar louco? sim devia, mas quem liga? eu prefiro não ter pesadelos do que acordar chorando no meio da noite.
Balancei a cabeça com cuidado pra cima e para baixo, e ele deu um sorrisinho de lado, enquanto se aproximava.

- Vem nas minhas costas então, lá em cima toma seu remédio - Falou se virando e se abaixando.

Subi nas costas dele e ele segurou minha coxa, senti um choque subir dali ate meu peito, estremeci e coloquei o rosto eu seu ombro, fazendo minha boca ficar em sua nuca, minha respiração batia contra sua pele e seus pelinhos ficavam arrepiados, eu dava risadinhas vendo sua reação.
Subiu comigo e entrou no meu quarto, me deixando na cama, cai pra trás cansado e olhei pro teto, o famoso teto aonde ficava meus diversos pensamentos.
Se deitou do meu lado e ficou olhando pro teto também, sem falar nada, nem eu, apenas aproveitando a presença um do outro.

- Qual sua idade? - Perguntei e senti ele me olhar.

- vinte e cinco, e a sua? dez? - Belisquei seu braço fazendo um biquinho.

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