Depois de um tempinho no carro, chegamos a festa de Peter, tinha uma fila pra entrar e a casa dele era enorme, entrei na fila, Dênis e Kaily foram fazer alguma coisa e me pediram para ir na frente, a fila diminuía, até chegar a minha vez, Peter recebia as pessoas, ele me olhou de cima a baixo abriu um sorriso e disse.
— Hanna Stevens, você está um show!
Abaixo a cabeça um pouco corada.
— Se o babaca do Caleb não quiser eu quero viu!
Deixando ele falar sozinho, entro na casa dele e sinto ele olhar para a minha bunda, o que me deixou muito desconfortável, porém ignoro, olho ao redor daquela enorme casa, fico parada no centro aonde todo mundo se esbarrava e aproveitava da forma que achava melhor. Kaily me deixou sozinha, aqui e eu nem sei o que fazer em uma festa. Olho pro lado e vejo Caleb, que estava me olhando de cima a baixo, pude ver um sorriso imenso ao me avistar, ele vem em minha direção e tentando evitá-lo saio, vejo algumas pessoas pegarem bebidas, o que me dar uma enorme vontade de beber, coloco em um copo de plástico vermelho, aqueles bem típicos de festa, e bebo, parada no balcão, avisto um garoto me olhar, ele sorria, talvez por ver minha careta quando dei uma golada naquela bebida ruim que aparentava ser só álcool. Ele era moreno, usava um óculos de grau quadrado, tamanho perfeito em seu rosto, tinha uma barba bem feita e penteada, seus braços era um pouco musculoso e usava uma blusa social branca, que ficava perfeita em seu corpo, ele vem em minha direção, o que me faz arrumar o vestido e tirar o cabelo do rosto, pra facilitar o contato visual.
— Você não tem costume de beber né?
— Bom, sendo sincera? — Aproximo dele. — Não!
— Você mudou! — Ele sorri me olhando de cima a baixo.
Olho pra ele sem entender
— Não lembra de mim? — Franzi a testa ainda confusa. — 8 ano, Davi?
Então tudo começa a fazer sentido, abro um sorriso.
— Poxa, quanto tempo.
— Não ganho nem um abraço? — Ele pergunta se aproximando de mim.
Olho pro lado e Caleb está me olhando um pouco sério, ignoro e dou um abraço bem apertado em Davi, o que faz Caleb sair irritado, solto Davi olhando pra ele. Colocando mais bebida em meu copo e dando goladas.
— E aí, me fala, como foi seus últimos anos? — Davi pergunta me observando a beber.
— É você quem deve me falar, um dia a gente fica e no outro você some!
Ele dar um sorriso de lado
— Meu pai é militar, então sempre viajamos, naquele ano, tivemos que ir pro Brasil, passei meus últimos anos lá!
— Nossa, Brasil? — Fico entretida no assunto. — Como è la?
— Bom, è um local bacana, as pessoas são bem alegres e espontâneas, as festas são mais animadas!
— Por que voltou? — Pergunto confusa.
— Meus pais se separaram e como é difícil ficar com meu pai por conta da viagem, vim pra cá com minha mãe!
Coloco mais bebida enquanto escuto, ficando um pouco animada que o normal.
— Quer dançar? — Davi me pergunta estirando a mão.
Pego a mão dele e bem animada vou para pista de dança, aonde dou de cara com Caleb, que está dançando com Melissa, vendo ele fico um pouco seria, me fazendo beber mais, me animo a cada golada de álcool, Caleb não tirava os olhos de mim, e Davi dançava comigo totalmente animado. Me retiro da pista de dança pra colocar mais bebida, e me seguindo vem Caleb que para de frente a mim me olhando.
— O que eu fiz pra você está assim comigo?
— Por que está tão preocupado comigo Caleb? — Falo bebendo de uma vez um copo de bebida. — Não tem sua namorada pra se preocupar?
Coloco mais bebida e saio, deixando-o sozinho, volto a dançar com Davi, que aparenta está sóbrio, diferente de mim, que era um pouco fraca quando se tratava de álcool, estava começando a ver tudo girar, sorrindo de qualquer coisa, Peter que estava próximo, vendo que não estava muito sóbria, tenta se aproveitar de mim pegando em minha bunda, sem entender solto um "— HEY!!"
Caleb ao ver aquilo se irrita, e então sem demorar muito ele esmurra o rosto de Peter, que cai no chão com a mão no rosto, meio tonta, minhas pernas bambeia um pouco e Caleb me pega no colo me tirando de toda aquela bagunça, apago em seu colo...
Abro os olhos com um pouco de dificuldade, pois a luz do sol que batia na janela deixava tudo no quarto cinza, eu estava encima de uma cama, que sendo sincera era confortável, minha cabeça doía tanto que parecia que havia levado uma frigideira na cabeça, meu corpo estava dolorido e eu estava um pouco enjoada, o quarto aonde estava me era estranho, porém vi em um dos portas retratos o Caleb e sua mãe na formatura do 9 ano, olho por debaixo da coberta que me cobria, vejo que estou com uma blusa de Caleb, e não tinha nada tampando minha parte intima, a não ser a minha calcinha de oncinha que tanto gostava, me assento ainda confusa, então Caleb entra.
— Você está melhor? — Pergunta aparentando estar preocupado
— Melhor de que? — Pergunto confusa me levantando um pouco tonta.
Caleb segura meu braço, olho pros olhos azuis dele e depois pra sua barriga, e então percebo que ele esta sem nenhuma camisa.
— O que aconteceu? — Olho pra ele. — Por que estou aqui?
— Você não se lembra de nada? — Ele pergunta me soltando conforme eu me sento na cama.
— Lembro só de ter reencontrado o meu ex ficante e a gente dançar!
Caleb sorri
— E então Peter se aproveita de você, eu bato nele, você desmaia, vomita no meu carro, tenho que trocar sua roupa e dormi no sofá!
Olho pra ele confusa e morrendo de vontade de rir, mas prendo a respiração e me mantenho seria.
— Me desculpe!
Ele olha pra mim um pouco sério, logo em seguida abre um sorriso.
— Estou tão feliz de você estar bem!
— De qualquer forma eu me despeço, obrigado, até logo!
— Não, não vá agora, fique o domingo comigo! — Ele me pergunta um pouco sério.
Tudo bem que ainda estava chateada, mas eu queria ficar com ele.
— Eu tenho que avisar os meus pais, eles devem estar preo...
— Já avisei — Ele me atrapalha. — Eles disseram tudo bem.
Abro um sorriso, e logo em seguida fecho-o por lembrar que estava chateada.
— Tá bom, mas você vai pedir uma pizza e comprar uma coca bem gelada!
Ele dar um sorrisinho na qual me faz derreter todinha.
— Qual filme vamos assistir? — Pulo no sofá. — Espera aí, onde está Sarah?
Ele olha pra mim segurando telefone fixo em uma de suas mãos.
— Teve um acampamento em sua escola, ela chega só amanhã!
Então isso significa que ficaremos sozinhos hoje? Fico vermelha por imaginar o que poderia acontecer.
— Pronto, pizza pedida, com coca e tudo! — Ele pula no sofá ao meu lado e me olha sorrindo.
— Almoçaremos pizza, fico assustada em saber o que será a janta! — Solto uma risadinha.
Ele da um sorriso e não fala mais nada.
— Você e a Melissa voltaram? — Pergunto com a cabeça baixa.
— Claro que não! — Ele me olha. — Foi por isso que você foi a festa sem mim?
Não o respondo, deixando o silêncio tomar conta do lugar.
— Você viu a mensagem que ela mandou, por isso saiu estranha assim do shopping! — Ele pega minha mão e põe em seu peito.
Consigo sentir seu coração palpitar como batidas em um tambor com muita força. — Sabe isso Hanna? Isso é como fico quando olho pra você!
Olho para ele e vejo a luz refleti em seus olhos azuis dando um brilho natural.
Tento falar algo, mas nada sai da minha boca, então desisto, permitindo mais uma vez o silêncio invadir. Então eu sinto suas mãos tocar em meu rosto, o que me faz corar, ele aproxima seu rosto ao meu e diz.
— Hanna, é de você que eu gosto!
E quando ele finaliza, sinto o toque doce de seus lábios tocarem no meu, que me faz arrepiar, retribuir aumentando a velocidade do nosso beijo, ele passa a mão em minha cintura o que deixa minha respiração pesada, vou deitando por cima dele, deixando-o contra o sofá, me assusto após escutar alguém bater na porta, saio de cima dele me sentando no sofá...
— Deve ser a pizza! — Ele levanta e abre a porta um pouco sem graça.
Paga a pizza e o refrigerante, o que faz o motoboy ir embora, ele solta encima da mesa e me olha um pouco corado, viro o rosto um pouco envergonhada e abaixo a cabeça. Não acredito no que aconteceu...
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Teu abraço meu abrigo
RomanceHanna Stevens tem apenas 16 anos, mora em Washington, com seus pais e seus dois irmãos, e a menos popular, mas tudo muda quando ajuda Caleb a voltar para o time de basquete. Esse livro mostra o quanto que a sociedade pode te oprimir, e também que v...