𝑵𝒆𝒗𝒊𝒍𝒍𝒆 𝑳𝒐𝒏𝒈𝒃𝒐𝒕𝒕𝒐𝒎

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Esse imagine é dedicado a Caah963 Tá aí, amiga <3

Título: Caro Neville Longbottom

#Lumus

-Vamos direto ao ponto: Eu te amo!
Disse para meu reflexo no espelho, aflita. Imaginar como ele reagiria ao me ouvir admitir que o amava mais do que como amigo era assustador pra mim, por isso, prefiro escrever. Não soa tão assustador e eu não tenho que admitir em voz alta.

Esclarecendo: Eu sou apaixonada pelo meu melhor amigo.

Desde que nos conhecemos eu sempre nutri amor por ele, embora o sentimento viesse a aflorar durante meu 5° ano em Hogwarts.

Suspirei alto. Aproveitando que minhas colegas de dormitório haviam ido para hogsmead, me sentei em minha escrivaninha, puxei um pergaminho, molhei a pena no tinteiro e comecei a escrever os meus sentimentos por Neville Longbottom.

"Caro Neville Longbottom

Que jeito mais clichê de começar a escrever uma carta, mas não encontrei outras palavras devido ao nervosismo que estou sentindo. Vou admitir de uma vez: sou apaixonada por você desde o primeiro ano, quando você perdeu o trevor na minha cabine e eu me ofereci para ajudar a encontrá-lo. Não foi de muita ajuda, ja que você o encontrou nós pés da professora McGonagall, mas foi importante por que apartir daí nos aproximamos e somos o que somos hoje. Inseparáveis.
Esse papo de que se você não existisse eu te inventaria me parece tão clichê mas cabe perfeitamente pra você. Você é tudo que eu procuro em alguém. Por Merlin, por Griffyndor, por Rowena, por Helga, e até mesmo por Salazar, me nota! Eu te amo!
Quando eu me deito só consigo imaginar seus dedos passeando por meus fios de cabelo, me acalmando, me amando, me fazendo feliz...
Encaro seus lábios e me perco na imaginação, na dúvida entre eles serem gélidos ou quentes e doces. Tudo que eu queria era te beijar, era sentir que meu sentimento é recíproco. Mas eu já me conformei com a linha da amizade impedindo o relacionamento nascer, eu não tenho coragem para te falar isso...
Então, é isso. Queria que fosse meu e apenas meu.

(S/n)(S/S)"

Finalizei minha carta -que nunca irei enviar- com minha assinatura. Arrumei tudo e guardei a carta por debaixo do meu travesseiro. Senti que ficou mau colocada como se até uma coruja fosse capaz de tirá-la dali, mas ignorei.

Mais uma noite sem me confessar. Estou farta desse sentimento esmagar meu coração, me sufocar de todas as fomas imagináveis e inimagináveis.

Neville tinha que ser meu ou eu morreria pelo, aparente, sentimento renegado.

Decidi me esvair desses melancólicos pensamentos e ir dormir. Não era tarde da noite, mas como eu estava cansada, raciocinei que precisaria mais do que as habituais horas de sono que costumo dormir.

Ao me repousar sobre minha cama macia e que logo se tornaria quentinha, deixei minhas forças irem se esvaindo.

Minhas pálpebras foram pesando, meu cérebro desligando e por ali, eu fiquei. Adormeci rapidamente.

(•••)

Senti os primeiros raios do sol baterem contra meu rosto no dia seguinte, indicando que já era hora de acordar.

Meu humor hoje começou horrível: mal acordei e já me lembrei de que o primeiro tempo é do Snape. Odeio Poções e odeio mais o professor.

Mesmo assim, resignei. Me levantei com dificuldade, meu corpo não queria sair daquela superfície macia e quente tão cedo. Alguns minutos depois eu já me encontrava dentro do banheiro, de banho tomado e terminando de retocar minha maquiagem para me dirigir ao salão comunal e tomar meu delicioso café da manhã de Hogwarts.

Peguei meus materias e saí do dormitório, indo para o salão comunal. Estava vazio. Mesmo o sol ja tendo raiado, muitos alunos ainda repousam. Decidi seguir rumo ou acabaria me atrasando.

Sai do salao comunal e tracei um trajeto até o Salão principal. Fui barrada por Simas Finnigan que me desejou um bom dia e por Harry Potter que me pediu desculpa ao se esbarrar em mim. Ah, e também recebi um pedido de desculpas dos gêmeos Weasley que quase me jogaram no chão ao passarem correndo ao meu lado. Chegar inteira pro café é uma luta, uma árena de jogos mortais.

Felizmente, avistei a mesa de minha casa. Não haviam muitos alunos, embora as outras três mesas estivessem na mesma situação. Me dirigi até um lugar na mesa um pouco afastado dos outros e me servi de um copo de suco de abóbora para abrir meu apetite acompanhado de um prato de biscoitos de chocolate. Tudo estava indo bem. O gosto da comida estava impecável como sempre, alias, meu paladar agradece. Então, olhei de relance para alguém que estava caminhando em minha direção, e nessa hora, meu coração acelerou.

Era ele.

Neville estava vindo em minha direção, mas ... Engracado! Ele esta com minha coruja em seu braço? E o que é esse papel que vem junto a sua mão?

-Oi (S/n)...-Ele me cumprimentou, meio nervoso e com as bochechas ruborizadas.

-Oi Nev... Ta tudo bem como você?-Perguntei, curiosa, enquanto bebericava meu suco.

-Está tudo sim... Eu só vim perguntar de onde tirou coragem pra me contar o que sente...-Meu semblante mudou para confusão. E então, ele ergueu a mão.

Minha carta jazia sobre ela.

Engasguei com o suco que tomava. Eu não acredito, eu não enviei isso, eu não teria coragem! Alguém mexeu nas minhas coisas! Ah, por Merlin, agora ele sabe! O que eu vou fazer?

-Então, eu só queria dizer que...-Ele começou a falar e rapidamente eu o cortei.

-N-neville, eu p-reciso ir!-falei nervosa, com o coração pulando dentro peito. -Tenho aula do Snape agora, tchauzinho!-Pulei do banco e corri o mais longe possível, deixando para trás um Longbottom muito confuso.

Esbarrando em tudo e em todos, corri mais rápido do que seria se aparatasse e entrei no meu dormitório. Comecei a revirar tudo em busca da carta. Ela não estava mais ali.

Ele realmente estava com a carta.

Oh droga.

Me sentei em minha cama, perdida nas possibilidades de acontecimento. E então, eu lembrei: Neville segurava, além da carta, minha coruja! Ela levou a carta pro Neville! Eu não acredito! Mas... Como ela sabia que a carta era pra ele? Bom, provavelmente por que eu suspirei seu nome mais de uma vez durante a confecção da carta.

Me joguei na cama e descansei, por aparentes 20 minutos.

Estava tão perdida nesses pensamento que acabei me esquecendo: Snape! Droga, ele nunca vai deixar eu entrar na sala novamente.

Levantei-me da cama e corri para a sala do professor Snape, que para meu azar, já estava fechada. Bufei de raiva. Eu não acredito nisso! De fora da sala eu pude escutar:

-Detenção senhorita (S/s)!-Snape berrou, sabendo que era eu que me encontrava atrasada. Peguei minhas coisas e fui desanimada para a sala de Minerva McGonagall.

Chegando la eu a expliquei tudo, que apenas disse para eu aguarda-la em sua sala. Assim o fiz, tentando respirar, tentando sobreviver a esse horrível dia que não tem como piorar!

Ah espera

Tem sim

É claro que tem como piorar.

Na porta, se encontrava um Neville Longbottom sujo de alguma reação de poção que mais uma vez explodiu. Me azarei pela situação e desviei o olhar do dele. Logo senti o banco se afundar. Neville sentara ao meu lado.
Arrepiei. Senti sua gélida mão tocar meu queixo, fazendo-me o encarar. Corei de leve, e logo, um choque correu por todo meu corpo. Acabei percebendo que Neville colara nossos lábios, que se encaixaram de uma maneira que não se encaixariam em outros, jamais.

O selinho se transformou em um beijo, e logo foi quebrado.

-Eu queria dizer que também te amo, mais do que como amigo.- ele confessou.

Naquele momento eu percebi: Não era a nossa amizade que estava impedindo o nascimento de um relacionamento, mas sim eu!

Bom, se era, agora não é mais.

#Nox

• 𝐼𝑚𝑎𝑔𝑖𝑛𝑒𝑠 𝐻𝑎𝑟𝑟𝑦 𝑃𝑜𝑡𝑡𝑒𝑟 •Onde histórias criam vida. Descubra agora