Teu abraço meu abrigo

Oito

Passamos o restante da tarde assistindo filme, me aninhei em seus braços, ele me abraçou me deixando bem aconchegante. Já era 18:00 horas e eu tinha que ir para casa, então levantei de seus braços, o que fez ele murmurar bastante.
— Tenho que ir pra casa!
Ele me puxa para seus braços novamente.
— Não quero que vá, dorme aqui comigo!
Olho pra ele um pouco avermelhada e abaixo a cabeça.
— Meus pais vão reclamar comigo! — Me levanto amarrando meu cabelo em um rabo de cavalo desarrumado.
— Não quero ficar nessa casa sozinho, fica comigo!
Reviro meus olhos
— Você acha que meus pai vai deixar eu dormi sozinha na casa de um garoto?
Ele sorri — Liga pra eles, se deixar você terá que fazer uma massagem em mim, se não deixar faço tudo que você quiser!
Tudo que eu quiser? Isso está interessante...
— Certo, vou ligar!
Disco o número dos meus pais, quem atende è minha mãe.
"Oi mãe!"
"Oi Hanna"
"Mamãe, posso dormi aqui na casa de Caleb?" — Me arrependo após perguntar.
"Pode sim" — Ela fala em um tom de aprovação. "Até amanhã, tchau"
Ela desliga na minha cara, o que me deixa um pouco confusa, já que nunca imaginei que ela deixaria assim tão rápido.
— Acho que alguém me deve uma massagem! — Ele diz sorrindo
Olho séria para ele com a maior vontade de correr em seus braços e agradecer por ficar com ele mais uma noite, mas fico parada olhando pra ele sabendo que aquilo seria apenas mais um fruto da minha imaginação.
— Você perguntou o que seria nossa janta... — Ele se aproxima de mim. — Deixa eu te levar para um lugar?
— Hoje? — Pergunto um pouco sem graça.
— Sim. — Ele responde
— Intrigante, mas não tenho nenhuma peça de roupa!
Ele para um pouco como se estivesse pensando em algo.
— Tem as roupas da minha mãe, ela não leva muita roupa, pois costuma comprar muito quando viaja, ela deve ter algo no seu tamanho!
— Ela não brigaria? — Pergunto um pouco amedrontada.
— Fica tranquila, ela nem faz questão de roupa, vive comprando!
Ele me leva para o quarto dela, e quando abro seu guarda roupa, me assusto com um tanto que tinha, qualquer pessoa ficaria perdido naquele mar de roupas. Pego uma peça na qual combinava comigo, uma calça jeans e uma blusa preta.
Saio do quarto e ele me olha de cima abaixo, eu não estava muito bonita, então não esperei nenhum elogio da parte dele.
— Você está linda!! — Ele abre um sorriso.
Olho pra ele surpresa e um pouco corada.
— Obrigado!
Ele pega a chave do carro
— Pra onde vamos mesmo?
— É supresa!!
Saímos de sua casa em rumo à garagem, ele abre a porta e eu entro que logo em seguida ele entra, dando a partida então dirige.
— Ontem eu apareci na sua casa de 19:00 horas, para convence-lá a ir, então eu te vi saindo radiante de sua casa, até pensei que iria para outro lugar! — Ele me olha e depois olha para frente — Quando te vi na festa fiquei bastante feliz.
Eu coro ao escutar isso, era prazeroso saber de seus sentimentos.
Chegamos em 10 minutos, sai do carro olhando o local na qual estava, vejo um restaurante, não aparentava ser chique, porém era casual, entramos e logo em seguida a atendente nos interrompe.
— Mesa apenas para dois? — Ela pergunta nos olhando, levando a sério o seu trabalho.
— Exatamente! — Caleb exclama.
Ela sai a procura de uma mesa livre e logo em seguida volta nos chamando, ela havia encontrado uma mesa com sofás, no canto da parede, ele esperou eu me sentar primeiro e logo em seguida sentou-se ao meu lado.
— Está se sentindo confortável? — Ele pergunta colocando seus braços em meus ombros.
— Estou sim! — Me encolho em seus braços.
— Ótimo, quero apenas que se sinta confortável!
Dou um sorrisinho simpático.
A atendente deixa em nossa mesa um cardápio, na qual Caleb folheia um pouco antes de escolher.
— Você gosta de costela? — Ele pergunta me olhando.
— Gosto sim! — Abro um sorriso
Ele pede arroz, costela, salada e batata frita. — Coca Cola ou suco?
— Coca Cola!
Ele finaliza o pedido, o que nos faltava era esperar.
— Aqui era o restaurante preferido da minha mãe quando eu era criança!
Olho pra ele, me sinto importante de ter conhecido por ele o lugar mais memorável e provavelmente importante.
— Quando eu era criança, meu pai sempre me levava doces, Dylan sempre roubava, então eu escondia dentro de um urso de panda que ficava em minha cama, acho que ele nunca descobriu! — Solto uma gargalhada após contar esse trecho da história.
— Hilary não gosta de doces né? — Caleb pergunta.
Olho confusa, como ele sabia de uma informação da Hilary? Era algo que nunca havia comentado com ele, pensando bem, eles dois são estranhos um com o outro.
— Como sabe disso? — Olho confusa para ele, que abaixa a cabeça.
— Eu gostava da sua Irmã no 9 ano! — Ele responde um pouco tímido.
Como eu nunca soube disso? Parando pra pensar foi nessa época que a gente se afastou.
— Entendo!
Ele olha pra mim
— Tá com raiva? — Ele pergunta colocando os cotovelos na mesa.
— Claro que não, só achei estranho!
Antes que ele pudesse dizer algo a comida chega...

Chegamos na casa de Caleb, nenhum dos dois dizia nada, o silencio reinava naquela casa grande na qual Caleb morava.
Sem dizer nada Caleb me abraça, eu retribuo abraçando-o forte, posso sentir todas as partes do meu corpo tremerem, os sentimentos por ele que havia em mim era enorme, então ele pega em minha nuca e olha para minha boca, com as nossas respirações próximas, um beijo se inicia, sinto suas mãos passarem em minhas costas, me empurrando contra seu corpo, ele me leva para a parede me empurrando contra, apalpa as minhas coxas e me levanta, colocando minhas pernas em sua cintura, nosso beijo vai aumentando a velocidade em cada toque, ele beija meu pescoço, fazendo minha respiração afagar, paramos de se beijar e nos olhamos.
— Você tem certeza? — Ele pergunta com a voz um pouco falha.
Eu quero muito, mas o medo toma conta de mim.
— E-eu... — Abaixo a cabeça
Ele se afasta
— Eu entendo, você nunca fez né?
— Sim, nunca fiz!
— Tá bom, vamos deitar então, vou organizar o sofá para mim. — Ele solta minha mão.
Antes de ele se afasta eu seguro sua camisa.
— Dorme comigo?! — Falo baixinho quase sussurrando, ele escuta e eu coro ao ver sua reação.
Ele faz sim com a cabeça e vamos juntos para seu quarto.
— Vou tomar um banho antes!
Ele me olha de cima abaixo e o vejo ficar vermelho.
— Tudo bem, vou te esperar aqui.
Vou ao banheiro, juntamente com uma das camisas de Caleb.
Abro o chuveiro sentindo a água quente caindo em meus ombros, penso em como seria se eu e o Caleb fizéssemos sexo, tento distrair meus pensamentos com aquela água quente e agradável que caia sobre meu corpo. Termino o banho, me seco e coloco a blusa de Caleb, que pelo meu corpo magro e pequeno acabou ficando grande, saio do banheiro e Caleb me olhou de cima a baixo, fixou os olhos em minhas coxas finas e depois subiu o olhar ao meu.
— Você é tão linda Hanna!
Me expresso um pouco tímida, me deito ao seu lado.
— Você também é bonito Caleb! — Olho para seus olhos azuis um pouco escurecido por conta da falta de luz em seu quarto.
Ele aproxima seu corpo ao meu e coloca seus braços por baixo do meu pescoço, me fazendo deitar em seu peito, escuto seu coração e delicadamente passo meus dedos em sua barriga que era travada por conta dos treinos do basquete.