𝑫𝒓𝒂𝒄𝒐 𝑴𝒂𝒍𝒇𝒐𝒚

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Amores, esse aqui é um imagine que eu escrevi quando eu não tinha nada pra fazer kkkkkkkkkkkkkkk. Espero que gostem! <3

Título: Com "amor", Draco Malfoy

#Lumus

      O fogo verde brilhante e aconchegante trazia vida para toda a nossa sala. Eu adorava observar por horas e horas o ardente, como adorava observar o céu e suas incontáveis extraordinárias estrelas. Mas, se havia, e há, algo que eu prefiro admirar mais do que qualquer coisa, é um certo par de olhos azuis acinzentados. Os frios e perdidos olhos que eu daria tudo para contemplar por toda a minha vida.

      É claro que o Loiro não liga, na verdade, a uma semana atrás ele nem sabia que eu existia, mesmo que nós sejamos da mesma casa. Eu ligo. Infelizmente, sou apaixonada por esse infeliz. Devo ser a única que se atreveu a tal loucura. Depois do boato se espalhar de que ele envenenara Katie Bell, ele andou mais triste, mais tenso, não é o mesmo... Estou preocupada com a forma que esta reagindo em relação a tudo, se possível, se fechará ainda mais.

      Estou cansada. Fecho os olhos e só consigo reviver o sórdido momento do banheiro em que ocorreu a briga: Potter deduzira que o loiro envenenara Katie e queria tirar satisfações. Malfoy se encontrava aos prantos sobre a pia do banheiro, enquanto Harry o seguiu, e eu, segui Harry, com medo de que acabassem se matando. Harry entrou no banheiro, e percebendo que eu estava atrás dele, conjurou uma parede de vidro resistente me impedindo de passar, me desesperando totalmente. Naquele momento apenas uma coisa se passou pela minha cabeça: Harry mataria Malfoy se eu não impedisse.

      Comecei a gritar no momento em que começaram a duelar. Meu sangue esfriou, meu coração já nem batia mais, tudo por medo de cogitar a ideia de ver Malfoy morto.
E então... Harry lhe lançou um feitiço.

Sectumsempra.

      O feitiço do corte do príncipe mestiço.

      Acertou meu loiro, o fazendo cair no chão e sangrar, sangrar até parecer não restar uma gota de sangue em seu corpo.

      O desespero tomou conta de mim. Fechei as mãos em formas de punho e soquei a parede de vidro, com a intenção de socorrer meu Malfoy. Socava com as duas mãos, rapidamente, enquanto minhas lágrimas escorriam, com medo, raiva, dor, e sangue, tudo misturado. O vidro foi se quebrando junto com os meus dedos mas eu não me importei. Eu gritava, berrava, chorava de desespero, eu precisava vê-lo, eu precisava pega-lo em meus braços e ver que estava tudo bem, eu precisava ter a certeza de que eu não o perderia, nunca, jamais; Continuei com os socos, o vidro quebrou os meus dedos e fez cortes profundos em meus braços mas isso não era nada em relação ao medo da perda que eu corria, que me assolou, que fez aquele momento se passar bem devagar.

      Meus gritos chamaram atenção de alguém, eu pude ouvir os passos se aproximando. Com um ultimo soco, consegui fazer uma passagem para dentro do banheiro. Senti um pedaço do vidro arranhar minhas costas ao eu atravessar a parede de vidro e sangue, e comecei a correr em direção ao meu, aparente desfalecido, loiro.
Me agachei ao seu lado e tudo que eu queria era ver aqueles olhos abertos novamente...

      O Chamei uma vez...

      Duas vezes...

      Três vezes...

      Nada.

      No instante seguinte o professor Snape se agachou ao meu lado, mandando-me afastar, dizendo que cuidaria daquilo. Levantei-me mas se quer por um segundo eu me afastei. Harry saiu do banheiro.

      Então um ódio me dominou.

      Eu estava possessa de raiva.

      Harry feriu uma pessoa que eu amo

      E tem que pagar por isso.

      Me preparei para ir atrás dele, eu o mataria, mesmo que eu fosse pra Azkaban por tal crime.

      Quando...

      Escutei um barulho de alguém puxando o ar pros pulmões.

Era ele.

      Me virei bruscamente e me agachei ao seu lado, sentindo uma paz me inundar ao eu ver abertos o par de olhos que eu mais amo. O abracei apertado e chorei pelo medo. Ele não retribuiu mas não me empurrou. Ficou ali. Parado. Sem esboçar reação.

      Algumas horas após eu me certificar de que Malfoy estava bem, se recuperando na enfermaria e sendo tratado corretamente por madame Pomfrey, apanhei minha varinha, e com meu ódio no controle saí por Hogwarts procurando o menino que sobreviveu nas mãos do Voldemort, mas que por Merlin, morreria nas minhas.

      O procurei em cada canto da escola e o encontrei, sozinho, no corujal. Me aproximei com a varinha em posição, atrás dele sem deixá-lo me ver.

      Abri a boca para lhe lançar um petrificus totalus e logo em seguida um bombarda, e assim mata-lo de uma vez por todas. Ninguém machuca Draco Malfoy e sai ileso.

      Pronta para cometer meu primeiro assassinato, empunhei a varinha e com coragem, abri a boca dizendo o início do feitiço e infelizmente foi só o que consegui dizer. Senti mãos gélidas envolverem minha cintura me puxando para trás e salvando a vida do santo Potter.

      Me debati assustada, e ao virar-me encontrei olhos azuis cinzentos me encarando. Neste momento, eu me encontrava nos braços de Draco Malfoy. Ele me puxou para longe de Potter, que por estar tão entretido lendo alguns carta, não viu presenciou nada.

      — O que está fazendo, Malfoy? — Perguntei irritada por me impedir de fazer o que eu queria, mas nervosa por estarmos tão próximos, com os rostos tão juntos.

      — Estou rasgando sua passagem para Azkaban, gata.

      Não consigo mais dormir desde então. Tenho muitos pesadelos com ele sendo morto e isso me tortura muito. E ainda mais: sonhos com ele, em que éramos uma família e até tínhamos um filho, que chamamos de Scorpius.

      Conferi meu relógio, já era hora de ir para a casa de meu padrinho. A ceia do natal estava ótima, embora eu tenha passado a maior parte do tempo observando Draco e criando ilusões de como seria bom se ao menos fossemos amigos.

      Levantei-me da poltrona, parando de reviver o momento e criando coragem para arrumar minha mala e ir embora. Ficar longe dele iria me matar.

      Ouvi um farfalhar de asas atrás de mim. Virei-me dando de cara com uma coruja branca, empoleirada sobre a minha mala vazia. Me aproximei, rindo ao ver que ela mantinha seus olhos fechados. Fiz carinho em sua cabeça, e então, ela abriu seus olhos. Seus azuis cinzentos olhos...

      Eram idênticos aos olhos dele.

      Me assustei com tamanha semelhança.

      Ela trazia com si, um recado, com meu nome como destinatário. Apanhei o bilhete e o li, meio nervosa:

"Oi Greengrass

      Essa coruja é para você. Soube o que aconteceu com a sua... Sinto muito.
Enfim, obrigado por ter se importado, acho que nem meu pai teria a mesma reação. Mas, por que não usou bombarda na parede? Nunca irei entender. E de nada por ter impedido de fazer a pior besteira da sua vida. Pelo visto você precisa de mim. Obrigado por sua atenção, quem sabe ano que vem seja um ano novo e possamos nos conhecer melhor?

P.s: A coruja tem meus olhos. Admire-os, sei que gosta de fazer isso por horas.

Com "amor"
Draco Malfoy"

      Um sorriso cresceu em meus lábios e percebi que naquela carta havia mais que palavras: havia um recomeço.

#Nox

E aí?? O que acharam??
Falem aqui pra mim♥️
Bjusss amores♥️

• 𝐼𝑚𝑎𝑔𝑖𝑛𝑒𝑠 𝐻𝑎𝑟𝑟𝑦 𝑃𝑜𝑡𝑡𝑒𝑟 •Onde histórias criam vida. Descubra agora