Preocupações

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Connor correu para o quarto puxando a mão da menina, ela rapidamente se deitou na cama e se cobriu com a ajuda do robô.

-Rápido, faz alguma coisa!

Connor olhou para os lados, ouvindo os passos do velhote preocupado chegado.

-CONNOR? CONNOR!

Então, pegou um livro aleatório e fingiu estar lendo para Taygeta.

Hank abriu a porta e sorriu, aliviado.

-Estavam aí o tempo todo?!

-Vi que Taygeta estava tendo problemas com o Sumo, então vim ajudá-la. Como ficou a cena do...

Connor virou sua cabeça para o lado rapidamente, como "sabe do que estou falando."

-Achamos o responsável. Ele já está como devia.

Depois de tal convsersa "codificada", Hank deu um beijo na testa da criança. Só não xingou Connor por causa da mesma, disso tenho certeza. Quando Hank saiu do quarto, Taygeta arrumou o livro nas mãos de Connor que estava de ponta cabeça, piscando para ele. O robozinho não sabia direito o que aquilo significava.

O mesmo ia saindo do quarto, quando parou seus passos lentamente. Virou para a garota, já de olhos fechados. Foi até ela e beijou sua bochecha, isso a fez sorrir.

Connor teria que se convencer que fez aquilo porque queria se tornar amigo da garota para fins beneficentes, e não por um impulso inesperado.

Enfim saiu do quarto. Mas ele perdera o sono, saiu da casa e foi para o jardim. Se sentou nas escadas, observando a grama verde vivaz. Connor não queria realizar seu check-in semanal para descobrir se haviam falhas em seu software, pois tinha medo de econtrar algo. Embora soubesse que, se a Cyberlife descobrisse sua desobediência, Connor seria desativado permanentemente.

Pensando nisso, voltou para a casa de Hank.

Chamou por Sumo, que foi até ele, inocente. Connor afagou as orelhas do cão, que sorriu. Passou pela cabeça do robô quebrar a cabeça do animal. Ele foi apertando lentamente o crânio do cachorro, que começou a resmungar e rosnar. O mesmo tirou sua cabeça das mãos frias de Connor antes que ele fizesse algo que não devia.

Seu software ficara instável.

Passeando pela sala, muito superaquecido para descansar, Connor foi até a gaveta do apoio da televisão, onde sabia que havia um revólver do tenente. Destrancando o cadeado, pegou a arma e se olhou no reflexo da televisão desligada. Apontou a mesma para sua cabeça, sua mão começou a tremer. Connor estava com... Medo?

Largou a arma, que caiu no tapete, felizmente não fazendo barulho. O próprio sistema do robô teria que fazer seu conserto se Connor não fizesse por conta própria. Mas ele sentia medo. Felicidade. Talvez tristeza? E raiva?

Ele queria, mas ao mesmo tempo não queria saber o que estava acontecendo com ele.

Cansado do longo dia, Connor se sentou em sua cama e logo se deitou. Passado horas de olhos abertos, finalmente desligou seu sistema por um momento para dormir.

Deviant. (Detroit: Become Human)Onde histórias criam vida. Descubra agora