"Sinto muito dizer, senhor Styles, mas você só tem mais cinco meses de vida." Nenhuma frase havia machucado Harry tanto quanto aquela. Ele tinha apenas cinco meses, e a única coisa que pretendia fazer nesse tão pouco tempo, era ficar perto da pessoa mais maravilhosa que ele já havia conhecido: Louis Tomlinson. O problema era que ele mal falava com Louis, mas era completamente apaixonado por aquele par de olhos azuis intensos e, quase, hipnotizantes. O rapaz morava em frente à casa de Harry. — O que era bom, pois assim, o via todos os dias. — Já haviam se falado algumas vezes, quando Harry tinha ido à um jantar em sua casa, pois sua mãe Anne, é amiga de Johannah, mãe de Louis.
— Eu vou sentir muita falta de você, Harry. — Gemma disse colocando a mão sobre o ombro do irmão. — Não acredito que você vai morrer.
— Não diga isso, Gemma. — Anne, a mãe, disse se aproximando dos dois. — Harry não vai morrer, o médico deve ter cometido um grande erro. — Ela falou e em seguida deu um abraço apertado no filho.
De acordo com o médico, Harry é portador da doença de Lampington, uma síndrome que causaria vários tumores no cérebro, mas, infelizmente, o plano de saúde da sua mãe não cobre a operação.
— Eu quero que vocês me prometam que não vão contar nada para Louis. — Harry disse serio, fitando cada uma.
— Porque está preocupado em Louis saber? Você nem fala com ele direito. — Anne respondeu confusa, ela estava certa, Harry não deveria ter dito nada sobre o garoto.
— Sei lá, eu só não quero que ele saiba da minha... — Ele fez uma pausa breve. — Doença.
— Tudo bem, de qualquer forma, não vou contar para ninguém. — Anne disse, e se retirou da sala, ela estava ocupada.
— Você não vai contar pra ninguém, vai? — Harry perguntou á Gemma com os dentes cerrados, como se quisesse á intimidar.
— Não vou não. — Ela disse sorridente, em seguida ficou na ponta dos pés, depositando um beijinho na bochecha de Harry.
[...]
O despertador tocou e Harry não queria levantar mas era preciso. Depois de tomar café da manhã e vestir uma roupa, sua mãe, lhe deu uma carona até a escola. A matéria do dia era Literatura Norte-Americana, dada numa sala tipo anfiteatro, silenciosa e infelizmente, vazia. Foi difícil Harry manter os olhos abertos.
Na hora do intervalo, Harry encontrou Matt, na cantina, onde compraram minipizzas e seguiram para uma das mesas.
— Eu amo pizza. — Matt disse limpando o canto da boca.
— Eu também. — Harry falou e riu baixo. Observou cada mesa, á procura de Louis, ele ainda não tinha o visto naquele dia.
— O que você está olhando? — Matt perguntou e olhou na mesma direção que Harry. — Ah, Louis Tomlinson, não gosto desse cara, é uma pena ele morar na mesma rua que você, sinto muito, cara.
— É, uma pena... — Harry respondeu sem tirar os olhos do garoto, que fitou-o por uns segundos, fazendo com que Harry desviasse o olhar, voltando a fitar Matt, que estava sentado bem á sua frente.
— Está tudo bem? Você dormiu a aula inteira. — Matt perguntou baixinho, para que só Harry ouvisse. Ele pensou um pouco antes de responder, não sabia se devia contar a Matt sobre a doença ou não.
— Eu to bem, só estou com sono. — Respondeu, na mesma hora o sinal tocou, avisando que o intervalo havia terminado, e que eles teriam que ir para a sala de aula.
Harry e Matt seguiram para a turma de cálculo, e Harry sabia que Louis estaria lá também.
A aula felizmente passou rápido, Harry não conseguia tirar os olhos do rapaz nem um segundo, só quando Louis olhava de volta, fazendo com que Harry desviasse o olhar. Talvez ele tenha até percebido o quanto Harry o observava, mas ele não tinha culpa de Louis ser a pessoa mais maravilhosa que ele já tinha visto em toda a sua vida.
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Forevermore
Fiksi Remaja— Eu vou estar com você até o final. — Louis disse acariciando os cabelos de Harry. — Você promete? — Harry perguntou, a voz grossa fazendo um contraste com o ambiente silencioso. — Prometo.