Capítulo 13

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Louis.

Olhei para meus melhores amigos e eles me olhavam curiosos, eu sabia que esperavam eu dizendo verdades ali, mas nem eu sabia o que era verdade pra mim, eu não sabia o que eu estava sentindo no momento, eu tinha acabado de sair de um relacionamento conturbado, eu estava tão confuso.

- Boo, não precisa falar nada, sabemos que está confuso - Normani falou, e eu sorri ladineo para ela.

- Eu estou realmente confuso para caralho - Joguei as mãos pro alto frustado.

- Você precisa se acalmar, e pensar no que você quer pra você, pense apenas em você agora, sabemos de tudo o que passou e queremos o seu bem - Gemma falou.

- Independente do que esteja sentindo por ele, não faça coisas que vai se arrepender futuramente - Justin falou.

- Eu...eu não sei - Falei olhando para o rosto de cada um deles.

- Sabemos que existe algo entre vocês, parece estranho por ser em tão pouco tempo mas isso não significa nada - Camila falou e Lauren concordou balançando a cabeça.

Confuso, essa palavra me definia tanto nesse momento, eu não sabia o que fazer, nem como agir, foram tão poucos dias e ele conseguiu criar essa confusão de sentimentos perdidos dentro de mim, e eu não sabia se ele gostava de mim também do mesmo jeito que eu gostava dele, as coisas foram rápidas demais, e tudo parecia acontecer em volta da gente, eu realmente estava perdido diante dos meus pensamentos atordoados.

- Louis, eu já disse, pense em você, o que você quer fazer agora - Gemma me olhava atenciosamente - Você tem que se sentir bem, não acha que já tentou agradar os outros demais não?.

Ela estava certa, por muito tempo com o meu ex namorado eu fui considerado o namorado perdido que tentava agradar ele de todos os modos diferentes e possíveis, sendo que no final de tudo eu me ferrava, e depois de tudo isso eu ainda tinha inseguranças com relacionamentos mesmo depois de ter sido ajudado pelo Liam, mesmo depois de ter conseguido sorrir com ele, sinceramente.

- Estaremos aqui com você pra tudo Boo Bear, agora faça o que esse buraco ai no seu peito pede - Camila disse animada dando palminhas baixas rapidamente, Lauren olhava pra ela sorrindo, como se estivesse vendo uma criança sendo agradada.

- Ei, eu tenho coração - Resmunguei.

- Você tem bunda, coração já é demais - Justin brincou.

- Isso é uma palhaçada, mas tudo bem, vou fazer o que o meu CORAÇÃO manda - Dei ênfase na palavra, fazendo eles rirem.

Dei um sorriso pra eles como forma de agradecimento e não vi mais nada, apenas queria correr para aonde o meu coração mandava.
Era isso, eu estava me sentindo vivo novamente, era como se meu corpo tivesse voltando a funcionar depois de ter sido congelado, eu pensei que nunca superaria essa fase de derrota minha, eu realmente pensei que isso acabaria comigo em uma depressão forte, sem motivos e nem sentindos para voltar a viver minha vida, mas ele conseguiu me salvar, ele era o meu herói.
A porta do meu quarto já estava aberta, e no momento no qual fui entrar no quarto acabei esbarrando em alguém e fui pra trás com força, quase batendo as costas na parede do corredor, foi como uma pancada pra mim.

- Meu Deus Louis - Escutei ele falar.

- Minhas costas seu desgraçado - Falei com um pouco de dor, minhas palavras sairam arrastadas.

- Deus! eu te machuquei? - Ele começou com a paranóia.

- Não.

Abri os olhos vendo ele em minha frente, seu rosto ficou fofo com o boné e o capuz, ele estava com os olhos inchados e foi por ter chorado hoje mais cedo, talvez chorando mais quando chegou no quarto, meus olhos se direcionaram para sua boca, passei a língua pelo meu lábio inferior umidecendo ele, passei os dentes por ali mordendo, eu nunca senti tanta vontade de beijar alguém como eu queria beijar ele, eu precisava fazer isso.

- Louis para de encarar minha boca como se fosse me agarrar - Ele cruzou os braços e eu voltei a olhar para os seus olhos.

- O-oque? eu?..não que isso - Fingi demência e um sorriso brotou em seus labios magníficos, deixando suas ruguinhas do lado dos olhos aparecerem.

- Para de mentir.

Senti sua mão segurar a minha camisa em cima do meu abdômen, me puxando para ele, senti meu peito bater no seu pela força que fui puxado e um choque pelo meu corpo me fez tremer rápidamente, ele começou a andar para trás entrando no meu quarto, e fechou a porta deixando ela bater no batente com força, estávamos só nós ali, como nas noites nas quais dormimos juntos.
Suas mão esquerda desceu pra minha cintura e eu senti a parede gelada quando me encostou nela com cuidado, a outra mão foi diretamente para minha nuca, meu coração batia rapidamente e eu sentia vontade de gritar, minha respiração estava acelerada.
Seu rosto se abaixou para o meu pescoço, começou a dar lever mordidas ali, de vez em quando sugadas que ficariam marcas, mas eu não estava ligando pra isso, ele estava ali comigo, o quão radiante aquele momento era.
Fechei os olhos mordendo meus labios quando sua mão desceu de minha cintura para minha bunda, dando um aperto forte com a mão cheia, estremeci jogando meu corpo em encontro com o dele, senti ele suspirar e pelo jeito abrir um sorriso.

- Vai me beijar que horas ? - Falei sorrindo com ele, sua risada saiu abafada pelo contato com minha pele.

- Você quer que eu te beije é?.

- Sim, agora - Falei impaciente.

Seus beijos começaram a subir diretamente pro meu maxilar, bochechas, canto dos meus lábios, sua respiração quente e suas mãos fortes me segurando naquela parede gelada que deixava minhas costas dormentes, senti seu nariz roçar no meu, mexi minha cabeça de um lado pro outro como um beijo esquimó, e o sorriso do seu rosto não saia por nada, ele parecia radiante, tão feliz quanto eu.
Seus labios macios tocaram os meus em um selinho, e nesse momento meu corpo explodia com fogos, meu sangue corria pelas minhas veias, meu coração estava batendo tão forte que eu podia escuta-lo, eu me sentia tão leve á ponto do vento lá fora me levar pelo ar.
Levantei meus pés cobertos por meias ficando na ponta deles, meus braços rodearam o pescoço dele e eu o puxei para mais perto de mim, se aquilo era realmente possível, ele pediu passagem passando a língua pela meu lábio inferior, dei passagem abrindo um pouco a boca, e por um momento parecia que aquilo era a coisa mais certa que eu já fiz em toda a minha vida, nossas línguas dançavam, nossos corpos grudados e a temperatura aumentando, nossa sincronia podia ser considerada a mais incrível do mundo, eu nunca quis ficar tanto em um lugar como agora, em seus braços.
O fôlego foi se acabando, e nos separamos terminando o beijo com selinhos, e sorrisos bobos, encostamos nossas testas respirando fundo, ele soltou meu corpo e entrelaçou nossos dedos unindo nossas mãos, levando elas até o seu peito, senti seu coração bater tão forte e rápido quanto o meu.

- Isso tudo é por sua causa - Ele falou, e eu não consegui segurar meu sorriso.

- Eu deveria me sentir culpado?.

- Sim, você me causa muitas emoções - Dei risada.

- Vem.

Puxei sua mão, que automaticamente foi parar na minha cintura, fomos andando até a enorme cama, aonde eu mais passei os momentos com ele, a luz do sol entrava no quarto deixando ele iluminado e confortável, me deitei no meio da cama, virado com o rosto para o teto, fechei os olhos e respirei fundo me lembrando do beijo que acabamos de trocar, parecia um sonho.
Ele veio se deitando em meu peito, e senti a coberta nos cobrindo, virei meu rosto para o lado aonde ele estava, e senti seus labios tocando os meus, deu um sorriso colocando a mão em meu abdômen coberto pela camisa, e eu continuei em minha posição fetal, não era um sonho, estavamos nos beijando em sincronia novamente.

- Você tá melhor? - Ele me dava selinhos, e eu gemi manhoso.

- Sim, foi só por causa do meu nervosismo acumulado, já estou melhor - Respondi fazendo-o rir.

- Você é muito manhoso - Continuava me dando longos selinhos.

Me puxou para ele, coloquei meu rosto em seu pescoço apoiando minha cabeça em seu ombro, e suas mãos estavam nas minhas costas, era um abraço desajeitado, levei meus dedos até seu capuz, abaixei ele, tirando seu boné, jogando em qualquer lugar do quarto, comecei a mexer em seus cabelos fazendo um cafuné nele, seus labios estavam grudados eu minha bochecha, e ele respirava e inspirava fundo sentindo meu perfume natural, eu amava aquela sensação de estar com ele, grudado em mim, o segurava forte para ele não sair, eu não queria ficar sem ele.

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